colaboradores

BERNARDO
18 anos, RJ
+ info

NARA
16 anos, SP
+ info

LUDEN
15 anos, SP
+ info

SAM
16 anos, SP
+ info

VITOR
18 anos, RJ
+ info

LIZ
15 anos, RJ
+ info

NAT
17 anos, SP
+ info

GABO
16 anos, SP
+ info


Previous Posts

a r q u i v o s

  • janeiro 2005
  • fevereiro 2005
  • março 2005
  • abril 2005
  • maio 2005
  • junho 2005
  • julho 2005
  • setembro 2005
  • outubro 2005
  • novembro 2005
  • dezembro 2005
  • janeiro 2006
  • fevereiro 2006
  • março 2006
  • abril 2006
  • maio 2006
  • junho 2006
  • julho 2006
  • agosto 2006
  • setembro 2006
  • outubro 2006
  • novembro 2006
  • dezembro 2006
  • janeiro 2007
  • fevereiro 2007
  • março 2007
  • abril 2007
  • maio 2007
  • junho 2007
  • julho 2007
  • agosto 2007
  • setembro 2007
  • outubro 2007
  • novembro 2007
  • dezembro 2007
  • janeiro 2008
  • fevereiro 2008
  • março 2008
  • abril 2008
  • agosto 2008
  • setembro 2008

  • L    i    n    k    s

  • Google News
  • Rock Town Downloads!
  • ~Daia.no.Sakura
  • Young Hotel Foxtrot
  • É Rock And Roll, Baby
  • Musecology
  • O Resenhista
  • Dangerous Music No Orkut

  • B    U    S    C    A


    L i n k    U s




    c r e d i t o s

    Powered by Blogger
    Design by Nara

    segunda-feira, abril 30, 2007
    Sem Reações Psicóticas: 25 anos sem Lester Bangs


    Muita gente pensa que as únicas coisas que as testemunhas de Jeová tem a oferecer são aqueles folhetos cheio de chatices para nos converter. Mas, como diz a sabedoria popular, toda regra tem sua exceção. Na cidade para onde Eric Clapton e J.J. Cale viajaram em 2006, Escondido, no estado da Califórnia, uma devota senhora deu ao mundo Leslie Conway Bangs, no dia 13 de dezembro de 1948. Seu pai morreu quando ele ainda era jovem. Desde criança já se mostrava fissurado em escrever, escrevendo continuações dos livros de Júlio Verne, Robert Louis Stevenson e Alexandre Dumas. Na adolescência, viciou-se em ficção científica, apesar de sua mãe o proibir, pois se a Bíblia não mencionava vida em outros planetas, logo ela não existia.

    Por algum tempo, também foi testemunha de Jeová, e tinha um talento quase sobrenatural para fazer as pessoas gostarem da mesma coisa que ele. Até descobrir a beat generation e o rock and roll, e no final dos anos 60 procurou com seus amigos Richard Meltzer e Nick Tosches lançar os alicerces da crítica roqueira. Ao mesmo tempo, foi contratado pela Rolling Stone após escrever um review negativo sobre o MC5 ("esqueça que eles vêm como um bando de punks de sessenta anos em uma power trip", dizia a resenha, uma das primeiras ao usar o termo "punk"), banda da qual se tornaria fã depois. Influenciado por Jack Kerouac e William Burroughs, "Lester" tornou-se ícone do New Journalism e seu subgênero gonzo - análises que mais pareciam narrações feitas enquanto se estava sob efeito de algum psicotrópico.

    E a partir daí, tornou-se o escritor mais importante da música pop. Escreveu sobre jazz, a british-invasion, garage blues, blues-rock e ajudou a cunhar e definir termos como "punk" e "heavy metal", realizou entrevistas hilárias com Lou Reed. Dormia toda noite sobre efeito de bebida, logo após de erguer o nome dos Stooges e o MC5 às alturas, e o sono dos justos vinha ao som de Iggy e Black Sabbath. Foi chutado da Rolling Stone após escrever uma resenha negativa da Canned Heat, migrou para a revista Creem, mais liberal, onde fez sua fama e textos mais famosos. Depois, ainda escreveria para Village Voice, Penthouse, Playboy e outras publicações. Em suas entrevistas, discordava abertamente e discutia com o entrevistado quando tinha vontade. Referia-se a punks como "white nigger", ou seja, brancos que viviam nas mesmas condições que negros.

    Criticava negativamente o rock progressivo e exaltava o movimento punk e o hard rock; por isso, mudou-se para New York e fez do CBGB's o seu point, elogiando Ramones, Television, Richard Hell And The Voidoids e Patti Smith Group. Aos poucos, se afasta da literatura esopntânea, apesar de ainda ser mil vezes mais sarcástico e com alma que muitos companheiros de ramo. Quase no fim da vida, tenta se desintoxicar no Texas ao lado de Lou Reed (o que qualquer mente sã sabe não ser a melhor das idéias), enquanto é torturado pelos embustes do rock and roll e a morte de Sid e Nancy.

    Polêmico, produtivo, junkie, com passagens pela música, idealista, visionário, sarcástico, mal-educado, espontâneo, assumidamente contraditório, capaz de escrever textos feito "Como Ser Um Crítico de Rock" (um dos textos mais irônicos já feitos até o dia de hoje), Lester marca quem o conhece. Quem lê suas furiosas linhas não encontra nenhum pouco de imparcialidade ou objetividade. Encontra sangue, suor e rock and roll. Encontra é fúria ao invés de piloto automático.

    Quando morreu há 25 anos atrás, em 1982, de overdose dos tranquilizantes Valium com Darvon, com apenas 33 anos passou de crítico de respeito a uma das figuras mais influentes quando o negócio é jornalismo musical. Ganhou merecidas homenagens e citações musicais de R.E.M., Ramones, Buzzcocks, Bob Seger, (Horseshoe), Gumdrops, inspirou o nome da banda Ghost Of Lester Bangs, e a homenagem mais famosa foi ser interpretado por Philip Seymour Hoffman no filme "Quase Famosos", do diretor Cameron Crowe.

    No Brasil, é difícil encontrar algo do meste-que-recusava-ser-mestre (certa vez disse para os jovens jornalistas que aspiravam ser grandes feito ele para que nunca o copiassem), mas além do filme de Cameron Crowe, também se encontram várias citações no livro "Mate-me Por Favor" (o livro definitivo sobre o punk rock) e o seu livro "Reações Psicóticas", recomendado tanto para amantes de rock quanto para quem se interessa por new journalism e seu subgênero gonzo.

    Para quem ainda não é conhecedor de seus escritos e ficou interessado, Lester Bangs é um escritor seminal para os apreciadores de música. E o leitor pergunta-se por quê. A explicação é simples: a identificação com Lester é imediata, mesmo que não concordemos com suas opiniões. Sua relação com os discos que ouvia, as cativantes entrevistas que realizou, os inúmeros shows que viu e descreveu, são textos escritos com calor. Não são linhas impessoais e frias.

    E a partir do momento que as melhores músicas do mundo tendem a ser totalmente parciais e subjetivas, porque o resenhista das mesmas deveria fingir que está escrevendo tratados científicos sobre música? É por isso que dá-lhe, Lester. Os críticos de rock and roll devem ser tão ou mais caras de pau quanto os músicos sobre os quais escrevem, pois são eles que anunciam ao mundo cada uma das qualidades e defeitos do showbizz. Ensinamento importante esse; se quisermos apenas ganhar trocados e ganharmos discos de graça, é melhor irmos pentelhar em revistas para os não tão fanáticos assim sobre música; agora se quisermos escrever pela música e não pelos trocados, melhor dizer a doída verdade.

    E com tantos críticos elogiando músicos sem graça nenhuma, penso que a cara de pau de Lester está fazendo um 'pouquinho' de falta...

    "Talvez o que este livro exija do leitor é a disposição em aceitar que o maior escritor americano tenha escrito apenas análises de discos"
    (Greil Marcus, na introdução da versão norte-americana de "Reações Psicóticas")

    Marcadores:

    posted by billy shears at 3:16 PM

    4 Comments:

    Anonymous Anônimo disse:

    EMBORA O ASSUNTO NO GERAL SEJA PUNK, VOU FALAR DEVIDO A UM TRECHO Q LI:

    ALL HAIL EXALTAR HARD ROCK! \m/ò.Ó\m/

    12:31 AM  
    Blogger Gabriel M. Faria disse:

    Não faço idéia do que comentar.

    Sei lá. Gostei do texto? Achei uma puta homenagem a um puta jornalista? Não sei mesmo, que merda.

    Fico sem comentar nada, então.

    10:12 PM  
    Blogger Lucas Dias. disse:

    Hard Rock é bom, gostei do texto ae mas nem sabia da existência desse cara. =D

    6:50 PM  
    Blogger Carmem Luisa disse:

    Nunca li coisa alguma sobre ele, enfim. Ele parece ser o rei do jornalismo rocknerário e parece ser admirado pelo Dangerous Music; logo, ele é foda.

    1:24 PM  

    Postar um comentário

    << Home

    _______________________________