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    quarta-feira, março 14, 2007
    Johnny Thunders And The Heartbreakers - L.A.M.F.


    "Liguei pro meu amigo Tony Zannetta, que era um grande fã, e disse: 'Quer ser meu sócio como empresário dos Heartbreakers?'. Tony disse: 'Está louco? Uma coisa é sentar na platéia dizer como eles são fabulosos e como são a banda de rock & roll mais brilhante de todos os tempos, mas outra coisa completamente diferente é se envolver com eles. Eles são junkies! Você está maluco?' E pensei: 'Bem, seja o que Deus quiser. Vou fazer isso'". (Leee Childers)

    Se na década de 60 a mídia criava slogans para os Rolling Stones, perguntando aos conservadores "você deixaria a sua filha casar com um rolling stone?", no final dos anos 70 não havia mais propaganda cabível para promover a gangue, quer dizer, a banda de Johnny Thunders. Mas suas faces decadentes e maltrapilhas pareciam querer questionar: "você teria ao menos coragem de falar com um heartbreaker?".

    Em 1975, após lançar dois registros mais do que obrigatórios e influentes com o New York Dolls, Thunders abandonou a banda junto com o baterista Jerry Nolan, decretando o primeiro fim da banda. Junto com o famoso (ou famigerado) Richad Hell no baixo, eles fundaram o Heartbreakers. Antes mesmo de lançarem algum disco, a banda já era por si só tremendamente influente. Mas quando todos achavam que um supergrupo do punk rock estava se formando, Richard Hell deu o fora e no seu lugar foi chamado Billy Rath, e a formação foi completada com a segunda guitarra de Walter Lure. Logo, assinaram com a Track Records e foram chamados para ir para a Inglaterra abrir show dos Sex Pistols e do The Damned. Pronto. Johnny, Jerry, Billy e Walter quebravam corações, injetavam rios de heroína veias adentro, arranjavam encrenca por muito pouco e levavam muitas groupies para a cama. Por isso, não há sigla nem nome de disco que designe melhor uma banda que resolve adotar esse nome. "L.A.M.F.", ou "Like A MotherFucker". Verdadeiros filhos de meretrizes, "lixo branco", alguns dos muitos garotos esquecidos pelo mundo.

    Áspero, nem um puco sutil, gritado, uma verdadeira máquina de riffs dos anos 50 tocados da forma mais suja e agressiva possível, refletindo o próprio cotidiano dentro da banda, que muitas vezes só funcionava com o empresário pressionando, e muitas vezes, chegando até mesmo a sair no braço com alguns dos integrantes da banda. Mas os Heartbreakers deixaram esta primeira e única marca em 1977. Tudo bem que não é uma marca que muitos gostam de ver, como uma mancha seca de sangue na parede, mas é uma marca que persiste, e que por mais que você tente repudiar ou ignorar, ela continua lá, te incomodando.

    E você não precisará de muito esforço para manter isso em mente, pois assim que começam os acordes decadentes de "Born To Lose" e os vocais cuspidos de Thunders gritando "essa cidade é tão fria/e eu sou tão lerdo" e "viver numa selva não é tão difícil/mas viver na cidade vai comer o seu coração", e a banda toda gritando no refrão "Nascido para perder, nascido para perder, baby, eu nasci para perder", você começa a ter noção do buraco onde caiu.. Autêntico rock de garagem, ou, como a banda sugere na capa, de um beco sem saída.

    Salve-se quem puder. Menos de dois minutos e meio de pancadaria caótica, "Baby Talk" tem uma letra curta, direta e safada berrada a plenos pulmões por Johnny. Nem um pouco poética ou polida, tanto sonoramente quanto liricamente, apenas aquilo que o pessoal da geração vazia sabia fazer de melhor: barulheira agressiva e rude, sem maiores preocupações de quem estaria amando ou odiando.

    "All By Myself" tem um riff marcante e linhas vocais mais marcantes ainda. Mostra toda a herança rocker que o punk tinha, mas ao invés das mensagens de amor, Johnny Thunders dispara uma letra egoísta e pervertida. O solo aqui chega cortando aos ouvidos, um dos poucos momentos que o disco se dá ao luxo de tentar parecer ter algum esmero com suas canções, mas quando o vocal volta a gritar "All by myself/Not everybody else", essa ligeira perspectiva é estragada. Malditos junkies...

    A próxima é "I Wanna Be Loved", mas não caia nesses papos de junkie, o que eles tem de legais tem de mentirosos... Prova disso é que apesar dos muitos "eu quero ser amado/ser amado por você", Johnny ainda declara "Você não pode mudar minha mente/Você não pode mudar os tempos/Você pode fazer o que você quiser/É melhor você ler entre as linhas". Porradeira que dexaria o Who dos primórdios orgulhoso, tudo isso ancorado pelo vocal insolente e fanfarrão de Thunders.

    Balada insatisfeita, ou "It's Not Enough". As guitarras aqui soam mais melódicas, demonstrando a influência que a surf music dos anos 60 tinha sobre o punk rock (influência esta muito notada também nos primeiros álbuns dos Ramones - claro, isso se os Ventures e os Beach Boys passassem uma temporada em inferninhos novaiorquinos...) sustentadas por um baixo bem presente. E veja só; ainda tem um belo solo. E Johnny segue, disparando: "Você pode me dar isso,/Você pode me dar aquilo/Ainda não será o suficiente".

    A fúria volta, e em grande estilo; composta por Dee Dee Ramone e Richard Hell, mas de início recusada pelos Ramones por falar descaradamente sobre drogas, assunto sobre o qual a banda não queria falar sobre. Então restou a missão de Thunders berrar a ramônica "Chinese Rocks", sobre um passeio com Dee Dee pra comprar "pedras chinesas". E a banda ainda se esgoela no refrão, cantando "eu estou vivendo de pedras chinesas/tudo está na casa de penhor". Depois, Johnny reclama da casa estar caindo aos pedaços e de sua namorada chorando. Cara de pau é pouco. A sonzeira, então, nem se fala. Poucos porém abrasivos acordes, bateria esporrenta e um refrão fantástico, tanto na energia quanto na cara de pau.

    "Get Off The Phone" é iniciada novamente por uma contagem e guitarras cortando o tímpano. Cuspindo a letra, Thunders descreve um relacionamento de longa data que enche o saco dele. No início, a mulher caía de amores por ele, mas agora vive caída ao lado do telefone. E a banda se esgoela gritando: "saia do telefone/não há ninguém em casa/então saia do telefone/porque eu não quero você". Ainda é detonado um solo mais afiado ainda. Um golpe que te atinge o tórax como uma faca.

    Até as melodias são cafajestes em "Pirate Love". Ele diz pra uma garota ser do jeito que ele quer, e diz que tanto as garotas inocentes como as mais experientes estão dizendo não para ele. E ele diz no refrão, em meio a solos de guitarra estraçalhantes e o baixo que parece dar um mata-leão no ouvinte: "amor pirata/é o que eu estou procurando/amor pirata/eu nunca precisei tanto disso". A canção vai se esfacelando até acabar.

    "One Track Mind" tem um dos riffs mais animais e selvagens que a década de 70 viu nascer. Junto com a bateria, parece que você é uma criancinha inocente sendo espancada por algum campeão do boxe da categoria peso-pesado. O solo é um gancho que faz cair de cara na lona para que você possa ouvir a banda berrar direto no seu ouvido "I GOT ONE TRACK MIND, I GOT ONE TRACK MIND". E melhor não reclamar, senão apanha mais.

    Se não reclamar, também. Desrespeitando o título, "I Love You" chega aos nossos ouvidos como um trator de agressividade, e mesmo com a letra mais romântica que algum pobretão de New York conseguiria fazer, ele ainda canta "Eu te amo/Realmente amo/Não tem ninguém como você/Baby eu amo" do jeito mais berrado e maltrapilho possível. As garotas certinhas certamente acharam que era um bêbado tentando dar em cima dela; mas o famoso affair de Johnny, Sable Starr, provavelmente acreditou (claro, não por muito tempo, mas sabe como é, década de 70, New York, CBGB's, junkies...).

    "Going Steady" tem o refrão simples, e uma estrutura com paradinhas e retomadas empolgantes. Sem muito segredo, o bom e velho rock and roll que ainda soa jovem e agressivo até os dias de hoje. A música transborda todas as características do Heartbreakers, mais um tiro certeiro entre os olhos. Desde a primeira música você já sentiu seu coração e sua alma sendo pisados e vandalizados, mas você ficou numa atitude "bate-que-eu-gosto", e como bons dominatrix que são, os Heartbreakers mui gentilmente atendem seus pedidos...

    O golpe final é extremamente barulhento e recebe o nome de "Let Go", com a sonoridade e a letra mais alucinadas do álbum. As guitarras te deixam com joelhos, investindo com fúria e vigor monstruosos. Rock mal-educado como só Johnny sabe fazer do seu jeito todo especial. É um chamado para conhecer todos os extremos que o Rock pode te oferecer. E um dos últimos libelos punks de Thunders.

    Johnny Thunders é uma figura que, sem dúvida, faz uma grande falta à música. O rock cafajeste, safado, barulhento, decadente e violento e batizado com óleo de peroba faz uma bruta falta no cenário de hoje em dia. Depois dos Dolls, Thunders deixava sua terceira aula definitiva de como fazer um disco de rock and roll genial precisando apenas de guitarra, baixo, bateria, microfone e um grupo de junkies que saibam como nos deixar estatelados no chão. E sem sentir nem pena nem remorso. L.A.F.M.

    Marcadores:

    posted by billy shears at 9:37 PM

    7 Comments:

    Blogger Íris S. Lovett disse:

    um grupo de junkies"
    aaah, verdade seja dita
    os junkies sao os melhores.
    veja as melhores bandas de todos os tempos.
    SEMPRE junkies
    :D

    10:25 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    like a motherfucker
    tudo faz sentido agora na minha vida
    heartbreakers é foda DEMAIS!

    10:26 PM  
    Blogger Willie The Pimp disse:

    Gosto do disco.
    Não acho nada espetacular, mas também está longe de ser ruim.

    Gosto bastante de "Pirate Love".

    12:48 AM  
    Blogger Carmem Luisa disse:

    Mas que filhos da p*.
    Esses junkies dominaram o mundo

    11:16 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    nossa
    eu só ouvi uma música desse cd, e foi uma vez só.

    hahaha

    vou baixar :)

    9:41 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Nunca ouvi falar de Johnny Thunder, mas pera que também não li a resenha ainda, tô com um pouco de dor de cabeça e não tou conseguindo ler nada muito longo no pc (/diarinho mode off)

    10:06 PM  
    Blogger Gabriel M. Faria disse:

    Heartbreakers já induz o nome junkie. Esperar o quê?

    Cacete, Bêr. Depois de ler essa resenha, nem vou ouvir mais Johnny Thunder. A música já 'tá'í, entre as letras...

    11:14 PM  

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