Sim, bem sei que Metallica hoje não é um nome lá muito querido... Então para evitar apedrejamentos verbais contra minha pessoa, vamos falar dos tempos em que o Metallica, ao lado do Iron Maiden, era a banda de Heavy Metal mais famosa do mundo e não tinha ainda se metido em rolos de primeiros clipes, mudanças de sonoridade, problemas com um certo programinha de computador...
Não vamos falar que "...And Justice For All" não seja um álbum excepcional, mas sem sombra de dúvida, os melhores trabalhos do Metallica-que revelou a banda como uma banda de super-instrumentistas, e mostrou o Heavy/Thrash como uma verdadeira obra de arte, são aqueles três primeiros. Aqueles que o seu vizinho cabeludo de camisa cinza e velho e calça jeans toda ferrada diz sentir saudades daqueles velhos tempos como se tivesse nascido naquela época. "Kill 'Em All", "Ride The Lightning" e "Master Of Puppets".
Agora, uma questão foi difícil: Qual dos três fazer uma resenha? E usei o método de seleção mais básico do universo: o uni duni tê. Além disso, a maioria da ala headbanger elegeu esse álbum o melhor do Metallica. Foi a oportunidade, então para poder fazer uma resenha de um dos maiores álbuns da história do Heavy Metal. Em se tratando de Metallica, na minha opnião "Master Of Puppets" só perde para "Ride The Lightning".
Pois bem: o Metallica era um estranho fenômeno na época: a banda estourou e seus discos começaram a vender como água através de pura propaganda boca-a-boca, sem ajuda de rádios, MTV, ou coisa do tipo. É de se elogiar a garra dos rapazes em espalhar a gripe do Thrash Metal para todos os cantos-quisessem isso ou não.
A formação do disco é aquela, aquela mesmo, uma das mais clássicas do Rock/Metal: A voz rasgada e berrante de James Hetfield, que tocava sua guitarra contracenando com o mestre Kirk Hammet, que distribuiu solos belíssimos por todo o álbum, Lars Ulrich quebrando as baquetas na batera e o saudoso mago das quatro cordas, Cliff Burton. Indubitavelmente a melhor formação do Metallica, e boa demais para durar muito também...
Um início calmo, belo e soturno de violão, que dá espaço para um riff metal tradicional entrar dando uma atsmofera muito bonita. E eis que de repente... Surge a britadeira nos tímpanos, "Battery"! Com velocidade de um carro de Fórmula 1, com a força de um trator, entre outras características, uma música dotada de um riff excepcional, e injeta no seu corpo adrenalina até o limite do suportável. A música vai rolando e ladeira abaixo e se tornando repentinamente mais lenta, para logo após entrar em uma parte rápida e Kirk solta das cordas um solo que você tem que pegar o queixo de volta do chão quando ele acaba. A porradaria novamente volta furiosa e prossegue quebrando tudo ao final. Pérola do Heavy-Thrash que só o Metallica SABIA fazer...
Guitarras entram no seu cérebro sem dar um segundo de descanso! A faixa título "Master Of Puppets", tratando sobre o vício em cocaína na sua letra, tem um riff detonante, acompanhado de uma cozinha porradeira. James Hetfield transmite uma vibração única nessa canção. Todas as passagens dessa música são excepcionais. E o que dizer do refrão? "Obey your Master, MASTER!"... Não, leitor (a), não há alma que fique parada escutando a demolição dessa música. A música, em sua metade, entra em uma parte calma, em que James debulha um solo lento, porém magnífico de tão belo, que logo dá espaço para o de Kirk. Algo de encher os olhos. As guitarras que entram a seguir lembram bastante Heavy Metal Tradicional, para logo dar seguida há uma sessão infernalmente pesada e mais ou menos lenta em que James Hetfield berra "Master, master You promised only lies/Laughter Laughter All I hear or see is laughter/Laughter Laughter Laughing At My Cries". Como um elevador em forma de música, a música vai ganhando velocidade e volume e o Thrash volta a tomar conta do pedaço. Sim, os seus demônios vão ser liberados com a energia dessa música, realmente é insano demais a real pedreira que a música é. Uma risada maligna e várias outras risadas encerram a música.
Notas graves de guitarra e um acompanhamento leve logo pesam e começam a abalar as estruturas... Eis "The Thing That Should Not Be". A música é lenta, mas nem por isso menos pesada e vigorosa. A letra da música parece tratar sobre O Grande Chtullu, monstro da literatura do escritor H.P. Lovercraft, de quem o Metallica parece ser certamente fã. O riff da música é totalmente viciante, gruda na cabeça. O solo então, nem tenho que se comentar. Kirk é um ET, ou coisa do tipo? Você me pergunta se o álbum é assim mesmo, clássico atrás de clássico, seguido de clássico? Pois é. Impecável.
"Welcome Home (Sanitarium)" entra bela e lentamente, deixando hipnotizado quem já não estava, por guitarras calmas e belas, com Cliff e Lars acompanhando no mesmo ritmo. Kirk já começa detonando. James Hetfield canta linhas vocais maravilhosas e emocionadas, até que o peso entra no refrão "Sanitarium, leave me be/Sanitarium, just leave me alone", e James começar a cantar de novo linhas vocais realmente impressionantes. Uma parte pesada e rápida entra repentinamente, com James agora cantando com certa fúria, e dá espaço para Kirk nos assustar e quase nos matar de enfarte novamente com um solo que eu vou te contar... Um exemplo de beleza pesada.
Outra porrada, dessa vez ela é "Disposabel Heroes", que fala sobre o pouco valor da vida de um soldado. A música entra extrema e bela ao mesmo tempo, para logo um riff totalmente Thrash e uma bateria ponderada de Lars seguirem caminho até um dos momentos mais extremos do cd, que fica alternando para um ritmo entre a velocidade absurda e a ponderada, e James solta a voz, berrando furioso "Back to the front/You will do what I Say, When I Say/Back to the front/You will die when I say, you must die/Back to the front/You coward/You servant/Your blindman". Sem errar uma vez, a banda alterna velocidades diferentes de maneira tão natural quanto andar para a frente. Kirk solta um solo rápido, que frita os tímpanos do ouvinte, mas que possui uma melodia cativante. Talvez o melhor do álbum. A letra mostra que o Metallica sempre esteve preocupado com os problemas do mundo desde o seu início, desde o segundo disco (sim, o segundo, porque as letras do primeiro tratavam de como os caras do Metallica eram metaleiros fodões underground que quebram tudo e vestiam couro), temas estes que lhes preocupam até hoje, sendo tratados das mais variadas formas (mesmo o odiado Saint Anger trata de alguns temas bem sérios). Mas já que falamos do som, isso aqui é Metallica à moda antiga, porradaria de dar gosto. Imperdível para quem ouve Metal.
"Leper Messiah" entra com um riff do quinto dos infernos feito especialmente para acordar a vizinhança. A música é de um tema que o Metal critica muito: o fato das Igrejas que pedem dinheiro na cara-de-pau. Procure a letra inteira dessa música, é excepcional. Mesmo não sendo a mais rápida do mundo, essa música é um peteleco na orelha, daqueles que machucam. E eu serei repetitivo e vou falar mais uma vez: Kirk manda mais um solo de delirar. É um solo que te faz pensar, de fato, de onde o cara tirou isso. Lars espanca a bateria com fúria e técnica, acompanhado por um grandioso Cliff.
Uma faixa instrumental de oito minutos e doze segundos, "Orion", mas que vale a pena cada segundo. Tem bases pesadonas e solos magníficos, quatro se não me engano. Sendo um primeiro solo impressionante de Kirk, um mais calmo porém não menos excelentes de James, um outro de Kirk, e um solo de baixo de Burton. Um solo que começa após uma parada dos instrumentos. Um solo calmo, sutil e sombrio, acompanhado por guitarras leves e artístiscas de tão belas. O solo de baixo tem melodia constante, porém é totalmente cativante. É claro que Lars também tem participação ativa e brilhante nessa faixa. Vai tocar bateria assim lá na...
Uma melodia leve e soturno do baixo de Cliff (que nem parece ser de baixo), dá espaço para a literal porrada, cujo nome já diz tudo "Damage, Inc.". O que dizer? É simplismente a canção mais extrema do álbum, em termos de velocidade. Bases a velocidade de Luz e uma bateria que mais parece uma metralhadora descontrolada, porém executada com maestria por Lars... Sem contar as paradinhas empolgantes para que uma voz sussurre "Damage incoporated". O solo mais rápido do álbum, daqueles em que pode ter certeza, se Kirk fosse tentar executá-lo todos os dias, todos os anos, ia acabar perdendo a mão, uma hora ou outra. Mas não para por aí! Viradas na bateria, bases que parecem se tornar cada vez mais rápida, James berrando como se fossem os últimos momentos de sua garganta. A música acaba repentinamente, com as famosas e empolgantes paradinhas Thrash terminando um disco magnífico.
Impossível dar uma nota baixa para esse álbum. Os solos e bases de James e Kirk e a técnica empregada por Lars e Cliff é realente genial. Coisa que o tempo nunca vai consumir. Se gosta de Heavy, de Thrash, e de Metallica, o que diabos ainda está fazendo sem esse álbum nas mãos?
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8 Comments:
Wuebaaaaaaaaaaa
Metallica é foda!
E sim, Kill 'em all nao fica pra tras uhuhauhauaha
e tb nao consigo ficar parada ouvindo master of puppets...
mas sinseramente..eu ateh gosto do metallica atual, embora o OLD seja melhor..
adorei a resenha..
vc como sempre escrevendo bem!=D
beijos menino ^^
OLha vo ate dar um comentário sarcástico ala Machado de Assis: Pq a banda toda não morreu nakele acidente do Cliff? Eles iam ser imortalizados, mas ah se os tempos voltassem e eles pudessem concertar tantas cagadas q fizeram, os 3 primeiros álbuns são mto bons, mas ngm vive só dos clássicos.
Um dado legal q vc nao citou é q foram 500.000 cópias vendidas desse album na época, sem ajuda da mídia!
Metallica foi motivo de orgulho no metal, hj são cacos apenas... não acho eles os reis do Thrash, até pq bandas como Slayer, Exodus, Kreator fizeram mtos albuns excelentes e q analisando toda a carreira, dão um pau no Metallica, apesar dos 3 primeiros álbuns do Metallica serem obras-primas.
Bem, é isso, abraço ;D
vo postar THE USED NA PROXIMA
preparem-se
cara, sei lá, o metallica pisou muito no tomate, convenhamos, st anger e tal né :
mas eu ainda gosto, prefiro trabalhos mais antigos ao master até, kill 'em all é um tesao, pqp, o master é bom e tal
OBEY YOUR MASTER ,,/
mas o metallica fodeu muito a carreira, tá pior q o IM se vc pensar bem.
eu até gosto do st anger, não é "oh q coisa magnifica meu deus" mas até q dá pra escutar uma vez por semana
(x
acho q no fim das contas é isso, o metallica inovou e tal, atraiu novos fãs, ganhou dinheiro, bom pra eles, ruim para os fãs antigos :~
Um abraço e que resenha foda, abriu com chave de ouro
Tsc... Prefiro o St. Anger!
MASTER! MASTER!!!!!!!! Puuuuuutzzzzzzzzzz, esse album eh classico d+++++... kem nunca pirou ouvindo isso nao conhece oq a vida tem de bom pra oferecer!
E VIVA METALLICA OLD TIMES O////
ESSE ALBUM È FODA DEMAIS!
concerteza um dos melhores albuns de rock da história, o Solo da TTTNSB me causa orgasmos!
Porra, eu ia fazer um comentário fodão, mas com o Pedro me apressando eu não consigo pensar iauhaiuhiauahauihuiaha
Metallica é legal /o/
Eu tava com esse cd aqui em casa esses tempos, mas nem cheguei a ouvir inteiro :x
Te amo rapaz =*****
vey, sem palavras para o metallica, minha banda preferida sempre. fizeram cagadas? sim, mas cagadas que ninguém do lado de fora da banda vai saber pq foram feitas, acho que ninguém deveria julgar os álbuns posteriores deles, acho íncrivel que eles tenham perdidos tantos fãs (ganhado outros, fúteis) e continuar nessa, com tantas criticas, eles tem força sim, não são manipulados dessa forma como todos pensam pelo seu produtor e etc., eu não acho. metallica vai ser eternizado para mim em qualquer época, não deveriam morrer todos no acidente pq todas as polêmicas em que eles se envolveram contribuíram para formar uma história e tanto da carreira deles. obras primas como o master não morrerão nunca e é por essas e outras que o metallica não vai deixar de existir: os caras têm história, estrada, experiência, técnica, um passado glorioso (um presente também, pq não?) e dinheiro - muuuuuito dinheiro! mas cliff burton faz falta... :/
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