colaboradores

BERNARDO
18 anos, RJ
+ info

NARA
16 anos, SP
+ info

LUDEN
15 anos, SP
+ info

SAM
16 anos, SP
+ info

VITOR
18 anos, RJ
+ info

LIZ
15 anos, RJ
+ info

NAT
17 anos, SP
+ info

GABO
16 anos, SP
+ info


Previous Posts

a r q u i v o s

  • janeiro 2005
  • fevereiro 2005
  • março 2005
  • abril 2005
  • maio 2005
  • junho 2005
  • julho 2005
  • setembro 2005
  • outubro 2005
  • novembro 2005
  • dezembro 2005
  • janeiro 2006
  • fevereiro 2006
  • março 2006
  • abril 2006
  • maio 2006
  • junho 2006
  • julho 2006
  • agosto 2006
  • setembro 2006
  • outubro 2006
  • novembro 2006
  • dezembro 2006
  • janeiro 2007
  • fevereiro 2007
  • março 2007
  • abril 2007
  • maio 2007
  • junho 2007
  • julho 2007
  • agosto 2007
  • setembro 2007
  • outubro 2007
  • novembro 2007
  • dezembro 2007
  • janeiro 2008
  • fevereiro 2008
  • março 2008
  • abril 2008
  • agosto 2008
  • setembro 2008

  • L    i    n    k    s

  • Google News
  • Rock Town Downloads!
  • ~Daia.no.Sakura
  • Young Hotel Foxtrot
  • É Rock And Roll, Baby
  • Musecology
  • O Resenhista
  • Dangerous Music No Orkut

  • B    U    S    C    A


    L i n k    U s




    c r e d i t o s

    Powered by Blogger
    Design by Nara

    domingo, dezembro 17, 2006
    My Chemical Romance - The Black Parade


    O My Chemical Romance é uma banda da maior cidade de New Jersey, Newark. Com cinco anos de estrada e lançando um álbum a cada dois anos, a banda estourou em seu segundo álbum "Three Cheers For Sweet Revenge", fazendo sucesso em vários países. Devido à sua sonoridade com origens no punk e hardcore, somada com melancólicos contornos góticos e até mesmo resquícios de heavy metal em algumas músicas, a banda nunca praticou um estilo puro e intocado; mas devido à suas atormentadas músicas, o forte apelo teatral (contando com uso uniformes, maquiagem e pinturas faciais; e clipes com enredo, personagens e coreografias) e o fato de seus integrantes não seguirem estereótipos visuais feitos o "punk decadente" ou o "headbanger malvado", fez muitas pessoas rotularem pejorativamente eles como Emo, estilo descendente do hardcore com letras mais emocionais e passivas, que apesar da grande fama do termo, as bandas que se encaixariam corretamente em todos as características do gênero nunca ganharam grande notoriedade. Mesmo assim, o MCR foi colocado ao lado de bandas com as quais sua sonoridade não tem pouco ou absolutamente nada a ver - vide Good Charlotte e Simple Plan.

    É certo que a banda tem raízes no punk e hardcore, mas o som se desdobra em uma grande colcha de retalhos. Principalmente no novo álbum deles lançado nos últimos dias de outubro deste ano, "The Black Parade". Sonoramente, uma obra que funde inúmeras influências, desde o punk e o hardcore até o hard rock e o classic rock e passando pelo rock alternativo. Tudo regado às habituais letras da banda - nem um pouco sutis; se no último álbum eles falavam de temas como depressão, perda e decepção amorosa, aqui eles produzem um álbum conceitual, contando a história de um personagem chamado O Paciente, que vitimado pelo câncer, começa a refletir sobre sua própria vida, partindo da cama do hospital e do tratamento de quimioterapia, passando pelos aspectos mais importantes. Assim como nos álbuns anteriores, tudo é tratado com o peculiar sarcasmo lírico da banda, ou então com sua mórbida tristeza. Vendo o resumo geral da história, é quase de imediato um brasileiro perguntar: será que eles andaram lendo "Memórias Póstumas de Brás Cubas" do nosso Machado de Assis?

    Acompanhe então a nova aventura do performático vocalista Gerard Way, a dupla de guitarristas Ray Toro e Frank Iero, o baixista Mikey Way (irmão de Gerard) e o baterista Bob Bryar, sob a batente do produtor Rob Cavallo (o mesmo do primeiro álbum conceitual de raízes punk e referências mil, "American Idiot" do Green Day, que foi para o rock mainstream atual o que "Tommy" do The Who foi para os anos setenta - uma obra inovadora que abriu portas para outros tentarem o mesmo e marcou a geração de jovens da sua respectiva época).

    O álbum começa pelo fim da história, na curta abertura "The End", que começa com o sinal de um monitor cardíaco avisando que um coração deixou de funcionar, que confunde-se com a introdução do violão, ambos abrindo espaço para a voz de Gerard convidando o espectador para o triste evento de sua morte. As guitarras, em tom pomposo de abertura, acompanham o ritmo da voz de Gerard, ora cantando, ora gritando. No final, ele começa a implorar para ser salvo...

    ...E abre-se espaço para a pancadaria de "Dead!", uma canção de guitarras pesadas, riffs caprichados e com um refrão que conta com toda a banda acompanhando em backing vocal, em um clima ironicamente animado e feliz, onde ele recebe a triste notícia que só tem mais duas semanas de vida. Em meios a infantis "la la la", Gerard acha espaço pra cantar "se a vida não é uma piada/por que estamos rindo?". A canção acaba com a morte do personagem.

    "This Is How I Disappear" tem um começo em suspenso, que vai descendo ladeira abaixo até abrir espaço para uma bateria com batida vigorosa e graves bases de guitarra, dando espaço para vocais ora calmos, ora gritados. Imagina se um grupo de hard rock fosse tocar punk rock, ou vice-versa. É assim que a canção soa - marcante, com guitarras pesadas, com refrão grudento e parte mais cadenciada que volta à pancadaria, e até um pesado solo. Na letra, o Paciente sente-se culpado apenas por apenas magoar sua amada, e resolve abandoná-la. E começa a sentir-se como se estivesse desaparecendo.

    A seguinte é "The Sharpest Lives", que começa monocórdica e só começa a ter variações quando o vocal de Gerard, e o melódico riff é introduzido aos poucos. A música então cresce para um refrão excepcional, muito empolgante. As linhas vocais, muito variadas, são todas ótimas. Sem dúvida, uma das melhores do disco. Na letra, mostra um relacionamento difícil, onde o Paciente se revela uma pessoa auto-destrutiva; ao que parece, chegou bêbado de um show, pedindo para ser deixado em paz e falando que "você pode me assistir corroer como uma besta em repouso" e pedindo para que a pessoa atire nele, para ele ser liberado de toda a dor que sente.

    Freddie Mercury ressucitou, e resolveu montar uma banda de punk rock, com músicos de rock alternativo. Entendeu? Senão, vamos lá: a quase música-título "Welcome To The Black Parade" é uma mescla de Queen com rock alternativo. Ela começa na voz e no piano, até ganhar sua parte punk e começar a se dividir entre a alternativice dos vocais e as guitarras do Queen. Lá, seu pai começa a falar que tem um grande destino, mas voltando ao presente ele canta "um dia eu o deixarei/um fantasma para conduzí-lo no verão/para unir-me à parada negra". Entre a indignação e a obrigação dos outros de se conformarem, o Paciente afirma que é apenas um homem comum. Pela letra trágica, pela estrutura imprevisível e a megalomania, pode-se afirmar: é a "Bohemian Rhapsody" do Punk Rock.

    Transbordando raiva, essa é "I Don't Love You", iniciada no piano e ganhando guitarras leves e doces, onde o My Chemical Romance impõe uma balada-hard-pop de respeito. A canção passa a idéia do título, com Gerard cantando de forma doce versos fortes como "mas, meu amor, quando te derrubarem/no chão e te jogarem fora/é lá que você deve ficar". Em relação aos álbuns anteriores, a instrumentação também ganha um carisma especial - pois antes, o pilar principal era apenas a voz de Gerard. E, veja só! A canção apresenta até um bonito solo, que antecipa o momento mais soturno da música.

    "House Of Wolves" começa rápida e cai em velocidade nos versos, apesar da voz de Gerard, que inicia-se melódica, vai ganhando cada vez mais contornos agressivos, partindo novamente para a pancadaria. A canção conta inclusive com um momento quase heavy, com paradas para os berros animalescos do vocalista. Ele já apresenta a canção de forma reflexiva: "Bem, eu sei uma coisa sobre remorso/Porque eu tive bastante para dividir", e então começa a atacar a pessoa que tanto o faz sofrer, chegando a fortes versos como "Bem, eu acho que vou queimar no inferno/Todo mundo queima a casa agora".

    Vamos então para "Cancer", que é guiada grande parte por piano e voz, com o resto dos instrumentos surgindo apenas com o decorrer da canção. É uma música atormentada sobre alguém que descobriu que está com câncer, onde ele sente-se atormentado, juntando suas coisas, contando para a sua família, e não quer ser visto por ninguém, pois seus cabelos começaram a cair, e ele já conta os seus dias, com consciência que nunca estará por muito tempo com alguém. E clama "Isso não é viver/E só espero que você saiba/Que se você dizer adeus hoje/Peço que seja sincera/Pois a parte mais difícil disso, é deixar você". Uma das canções mas atormentadas da década.

    "Mama" surge do silêncio com o violão sendo insistentemente golpeado, e mostra-se uma canção cheia de sessões diferentes - desde o pseudo-reggae, passando pelo rock de riffs grandiosos, a voz e o piano, e até a pancadaria pesadona, onde mãe e filho parecem discutir, onde ele diz que deveria ter criado uma menina, e ela diz que ele deveria ter sido um filho melhor. E Gerard repete insistente, como resposta à sua mãe nessa troca de acusações: "Mamãe, nós todos vamos para o inferno". Até um vocal feminino com ar materno se faz presente na canção por um breve período, para exercer ainda mais a teatralidade.

    Vozes parecidas vir de um rádio acompanham um melódico piano na introdução de "Sleep" canção com um riff pesado e dramático, com Gerard desempenhando uma grande performance vocal, entre a calmaria e a raiva. E ele oferece um drinque pelo seu horrível momento, para as monstruosidades que ele fez, e sua "apatia inapológica", como diz a letra, totalmente indiferente ao perdão. E se pergunta como a pessoa ainda consegue chorar por ele. Pede para ela lhe dar um beijo de boa noite e dormir, porque ele não se sente mal a respeito disso. A canção vai tomando proporções cada vez mais dramáticas, com seu amargurado riff crescendo cada vez e Gerard berrando.

    Uma música com um título de "Teenagers" já dá para adivinhar como deve ser: com clima juvenil, com guitarras abafadas e dançantes, lembrando bastante uma das maiores bandas de glam rock, o T. Rex. O solo é o momento mais rock and roll do álbum. A letra, também bastante adolescente, fala sobre o eterno conflito de gerações, e a acusação que a mídia controla os jovens por medo deles - ainda ironizando os que se deixam influenciar, avisando "os garotos e garotas na moda/os nomes horríveis que eles usam/você não vai se misturar bem, rapaz" e interpretando no refrão os mais velhos gritando sobre o pânico que os mais jovens causam neles.

    "Disenchanted" é a música mais leve e acessível do álbum, mesmo não sendo single. Mesmo com as guitarras e bateria entrando e acrescentando mais vigor, a música continua com contornos pop - e mesmo não parecendo com a maioria esmagadora das músicas da banda, eles se saem muito bem! Soa como se o The Calling finalmente tivesse encontrado inspiração para fazer baladas não tão assassinas de diabéticos. Mas o "fator MCR" também dá um colorido na história, ainda que um colorido negro, cinzento e triste. Ele sente o momento chegando e pede para a pessoa amada sair dali, e ainda dizendo "outra música triste, com nada a dizer/sobre uma vida longa de espera para uma estadia no hospital/se você acreditar que estou errado, isso nunca irá afetar você".

    E chegamos à música final, "Famous Last Words", onde as guitarras surgem pausadamente, junto ao tom indignado da voz de Gerard. E então entra a parte mais pesada da música, ainda que cadenciada. Um hard rock mais lento, onde ele finalmente se despede, diz que não pode mais ser detido na sua volta para casa, e vê as luzes começando a brilhar. E entra o melhor solo do álbum, fazendo da canção a música mais Alice Cooper que uma banda que começou punk poderia produzir.

    E ainda tem uma canção extra, escondida, chamada "Blood", em um zoação com as músicas dos anos 50, com uma letra onde ele comenta da hipocrisia das pessoas e dos médicos, incentivando a total cooperação dele e determinando quando ele deve sorrir, mas no estágio em que O Paciente se encontrava, foi o bastante para proferir frases como "não consigo me controlar, pois não sei como sorrir" e "os médicos e as enfermeiras me adoram tanto/mas é meio preocupante porque eu sou um canalha".

    Um dos discos do ano, com certeza. Bem composto, com músicas muito interessantes, letras fortes, referências inusitadas e a ironia e melancolia de todo morimbundo. Pode não ser a maneira mais politicamente correta e positiva de falar da morte e da vida, mas sem sombra de dúvida, é bastante realista. Mostraram, assim como o Panic! At The Disco, que comercialismo e ambição artística podem casar muito bem, desde que a combinação seja realizada pelo grupo certo. Infindáveis horas de boa companhia - ainda que seja um disco que fale sobre a morte, de uma das bandas mais queridas da atualidade - ainda que seja carinho por um bando de caras vestidos de preto que não tem pudor nenhum ao tocar em um assunto em que as pessoas evitam...

    Marcadores:

    posted by billy shears at 1:48 AM

    11 Comments:

    Anonymous Anônimo disse:

    Muito bom!

    MORTE A QUEM PÕE MCR NO MESMO BARCO QUE MERDAS TIPO Good Charlotte e Simple Plan!

    MCR é foda \o/

    :***

    2:50 AM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Ouvi metade do album só mãããããs... realmente parece ser algo bom e menos enjoativo do q os trabalhos anteriores.
    Agora pelo lado da história eles melhoraram mtoooooo! eu não vi os clipes desse album ainda.... mas se eles fizerem q nem o green day fez com o americano idiota... não seria uma má idéia xP

    resenha porretcha!

    x@@@@

    2:58 AM  
    Blogger natália; disse:

    nunca gostei muito de MCR. O primeiro álbum deles eu ouvi poucas vezes, e só gostei de umas 3 músicas. Esse álbum novo ainda não escutei, mas pela resenha parece ser bom. Me pareceu ser mais um livro contando a história do Paciente, do que um cd uhaheau =D

    ;*

    10:46 AM  
    Blogger Carmem Luisa disse:

    Não por preconceito, mas eu não gosto de My Chemical Romance. Tudo bem que o álbum é conceitual e conta uma história real; foi bem produzido e é ótimo musicalmente. Encontraram uma forma bem irônica de falar da morte, da vida e essas coisas que deixam todos a pensar...

    10:23 PM  
    Blogger gabriel disse:

    hmmmmm
    interessante...

    3:44 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    de mcr q eu lembre q ouvi foi helena (e ate gostei)
    com essa resenha fiquei ate com vontade de ouvir o black parade ^^
    eu gosto dessa coisa de "conto uma historia no CD" como em invisible circles do after forever... e a ideia de contarem a historia ao contrario tb é bem legal ^^
    =***********

    4:00 PM  
    Blogger Nadadeordinário disse:

    Rapaz, curti pakas esse blog.Porreta demais,quero adicionar mas n sei como ainda pq sou nova nessa zorra... mas tá rolando. bjs

    4:46 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    "Acompanhe então a nova aventura do performático vocalista Gerard Way, a dupla de guitarristas Ray Toro e Frank Iero, o baixista Mikey Way (irmão de Gerard) e o baterista Bob Bryar"

    ASUHASUHASSUHUHASUSHUHASUHASUHASUH

    "As aventuras de Gerard Way no fantástico mundo da Black Parade"

    UHSAUHSUHSAUHSUHASUHSUH

    cara, amei a resenha.
    alias, eu amei o cd tb, o jeito que eles contaram a história, e as músicas.

    tudo porreta*_*

    ASUHUHSAUHAUHASUH

    x**********************************

    12:46 AM  
    Anonymous Anônimo disse:

    O MCR subiu muito no conceito de todos com esse novo disco, se firma como uma das melhores bandas americanas. Mas eles precisam reconhecer a porta que o Green Day abriu pra eles com "Americen Idiot" que aliás foi bem lembrado na resenha. Parabéns.

    2:17 AM  
    Anonymous Anônimo disse:

    adorei a muxika helena k tem o nome do nome da avo do gerard e do mikey e xubretd pok e fala n morte
    Fikem km a letra:(em portugex)

    Há muito tempo
    Assim como o carro funerário, você morre para entrar
    novamente
    Nós estamos tão longe de você

    Queimando, assim como o fósforo que você risca para
    incinerar
    As vidas de todo mundo que você conhece
    E qual é a pior coisa que você leva
    De cada coração que você parte (coração que você
    quebra)
    E como a lâmina que você mancha
    Bem, eu estive esperando esta noite

    Refrão:
    Qual é a pior coisa que eu posso dizer?
    tudo fica melhor se eu ficar
    Até mais e boa noite
    Até mais, não boa noite

    veio um tempo
    Quando todas as chuvas de estrelas
    te fizerem chorar novamente
    Nós somos os feridos que você vendeu
    E qual é a pior coisa que você leva
    De cada coração que você parte
    E como a lâmina, você mancha
    Bem, eu estive esperando esta noite

    Refrão

    Bem, se você continuar deste jeito
    tudo fica melhor se eu ficar
    Até mais e boa noite
    Até mais, não boa noite

    Você pode me ouvir?
    Você está perto de mim?
    Nós podemos fingir que partimos e então
    Nós nos encontraremos de novo, quando nossos carros
    colidirem?

    Refrão

    Bem, se você continuar deste jeito
    tudo fica melhor se eu ficar
    Até mais e boa noite
    Até mais, não boa noite

    8:30 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    quem diz k MCR e foda, k se va foder!!!! se n gosta n houve, nm perde tempo a dixer k n gosta, enkunato k pod tar a fazer algo k gost!!!

    a gente mem burra pa...

    tb n gost nd t tokio hotel, nm d outras merdas e n e por ixu k vou faxer coments aos blogs dos TH a dixer k e foda...tipo...curem-se i arranjem akupaçoes + intressants ok?

    MCR <3

    5:18 PM  

    Postar um comentário

    << Home

    _______________________________