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    sábado, novembro 25, 2006
    Beach Boys - Pet Sounds



    Os anos 60 experimentaram revoluções em todos sentidos. Culturamente e socialmente. O especto da Guerra Fria, a divisão do mundo em dois pólos, a presença das ditaduras militares nos países latino-americanos, a Revolução Cubana, a guerra do Vietnã, o festival de Woodstock, o festival de Altamont, os movimentos hippie e beatnik, a bossa nova, o movimento Tropicalista, os Panteras Negras, o feminismo, o lançamento do primeiro computador pela IBM, a descolonização da África e do Caribe, a chegada do homem à Lua... Quando Stanley Kubrick, Frederico Fellini, Jean-Luc Godard lançaram seus primeiros sucessos ("Dr. Fantástico", "A Doce Vida", "Acossado", respectivamente), filmes viravam ícones da década, tal qual a série "007" e as películas "Easy Rider/Sem Destino" e "Blow Up/Depois Daquele Beijo". Onde líderes políticos como Che Guevara, Charles de Gaulle, Juscelino Kubitschek, Kennedy, Nixon, Mao-Tsé Tung, Fidel Castro e outros entravam no anais da história.

    Musicalmente, então, não era diferente. O Rock, revelado ao mundo na década passada por Elvis Presley, Bill Haley And His Comets, Chuck Berry, Little Richard, Buddy Holly e outros, agora ganhava mais força, com centenas de bandas de garotos tocando rythm 'n' blues de um lado, e bandas formada por hippies criavam um rock experimental e psicodélico. Mas estas não eram barreiras intrasponíveis; os verdadeiros rivais na época, Beatles e Beach Boys, e não Beatles e Rolling Stones como dita o senso comum, faziam uma competição para ver quem iria fazer o melhor disco. O líder dos 'garotos da praia', Brian Wilson, ficou maravilhado com o que ouviu em "Rubber Soul" dos Beatles, e então enfiou na cabeça que Paul McCartney era seu maior oponente. E as barreiras começavam a ser quebradas, e essas bandas encontravam a experimentação.

    Os Beach Boys, que até então, eram uma das bandas norte-americanas mais bem sucedidas, com seus rocks felizes de letras ingênuas - como os hits "Surfin' Usa", "California Girls", "Barbara Ann" e "Do You Wanna Dance?" - sobre garotas, praias, surf, Califórnia e tudo o mais, mudou radicalmente. Uma mudança que iria chacoalhar as estruturas do mundo do Rock. O já supracitado vocalista, tecladista, arranjador e baixista, guitarrista Brian Wilson se enfurnou em uma casa de campo, cheia de instrumentos e animais de estimação, tendo como parceiro o letrista Tony Asher e voltou de lá com algo surpreendente, completado pelo time de músicos Mike Love nos vocais e backing vocals, Carl Wilson no violão, vocal e backing vocals, Al Jardine nos vocais e Dennis Wilson na bateria e vocais, mais 55 músicos, que gravaram violino, percussão, violoncelo, viola, trombone, clarineta, sax, flauta, acordeão, trompete, baixo e gaita, entre outros instrumentos.

    O resultado é o "pet disc" de qualquer rockeiro que se preze. "Pet Sounds" de 1966. O parcialmente surdo e mentalmente perturbado Brian mostrava-se um gênio. E, diga-se de passagem, um dos maiores. Inovando tanto nas técnicas de gravação quanto de produção, um mundo colorido, alegre e triste, romântico e nostálgico e com tantas outras facetas, aparece aos nossos ouvidos... Algo que não esperávamos encontrar quando vemos um disco que tem a curiosa capa de cinco rapazes de aparência até normal para os anos 60 cuidando de cabras...

    Primeiro somos testemunhas de "Wouldn't It Be Nice". Brian Wilson divide os vocais com Mike Love, em linhas vocais belíssimas, onde ele deseja ficar mais velho, para viver para sempre com uma pessoa. "Você sabe que quanto mais conversamos/Pior fica viver sem você" e "Tempos felizes tempos passado juntos/Eu queria que todo beijo fosse interminável/Não seria legal?". Uma das melhores aberturas de disco já feitas.

    "You Still Believe In Me" é outra pérola doce. A música inteira é desarmante, capaz de fazer corações de pedra voltarem a bater. A letra romântica, junto com os belíssimos backing vocals e uma forma nova de se utilizar a escala (crescente e com pausas). Mesmo assim, feita com todo o cuidado para agradar o ouvinte de estar ouvindo um saudável (mas revolucionário) disco de música pop.

    A terceira canção é "That's Not Me", singela, pop e talvez a mais direta, com destaque mais para o grudento instrumental e o refrão que fica fixado na cabeça, com os vocais de Mike e Brian em uma letra também simples, sobre uma pessoa insegura. Com menos ares de balada, e mais para um pop lento e melódico.

    Uma sequência incansável de boas músicas, pois logo somos presenteados com "Don't Talk (Put Your Head On My Shoulder)", uma das mais lentas do álbum, e por consequência, uma das mais sentimentais também. Os violões e violinos alcançam um momento sublime. O refrão é terminado com um falsete de arrepiar, por demais excelente.

    "I'm Waiting For The Day" , com grande percussão e teclados, em uma música que é impossível não te deixar com um sorriso no rosto. O vocal de Brian Wilson acompanhado por uma sucessão de instrumentos, onde ele canta "Eu sei que você chorou, e você se sentiu triste/Mas quando eu pude eu te dei forças/Estou esperando pelo dia/Quando você vai poder amar de novo". Uma das melhores canções do álbum.

    Ouvimos uma música instrumental intitulada "Let's Go Away For Awhile", onde sentimos todo o cuidado e preciosismo que Brian teve compondo o álbum, fazendo desse instrumental um momento mágico, com um luminoso teclado distribuído pela música e instrumentos de sopro retraindo-se e crescendo, assim como um surgimetno ocasional da bateria.

    "Sloop John B" foi a primeira música a ser gravada pela banda, e é regravação e adaptação de uma música folk do oeste da Índia, onde os teclados tem um de seus melhores momentos, e a bateria também, fazendo essa uma das músicas mais altas e fortes do álbum, fazendo em alguns momentos lembrar a fase anterior da banda, apesar da instrumentação complexa ainda se fazer presente. Permeada por um refrão marcante, que soa meio ingênuo de tão melódico.

    Contra fatos, não há argumentos... "God Only Knows" é uma das mais belas canções de todos os tempos. Segundo Paul McCartney, ele ficou com raiva de Brian Wilson quando ouviu esta música, e declarou que essa era a música mais perfeita de todos os tempos. O vocal de Carl Wilson torna a música única, em uma das letras mais românticas já escritas, com um refrão que chega a emocionar: "Só Deus sabe o que seria de mim sem você". Apesar de tão curta, ela é repetida à exaustão. É impossível não se sentir realizado ouvindo uma música tão bela, e que música pop pode deixar-nos felizes.

    E o nível não cai, incrível! "I Know There's An Answer", com Mike, Brian e Al Jardine nos vocais principais, em uma das melhores sessões de percussão do álbum. O teclado soa singelo, belo e inocente; o refrão é mágico, e sua paradas instrumentais retomadas por instrumentos de sopro em destaque são uma beleza de encher os olhos.

    "Here Today" é outras das melhores do álbum, com um dos melhores refrãos entre as treze músicas dessa bolacha, com uma letra reflexiva sobre o amor. Aliás, a música inteira é marcante, é impossível não sair cantando-a, tentando imitar Mike Love. Por que ela é tão mágica? A aura pop e familiar do álbum parecem responder essa pergunta... É impossível ouvir e não lembrar de momentos felizes e/ou românticos de nossas vidas.

    A seguinte é "I Just Wasn't Made For These Times", sobre uma pessoa insegura, que não se sente capaz de suportar momentos de tristeza, acha que simplesmente não foi feita para estes momentos - seu desejo maior é ser feliz. Musicalmente, a música chega a ser viajante, seja em suas passagens mais pop quanto em seus momentos mais experimentais.

    Falando em viajante... Entra a faixa título, a instrumental "Pet Sounds", onde, sem os emocionados vocais, os arrepiantes backing vocals e tudo o mais, podemos perceber em plenitude toda a experimentação que Pet Sounds movia na época. Os instrumentos alternam-se e fazem parceria. Mágica.

    E o álbum encontra seu final com "Caroline, No", com a percussão introduzindo a canção, que logo dá espaço para melodias de cordas e as usuais harmonias vocais de altíssima qualidade. Brian Wilson, indo do tom normal ao falsete, imprime uma grande interpretação à música. A canção tem uma letra triste, que parece tratar de despedida, ou levando um pouco além, sobre morte ("...é tão triste observar uma coisa doce morrer", não parece especificamente sobre término de relacionamento ou sobre a morte em si). A canção termina com Banana, o cachorro de Brian, latindo em meio a uma confusão sonora.

    Se você gosta de Rock, adquira imediatamente. Só não é o disco mais importante da década de 60 por causa do "Sgt. Peppers", dos besouros de Liverpool. Isso o próprio Brian admite, pois quando já sentia que a batalha estava ganha, seu rival Paul e seus comparsas soltaram o sargento Pimenta... E então Wilson pirou quando ouviu o disco. Teve até que fazer terapia. "Pet Sounds" é indispensável para todos: apreciadores de pop, apreciadores de rock, apreciadores de música experimental e minuciosa. Acho que depois de todas essas linhas, não preciso nem dizer que se trata de um dos melhores registros já feitos, não?

    E lá se vão 40 anos...

    Marcadores:

    posted by billy shears at 12:17 AM

    13 Comments:

    Anonymous Anônimo disse:

    sou leiga dessa banda :~
    huauauhaaha

    2:38 AM  
    Blogger Carmem Luisa disse:

    Os meninos da praia deixaram para a história do rock este álbum que marcou os anos 60. Na época, muita evolução em todos os sentidos, e aí é que surgem Beatles e Beach Boys. Não os considero rivais, mas sim grandes lendas do rock. Sem a menor sombra de dúvida afirmo que Pet Sounds é um dos melhores álbuns de toda a história do rock: muito experimentalismo e um resultado marcante. Afinal, o que seria dos Beatles sem os Beach Boys e vice-versa?

    2:57 AM  
    Blogger natália; disse:

    aaaaaaaaah Ber, melhor impossiível cara.
    tinha uma época que minha vida não fazia sentido se eu não escutasse Wouldn't It Be Nice todo dia. haueha, e é sério.
    e esse cd aí é um daqueles que merece ficar dias, semanas, meses, anos tocando no radinho.

    tchururru, é TÃO FODA. =D

    bjs ber!

    2:09 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Fala Rapaz!

    excelente resenha

    e BEach Boys é foda!

    abração e parabéns

    2:43 PM  
    Blogger Rafael disse:

    não acho sgt peppers o melhor da decada, até pq foi inspirado em pet sounds. mas é muito bom também, acho que estão empatados kkkkk

    adoro!

    6:27 PM  
    Blogger Michelly__ disse:

    Heyy
    Tudo bem se eu usar um trechinho da sua resenha do Panic!?
    Por favor?
    Eu ponho credito e tudo mais...

    7:48 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Beach Boys \o/

    10:55 PM  
    Blogger Michelly__ disse:

    Ohh
    Muito obrigada!
    Vc não sabe o quanto fico agradecida ^^
    xD~
    Vou linkar seu blog...
    Mas.. o whiplash.net ñ existe mais n neh?!
    Nossa como é antigão..
    LOL

    12:47 AM  
    Blogger Michelly__ disse:

    Ahh! E quanto a essa banda, bem eu não comentei nada pq realmente não a conheço ^^
    =x
    Acho que já ouvi falar, mas só..
    Talvez pudessemos nos torna parceiros xD~
    =P

    12:49 AM  
    Blogger Willie The Pimp disse:

    A perfeição do pop.

    1:27 AM  
    Blogger gabriel disse:

    bêr, ótimca resenha, cara
    analisou muito bem \o\

    mas beach boys não é minha praia :B

    8:26 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    e digo mais, tenha a camiseta verde do pet sounds!

    tá bem foda a resenha, adoro os garotos da praia

    8:57 PM  
    Blogger Luden disse:

    Não há palavras para definir Pet Sounds
    mas a mais próxima do que ele é, é sublime

    12:12 AM  

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