Sem dúvida, o "Pennybridge Pioneers " é um dos maiores clássicos hardcore da banda sueca Millencolin. Responsável por parte do sucesso da banda, e pelo seu primeiro Disco de Ouro, o Pennybridge Pioneers representa, em termos, a acensão dos moleques skatistas para um dos maiores símbolos contemporâneos do hardcore, que lotaram mais de 15 mil pessoas, ano passado, em São Paulo, Curitiba, Vitória e Rio de Janeiro.
O Disco começa com uma pegada bem hardcore, no maior estilo Millencolin; "No Cigar" fala de dilemas pessoais - "I don't care where I belong no more./What we share or not I will ignore."(Eu não ligo mais de onde eu pertenço./O que compartilhamos ou não, eu vou ignorar). O fato da música também estar acessível no jogo Tony Hawk's Pro Skater 2, trouxe fama e fãs para a banda; sem dúvida, uma maneira criativa e efetiva de publicação do trabalho.
A seguir, "Fox", um pouco mais leve, é uma balada. Ela narra as aventurasde um sujeito que tem uma mobilete - "She's my world, she's so rad.She's the best ride I ever had."(Ela é meu mundo; ela é tão boa.Ela é o melhor veículo que já tive.).A música rendeu até clipe. Há grande harmonia entre as guitarras de Erik e Mathias e a Bateria de Larzon. Nikola também não depepciona no vocal, trazendo emoção à trama.
"Material Boy" se firma , também, como clássico. Uma das músicas favoritas até da banda. Um ritmo hardcore frenético, com direito a solo. Nikola interpreta um cara materialista - "Now i'm shopping/I'm not stopping"(Agora eu estou comprado.Não estou parando). Alguns absurdos tornam a música naturalmente engraçada. Uma sá tira bem construída.
O começo de "Duckpond" é dominado por Nikola, tanto quanto no vocal relaxado quanto no baixo. Neste ponto, percebemos a tristeza da banda, ao sair deOrëbro, Pennybridge, para fazer sucesso lá fora. Há oscilações entre a balada e uma pegada hardcore puxada pela bateria de Larzon. O título condiz com o contexto central - amigos e distância.
"Right About Now "é voltada para o punk. A começar pelo tamanho - menos de dois minutos. Tratando de dilemas jovens como idade "At 23, I was far from feeling free./At 24, my life was a big bore./Now I'm 25 and I'm still not high,yeah, I'm 25 but still alive."(Aos 23, eu estava longe de me sentir livre.Aos 24, a minha vida era um grande tédio.Agora, tenho 25 e não cheguei ao topo, yeah, tenho 25 e ainda estou vivo.) e com direito a solo, a música é bem engajada , tanto ao contexto ideológico quanto ao musical.
"Penguins and Polarbears" trata sobre o final de um relacionamento. Sendo assim, sempre há uma certa briga entre os dois lados "You're on the top when I'm low/As soon as you're fading I will grow/I don't like you, you don't like me/We're lacking energy"(Você está no topo quando estou baixo. Ao passo que você cai , eu cresço.Eu não gosto de você; você, não gosta de mim.Estamos desperdiçando energia.). Reconhecida até pelo eu-lírico como uma briga boba. A bateria dessa música chega a ser invejável, sem dúvida. Os vocais conjuntos dão mais emoção à melodia, que, de tão clássica, rendeu até clipe.
"Hellman" também tem o costume de oscilar. Desta vez, temos uma pegada punk e outra acompanhada pela percusão. A letra trata sobre as incertezas que muitos jovens passam, em relação aos relacionamentos, à segurança no investimento deles : "Well I'm too scared to Have the guts to say what I Think".(Bem, estou muito amedrontado para dizer o que eu penso, realmente).
Seguida de Hellman, "Devil Me" confirma que Millencolin é um hardcore "nerd" dadas inúmeras referências culturais; tratando um pouco sobre nostalgia - querer dois mas só poder ter um: "I want it all, I want it all to stay right here./I want it all to be a part of Slick Nick's sphere."(Eu quero tudo, quero tudo para ficar aqui.Eu quero fazer parte da esfera de Slick Nick.), Devil Me possui uma letra engraçada, também. Um ritmo bem maneiro e constante embala a música.
"Stop to Think" começa com uma guitarra medonha, diminuída pela bateria de Larzon. Daí em diante, o tom da música vai crescendo. Abordando outro dilema pós-namoro, a mania de querer infernizar a outra parte responsável pelo relacionamento: "but I will come back every year/to be the fifth wheel you don't need."(Mas eu voltarei todo ano/ para ser a quinta roda que você não precisa).
"The Mayfly" tem uma estrutura bem construída tanto pela guitarra quanto pela bateria. Com um ritmo overhappy, a música tem um solo no final. Os backing vocals de Mathias e Erik fecham a melodia.
A seguir, "Highway Donkey" trabalha com o monte de problemas que separam a juventude da adolescência: "Just because I'm older now does not mean I'm complete./Yeah, I still have got fear, it's not as strong but it's still here."(Só porque estou mais velho, não quer dizer que estou completo./Yeah, eu ainda tenho medo, ele não é forte, mas ainda está aqui). O solo dessa música é um dos melhores do disco. Nikola canta sério e prova que o hardcore da banda evoluiu, trazendo mais ideologia. Fugindo um pouco da linha de Yellow Dog e Story of my Life.
"A-Ten", um dos maiores clássicos da banda começa com uma guitarra chorosa, seguida dos tambores de Larzon. Nikola , também sério na música, interpreta um amigo que consola seu camarada por ter perdido alguma parente importante: "You lost someone you love/There is no greater pain above"(Vôcê perdeu alguém que você ama/não existe dor maior).Com uma primazia esplêndida, a letra parece não só consolar oamigo do eu-lírico, mas também, o ouvinte que se encontra em situação similar.
Para quebrar o clima," Pepper " arromba a porta da frente com um ritmo festivo delicioso. A letra, entretanto, não deixa de ser alentadora : "It's ok to take a fall/If you have good intentions/as long as you give it all/ you'll feel good inside".
Por fim, "The Ballad ",responsável por uma parcela do sucesso da banda, começa harmoniosa, com um violão. A bateria entra conforme Nikola narra a trama. Um menino que sofre bullying na escola: "The last selection in the ballgame./Does never get a pass. Not appreciated's just his first name./He's the scapegoat of the class./There are no friends to cheer him up and no girls, no sweet romance."(A última escolha no jogo de bola/Ele nunca recebeu um convite. Não é valorizado, apenas seu primeiro nome/Ele é o "bode expiatório" da classe./Não há amigos para consolá-lo, não há garotas, ou romance algum) Do meio até o final, a música assume um caráter post-hardcore. Nikola põe toda emoção que tem na música. Punk de nerd? Quantas bandas de hardcore vocês conhecem que abordam este assunto?
Sendo um dos maiores sucessos da banda, e responsável por mais de 37 mil cópias vendidas só na Austrália, o "Pennybridge Pioneers" pode assim ser considerado, tanto por ser um acervo de clássicos, como por ser uma fase de transição ideológica da banda sueca que, sem dúvida, marca a história do hardcore. contemporâneo.
Marcadores: Resenhas
8 Comments:
AH PQP EU CHORO TODAS VEZ QUE EU ESCUTO THE BALLAD
*se entrega*
bela resenha, seu bardo bicha
uahuaha esse cd é foooooooooda
penguins and polar bears mew...é super animadora essa musica
nao só essa
auhauhau adoro millencolin mew
eu ganhei o kingwood esses dias, é bom tb...tem uma musica, nao lembro o nome agora, q ele cita o nome de varias musicas q eles gostam
curioso isso :]
beijooo bãrnardo!
não conheço mto do Millencolin, alias, esse é o único cd deles que eu já escutei inteiro.
adoro The Ballad =D
Um dos melhores cds de todos os tempos! e tenho dito! heheh
abraço
nunca ouvi ó_o
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Pennybridge Pioneers é o cd mais foda que eu já ouvi, ainda quero comprar o original pra guardar como reliquia! :D
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