


Klaxons - Myths Of Near Future: A Europa e as Américas estão mandando o mundo preparar o visual colorido para dançar. A cena nomeada pelos críticos de “new rave” que funde momentos indie rock com música eletrônica, sons diversos e momentos caóticos descendente da “geração Madchester” de Stone Roses, Inspiral Carpets, Charlatans e Happy Mondays dá frutos nos esquizofrênicos dias atuais – e já não era sem tempo; e a banda que encabeça a cena em que estão presentes desde o Devo do século 21 do Data Rock até a ironia doidona do Cansei de Ser Sexy, é o grupo mais falado dos últimos meses, os Klaxons. E não à-toa; difícil é não dançar com esse pessoal, especialmente esses últimos. Quatro caras que pariram um álbum tão bom que chega a ser difícil de destacar algo. Parecem até mitos de um futuro próximo! O frenesi dançante de “Totem On The Timeline” encontra contraste na fantasmagoria vibrante de “Isle Of Her”, e continuamos nos perdendo em vocais pops se perdendo em meio a baixos encorpados, batidas eletrônicas e reviravoltas que botam pra remexer - quem disse que a perdição não era o futuro? Se 2006 foi o momento da música sair definitivamente do disco, 2007 é o momento de conhecer toda essa esquizofrenia onde todos podem ouvir e tocar de tudo. Um brinde à esse novo mundo que compreendeu Frank Zappa e obedeceu sua ordem: Freak Out!

Kings Of Leon - Because Of The Times: Quem se deliciava há três, quatro anos atrás com as guitarras sujas do álbum “Youth And Young Manhood” e suas pancadas juvenis feito “Molly’s Chambers” e “Holy Roller Novocaine” provavelmente estranha os últimos álbuns do Kings Of Leon. O quarteto de Mount Juliet adentra cada vez mais o Southern Rock e o country, tirando seu rock da garagem e mandando ele direto para as estradas nesse terceiro álbum lançado este ano. Mas, mesmo com harmonia e melodias maiores, ainda temos momentos pesados e empolgantes como “Charmer”, “Black Thumbnail” e “My Party”, mas o primeiro single “On Call”, a longa abertura “Knocked Up” e a power ballad caipira "Ragoo" mostram o quanto novos ares a respirar fazem bem aos Kings Of Leon. O único senão fica por algumas músicas serem mais longas do que deveriam. Mais da metade das músicas do álbum ultrapassam os quatro minutos de duração, e não são todas elas que realmente prendem a atenção e deixam o ouvinte com água na boca. E é realmente difícil fazer uma obra prima tão extensa assim, com 13 músicas. O Lynyrd Skynyrd e os irmãos Allman mal colocavam dez em um álbum. Talvez esteja na hora dos reis dos leões rugirem pouco, já que os rugidos prolongados estão metendo medo na crítica.


The Stooges - The Weirdness: Tem gente que não vê a idade chegar. No caso de Iggy Pop, ainda bem. Não basta uma volta dos Stooges; eles decidiram que não seria apenas uma volta nostálgica, e pouco tempo após encerrar uma turnê triunfal de volta, começaram a gravar um novo álbum. Acompanhados pelo baixista Mike Watt no lugar de Dave Alexander e produzidos pelo mestre em barulho Steve Albini e o fã declarado Jack White, Iggy e os irmãos Ron e Scott Asheton realizam uma das poucas voltas que realmente valem a pena. Enquanto muitas bandas realizam músicas chatas, insípidas e pastiches das anteriores, aqui temos um Stooges cheio de gás, com músicas que soam frescas, garageiras como a banda sempre fez questão de ser e fluindo perfeitamente, em porradas como “Trollin’”, o single “Idea Of Fun”, “I’m Fried”, “ATM”, e ainda abre espaço até para músicas com refrão alegrinho, como “Free And Freaky”, letras engraçadinhas como “She Took My Money”, breguices propositais como a faixa título e músicas que parecem ter saído da carreira solo de Iggy, como “Greedy Awful People”. Claro que não estamos diante de um novo “Fun House” ou “Raw Power”, mas você há de convir que dois álbuns como esses só se fazem uma vez na vida, e os Patetas ainda tiveram sorte de fazer isso duas vezes. Comparando a muita coisa que tem a pretensão de se chamar rock nos dias de hoje, ganha de mil a zero. E só pra você ter noção de como o álbum é bom, ele está na mesma situação de “The Stooges”, “Fun House” e “Raw Power”: assim como os três primeiros álbuns dos delinqüentes de Ann Arbor, a crítica está odiando esse álbum...
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7 Comments:
Ainda preciso ouvir os três últimos, mas os três primeiros são pitelzões
Ah, fui eu no comentário de cima
retorno dos stooges, achei interessanet
Arcade Fire é uma das coisas mais lindas que vocês irão ouvir em todas as suas vidas, juro.
Já os Stooges e o senhor endeusado Iggy são uns dos caras mais fodas que vocês irão ouvir (e arrebentar o cérebro nesse som ensurdecedor), juro.
huhu
só albuns fodas.
o novo do kings of leon tá muito bom :B
Preciso ouvir esse novo dos Stooges...
Então, daí só conheço Arcade Fire, e achei uma coisa bem "whadda shit ess that", mas sei lá. O som é simpático e algum dia eu ouvirei normalmente.
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