Ozzy é figura tarimbada de hoje no Heavy Metal e no mundo pop das mil e uma celebridades que habitam as terras do Tio Sam. Tem uma carreira consistente, mesmo só sendo membro efetivo de duas bandas ao longo de 36 anos: O Black Sabbath (surgido em meados de 69) e a própria carreira solo. Na segunda, sempre trabalhou com músicos do mais alto escalão, dos quais, o maior, sem dúvida, foi o gênio da guitarra Randy Rhoads.
Mal começa o álbum e lá vem paulada. “Over The Mountain” é iniciada por um curto solo de bateria, seguido de um riff animal, com Ozzy cantando a letra de forma quase que excitada e com linhas vocais grudentas. Alguns versos ficam colados na memória logo de início. As bases de Randy também são ótimas, e o solo... Bem, o primeiro de muitos que nós será dados durante o álbum. Apenas um comentário, é de fritar os tímpanos!
“Flying High Again” é uma música que pode ser chamada Hard-Heavy, mesclando o peso do Metal com um riff super Hard Rock. O andamento é quase dançante. É feita especialmente para pular. A voz de Ozzy é capaz de injetar adrenalina até em quem já morreu. E mais um solo de Randy é ouvido, já fazendo você começar a viajar. Enfim, clássico!
Pisando no freio após duas faixas de agitação pura, “You Can’t Kill Rock And Roll”, com um início na guitarra de chamar a atenção de qualquer um de tão belo. A bateria entra em certo ponto para fazer a música crescer em seu pesado e empolgante refrão, cujas algumas estrofes são de animar qualquer amante da música: “Leave me alone,/don’t want your promises no more/Cause Rock And Roll is my religion and my law”...E por aí vai... A letra ataca todos os detratores que atacam o Rock And Roll sem pensar ou sem justa causa. Randy toca um solo maravilhoso, de gelar a espinha na sua primeira audição. Garantia de conquista total e vício depois de algum tempo!
Ah, não é possível. Quatro clássicos emendados, um atrás do outro! Essa é “Believer”! Uma linha de baixo superbem sacada de Daisley já te bota nos trilhos pra encarar o monstro que vai vir. A guitarra de Randy aparece quase que do nada para logo Ozzy entrar e a música seguir um andamento viciante. “You’ve got to believe yourself, or no one will believe in you”...é o conselho que Ozzy dá ao ouvinte. A faixa lá pro meio dá uma diminuída para logo depois o peso ser retomado e Randy mais uma vez te deixar nas nuvens com mais um solo. Perfeita!
Mais uma introdução de bateria é ouvida em “Little Dolls”, talvez a mais Hard Rock da bolacha. O seu corpo involuntariamente acompanha a música, seja balançando a cabeleira, batendo com o pé no chão, imitando a guitarra ou a bateria...Ou pulando pelo quarto inteiro! Com um riff muito legal e linhas vocais empolgantes, a música segue até a bateria ser espancada de novo no mesmo ritmo por Kerslake e a música voltar à tona. Outro solo de se ficar boquiaberto. Dá-lhe Randy!
Após tanta pedrada, o seu corpo já deve estar pedindo descanso. E “Tonight” vem cumprir esse papel, como a balada do álbum. Iniciada por uma linda guitarra e um vocal meio triste de Ozzy, persiste ao seu refrão, que possui um incrível tom de esperança. Um solo com feeling até o talo é disparado por Mr. Rhoads, e é o momento da música te arrancar lágrimas.Ocupando seu lugar na história, eu não tenho nem mais o que comentar. Linda demais.
“S.A.T.O.” mantendo o nível, é maravilhosa. Tem um início soturno, quase sombrio, para descambar em um riff magnífico e Ozzy cantando maravilhas, o baixo bem presente e a bateria socada com precisão e força. E para tornar essa resenha mais repetitiva ainda, adivinha? Randy pinta com mais um solo de se viajar na sua curta duração. Essa é faixa mais para bater cabeça do álbum inteiro. Então, enjoy it!
A faixa título, “Diary Of A Madman”, encerra com chave de ouro e magnificência, com um início belo e sombrio, embarcando em um peso e clima quase que medieval. Tanto a voz quanto a letra são neuróticas. A música mais trabalhada do álbum mostra-se digna de ser a faixa-título. Um Heavy Metal cadenciado como poucos estão dispostos a fazer. Uma obra prima. Ozzy e Randy mostram-se a dupla perfeita, com voz e guitarra sendo os destaques principais da faixa, sobrenatural de tão belo, isso sem contar violinos e flautas que aparecem discretamente. Lá para o final, a canção tem um momento extremamente pesado para Randy esboçar um curto solo, e Ozzy cantar junto com todos os instrumentos utilizados soando alto. Um coro encerra a criação divina...Digo, música...De forma sombria, deixando o ouvinte perplexo.
Se você quer entender o que é esse álbum, a mágica que ele transmite, a energia, beleza, fúria, pegada e sentimento contidos, só ouvindo por si só. Obrigatório para quem curte Metal e para quem não consegue viver sem o som de uma guitarra dentro da cabeça.
Um álbum perfeito, de extrema importância na minha vida musical e pessoal. Não só na minha! Um monte de gente também. Se você quer entender porque Ozzy é rei, corre atrás de todos os álbuns dele, sem exceção de nenhum. Eu garanto satisfação total!
Randy Rhoads R.I.P.
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