colaboradores

BERNARDO
18 anos, RJ
+ info

NARA
16 anos, SP
+ info

LUDEN
15 anos, SP
+ info

SAM
16 anos, SP
+ info

VITOR
18 anos, RJ
+ info

LIZ
15 anos, RJ
+ info

NAT
17 anos, SP
+ info

GABO
16 anos, SP
+ info


Previous Posts

a r q u i v o s

  • janeiro 2005
  • fevereiro 2005
  • março 2005
  • abril 2005
  • maio 2005
  • junho 2005
  • julho 2005
  • setembro 2005
  • outubro 2005
  • novembro 2005
  • dezembro 2005
  • janeiro 2006
  • fevereiro 2006
  • março 2006
  • abril 2006
  • maio 2006
  • junho 2006
  • julho 2006
  • agosto 2006
  • setembro 2006
  • outubro 2006
  • novembro 2006
  • dezembro 2006
  • janeiro 2007
  • fevereiro 2007
  • março 2007
  • abril 2007
  • maio 2007
  • junho 2007
  • julho 2007
  • agosto 2007
  • setembro 2007
  • outubro 2007
  • novembro 2007
  • dezembro 2007
  • janeiro 2008
  • fevereiro 2008
  • março 2008
  • abril 2008
  • agosto 2008
  • setembro 2008

  • L    i    n    k    s

  • Google News
  • Rock Town Downloads!
  • ~Daia.no.Sakura
  • Young Hotel Foxtrot
  • É Rock And Roll, Baby
  • Musecology
  • O Resenhista
  • Dangerous Music No Orkut

  • B    U    S    C    A


    L i n k    U s




    c r e d i t o s

    Powered by Blogger
    Design by Nara

    terça-feira, janeiro 09, 2007
    The Stooges - Fun House


    Iggy Pop é o típico cara que muitos conhecem, respeitam e dizem ser um cara legal, como o pai do punk e um velhinho muito elétrico, mas poucos preocupam-se em ouvir tanto sua carreira solo tanto seus três seminais discos no Stooges.

    E para os que conhecem sua banda, vêem o tamanho da heresia que é chamar a banda de "dinossauros do Rock" - ainda hoje, o som deles foi algo poucas vezes equiparado. Há 40 anos, James Newell Osterberg, ex-baterista do The Prime Movers, um moleque que cresceu em um trailer, substituiu seu futuro flerte Kate Asheton na banda que seus irmãos, os deliqüentes Ron na guitarra e Dave na bateria, estavam formando. A formação era completada por Dave Alexander, um garoto que desde os 12 anos já cometia pequenos furtos e cheirava cola. O nome do grupo, como quem gosta deve saber, veio daquele saudoso trio, Os Três Patetas (The Three Stooges) com toda a sua violência engraçada e ingênua. Porém, esses caras não eram nem um pouco engraçados e ingênuos... Eram feios, pobretões, encrenqueiros, viciados... O tipo de gente que sua mãe não quer que acompanhe você.

    A banda teve a produção seu primeiro LP, auto-entitulado, sobre a batuta de John Cale, do Velvet Underground. Em 1969, só os MC5 tinham a mesma fúria. Mesmo com um som extremamente poderoso pra época com riffs tão elétricos que pareciam vir de uma guitarra entrando em curto, Cale havia dosado o som da banda. E ainda queria convencer os novos empregados da gravadora Elektra da necssidade de fazer sucesso entre o público alternativo para ser respeitado. Daí surgiu um tema vanguardista - chamado "We Will Fall" - com seus sombrios, chapados e pervertidos dez minutos de duração. No resto, o pau comia solto, mesmo em volume menor ao que os Patetas estavam habituados.

    Entre trancos e barrancos, a banda partiu para seu segundo disco, em meio à muita esbórnia, hedonismo e putaria. O produtor foi Don Galucci, ex-tecladista do Kingsmen, uma das primeiras bandas de garagem, autêntica influência dos Stooges, que cravou um único hit na história do Rock - "Louie Louie", uma homenagem à todas as "damas da noite" da beira do cais... Ele fez o que era certo para esses malucos - deixou suas cabeças chapadas de tanta cocaína, heroína, anfetamina e LSD parirem o som que bem entendessem. Então Ron ligou o volume de sua guitarra no máximo, distorceu-a o máximo possível, Dave Alexander começou a golpear seu baixo como se fosse um instrumento de percussão e Scott pegou suas baquetas e bateu... Mas bateu muito muito na coitada da bateria. Iggy Pop então começou a berrar, berrar e berrar. Os gritos mais demenciais que conseguia. E ainda contaram com a ajuda de Steve Mackay, um saxofonista porra louca. O nome do disco resultante dessa piração veio do apelido dado à casa que os Stooges utilizavam para ensaiar, drogarem-se e treparem com centenas de groupies. E que resultado foi esse?

    Um disco totalmente imprevisível, que não se parece com nada que veio antes ou depois. Descompromissado, pirado, distorcido, marginal - mostrando a violência que os Rolling Stones só representavam. Uma verdadeira anti-música, caótica, desorganizada, irracional, confusa, sem direção definida, sem forma exata.

    Lançado em 1970, "Fun House" marca toda uma era - só não me pergunte se ela encerra o sonho hippie ou dá início à todo o niilismo da Blank Generation.

    A primeira música, que as bandas normalmente utilizam como cartão de visitas, não é cartão de visitas pra ninguém. "Down On The Street" tem um riff abafado e psicótico, até Iggy completar o esporro com sua voz esquizóide. Sem noção nenhuma do que poderia ser diafragma, falsete, sustentação de notas, ele apenas berra, geme, enquanto a guitarra ruge, cheia de ruídos, uma verdadeira música feita pra incomodar. Iggy fala sobre todas as garotas que encontrou pela noite, todas as falsas juras de amor e todo o sensualismo escandaloso das garotas.

    "Loose" é iniciada com mais espancamentos de bateria, mais um riff de guitarra que vai escalando a montanha até rolar a mesma e tornar-se uma avalanche de sujeira. Dos gritos empolgados, passando pela voz rasgada, chegando ao refrão em tom pervertido, e um solo que solta os bichos. "Eu consegui uma gravação de música bonitinha/Eu fui abaixo e baby, você pode falar/Eu consegui uma gravação de música bonitinha/Agora estou pondo isso pra você direto do inferno", vocifera Pop.

    Falando em vociferações, gritos, berros e despinguelamentos: lhes apresento "T.V. Eye", a canção com um dos berros mais primais de toda a história da música - sim, a canção que Iggy grita "LOOOORD" no início. E Ron dispara um dos riffs que definiram o que é rock pesado, violento e em estado bruto. A bateria entrando em galope é uma voadora na garganta. A irmã de Ron e Scott, Kathy, usava essa expressão T.V. Eye (sigla de Twat Vibe Eye) quando ela estava com desejo por alguém ou quando um garoto dava aquele olhar cheio de segundas e terceiras intenções pra ela. Quando um músico pervertido feito Iggy Pop descobriu o significado dessa expressão, claro que ele tinha que fazer uma música com esse nome! E ele, entre rugidos apocalípitcos e vocais rasgados, conta o seu caso com uma garota que está olhando cheia de desejo pra ele. E chega de explicação... Energia não se define; energia é sentida.

    "Dirt" é introduzida pela bateria, somada a uma ótima linha de baixo, revelando uma das canções mais lentas do álbum. A guitarra, extremamente berrante, parece esfaquear o ouvinte aos poucos, e com vontade. Ouvir um álbum dos Stooges no máximo é sensação certa de sentir o ouvido sendo perfurado. E Iggy, com a voz arrastada, parecendo que vai cair no chão, canta coisas como "Eu tenho estado sujo/E eu não me importo",e "Porque eu não me importo/Eu estou apenas sonhando essa vida/E você sente isso?/Disse, você sente isso quando me toca?". O solo de Ron é impressionante, a parte mais elétrica e aguda da canção. "Play it for me, baby, with love!"

    Os malucos de Ann Arbor tinham o costume de nomear algumas de suas canções com o número do ano em que foram lançadas. Essa é a origem do título de "1970", canção esta que é iniciada por mais um berro alucinado de Iggy, e a velocidade é retomada, com os riffs torturantes de Ron e o ritmo bate-estaca criado por Dave e Scott. "Bonita garota/Alimentou meu amor a noite inteira/Até eu me mandar/Me mandei a noite inteira" diz Iggy, sem arrependimento nenhum, como pode ser visto no refrão "Eu me sinto bem!". E o saxofone surge de repente, imprevisível, veloz e no limite, puxando o ouvinte pelo pescoço para que ele caia no caldeirão de violência e loucura.

    Entra a faixa título "Fun House", a mais longa do disco, com o saxofone iniciando a canção de forma tão aguda e tão repentina quanto um flato, que pode fazer o ouvinte pular da cadeira. Quase oito minutos de tudo o que o álbum é está aqui: berros desesperados, distorções, riffs rápidos e insanos, letra pervertida, uma parede sonora inconstante e violenta, guitarras crescendo e retraindo-se enquanto os versos decorrem. Nenhum instrumento está exatamente em coesão ou harmonia com o outro. Nenhuma estrutura a ser seguida. "Sim, o garoto da Funhouse vai roubar o seu coração. Eu vim jogar, baby".

    E "L.A. Blues" não é exatamente rock. Não é nem exatamente música. Não tem letra, riff. É apenas um bando de notas de baixo, guitarra e saxofone, batidas desconexas e berros completamente pirados que completam quase cinco minutos. Não dá pra falar se tem uma parte mais pesada ou mais arrastada - é uma profusão de climas e ritmos simplesmente horripilante.

    Os Stooges gravaram a trilha sonora para os últimos dias do mundo. A trilha do apocalipse viria três anos depois, em "Raw Power", mas "Fun House" é totalmente fantástico, é até um crime dizer que um álbum dos Stooges é melhor que o outro. Mas esse, com certeza, é o mais livre de amarras - o primeiro não tinha tanto volume e "Raw Power" não tinha tantas drogas... Um dos registros definitivos de toda a música, mostra como era toda aquela geração sem futuro filha da Segunda Guerra e vivente da repressão de Nixon e da violência do Vietnam.

    "Foi basicamente um álbum ao vivo no estúdio. Paz e amor não fizeram muita parte dele. No fundo a gente não se importava muito em fazer alguém se sentir bem. Estávamos mais interessados no que estava acontecendo realmente, na merda tediosa que era e no jeito que você era tratado. 'Dirt' é um exemplo perfeito disso. Sabe como é: 'foda-se toda essa merda, somos lixo, nós não nos importamos'" (Scott Asheton)

    Marcadores:

    posted by billy shears at 11:58 PM

    11 Comments:

    Blogger Willie The Pimp disse:

    Puta que pariu!

    Esse é "o disco"!

    Incrementar Steve Mackay na banda foi a melhor coisa que os Stooges fizeram.

    Disco que vai do Garage Rock/Proto-Punk as improvisações do Free Jazz.

    É realmente sensacional.

    Destaque para toda a loucura dos 5 integrantes juntos em "L.A. Blues".

    8:43 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    chamar qualquer um de 'dinossauro do rock' me irrita tanto ¬¬

    9:22 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    hoho, iggy é o cara!

    3:13 PM  
    Blogger gabriel disse:

    ahh, eu só tenho o raw power ~:

    mas ficou boa a resenha (puxação de saco pouca é bobagem)

    8:40 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Iggy pop é o cara!
    tá, isso já foi dito.

    hahah eu acho muito engraçado a expressão "dinossauros do rock", sempre imagino um monte de Tiranossauros rex tocanddo guitarras e berrando em gutural... hahaha


    parabéns pela resenha, abraços e até mais

    5:14 AM  
    Blogger natália; disse:

    nossa, faz séculos que não ouço. mas esse disco é doido. \õ/

    dance to the beat of the living dead, lose sleep baby and stay away from bed, raw power is sure to come, a running to you.. :BBBB

    bela resenha beeeeer

    10:53 PM  
    Blogger Carmem Luisa disse:

    Esquizofrenia, Stooges, pauleira, insanidade, letras horripilantes e muita malícia. Uau, isso é rock dos bons, bish.
    O álbum manda todos os ouvintes à merda, pra depois pegá-los com sua insanidade e deixá-los também esquizofrênicos, o som no último volume também ajuda muito. A voz rasgada de Iggy, a (des)(h)armonia das notas distorcidas e aterradoras... é uma violência para os ouvidos dos menos avisados.

    11:43 PM  
    Blogger Unknown disse:

    esse cd é insano e Dirt é uma das músicas mais loucas que eu já ouvi,dá vontade de matar....hehehe!

    12:59 AM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Eu tenho esse CD, mas não ouço há um bom tempo. Aliás, ultimamente tenho achado alguns ótimos cds que não ouço há 100 anos.

    Abraço
    Luis

    http://luismilanese.wordpress.com

    1:04 AM  
    Anonymous Anônimo disse:

    yeah \m/ stooges é do caralho... e vc mal se ouve falar =x soh pq eles eram trash po? XD huahauhuahuahuahau
    curto pacas
    resenha porretcha

    AWAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAY

    x@@@@

    2:10 AM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Talvez eu possa afirmar que Fun House é meu álbum preferido de todos os tempos. O maximo de energia e destruição que uma banda ja conseguiu alcançar, fantastico!

    3:06 PM  

    Postar um comentário

    << Home

    _______________________________