A lendária banda de thrash metal, Testament. Uma das bandas mais surpreendentes do metal e uma das mais técnicas, senão a mais técnica do Thrash Metal. Banda marcada por constante troca de integrantes, e que a cada álbum surpreende a todos na sonoridade. O Testament é um gigante do thrash e respeitado em todo o estilo. O Testament começou com o vocalista Steve "Zetro" Souza que acabou depois indo para o Exodus, e para o lugar dele veio um dos mais marcantes vocalistas do Thrash, Chuck Billy, que acreditem, era vocal de banda de glam rock! Lançaram 3 clássicos, chamados The Legacy, The New Order e Pratice What You Preach, que foram eternizados e projetaram a banda para o topo do Thrash Metal, revelando também um grande guitarrista chamado Alex Skolnick. Muitas trocas de formações, muitos álbuns lançados e o grupo sempre ousado musicalmente.
Optaram por uma sonoridade mais pesada e brutal em um momento crucial com o álbum Low, surpreendendo a todos, e logo após lançaram o álbum Demonic, esse ultimo mais Death Metal. A sonoridade brutal de Low e Demonic está de volta com o The Gathering, álbum que irei resenhar, cuja formação é histórica, uma das melhores cozinhas já vistas no Thrash Metal, com Chuck Billy nos vocais, Dave Lombardo (hoje de volta ao Slayer) na bateria, Steve Di Giorgio no baixo, Eric Peterson e James Murphy nas guitarras.
O álbum começa com um clima meio sombrio, e cai duma vez num riff matador, e destruidor, se prepare, pois você vai entrar numa guerra de riffs explosivos neste álbum, D.N.R Do Not Resuscitate é um chamativo para a bateção de cabeça, com Dave Lombardo impossível nos bumbos, uma máquina, e as guitarras trabalhando muito bem, incrível, incrível e mais incrível, velocidade destruidora!
Impossível não se impressionar com o riff inicial da segunda faixa Down For Life, a faixa mostra uma voz impecável no vocal do Chuck Billy em algumas horas, um vocal gutural como poucos conseguem fazer, Dave criativo, variando muito nas viradas e ritmos, fazendo você praticar “air batera”, as guitarras quebrando bem em algumas paradinhas que há na música e riffs que chamam para uma seção de balançar a cabeça sem parar, enfim excelente.
A terceira faixa começa lenta, com um ritmo só no prato de Lombardo, e as guitarras baixas, se você pensa que eles vão cadenciar, está muito enganado, Eyes Of Whrath entra com a voz de Chuck Billy como se anunciasse algo como o apocalipse, entra o riff ótimo e vai ficando bom, até que eles dão uma paradinha voltando o ritmo no prato, e sem demora volta para a paulera, ocorrendo depois de algum tempo a paradinha novamente. A faixa é muito técnica, com bastantes tempos quebrados, mostrando bem o trabalho de cada um dos cozinheiros, além de ter um solo muito legal, não muito rápido, mas a base continua incansável.
True Believer começa com aqueles riffs bastante empolgantes, e de novo bastante técnica, talvez a mais técnica das faixas, pois as mudanças de tempo são radicais, e meu deus, há uma seção de arrebentar, fazer mosh, quebrar tudo, porrada, com os vocais guturais esmagadores de Chuck Billy e um riff de fazer qualquer um saltar da cadeira, entrando já no solo, faixa de tirar o chapéu, técnica com muita empolgação.
3 Days In Darkness começa com aqueles riffs que fazem você abrir um sorrizão insano, uma cara de mau e bater cabeça com empolgação, e como sempre Dave Lombardo mostrando o porque é o rei da bateria do Thrash Metal, sem dúvida o melhor baterista de Thrash, além de Chuck Billy estar impossível no vocal. Nem precisa dizer que esta é mais uma faixa que esbanja técnica, o mais interessante é que o riff quase não muda, mas é um riff tão legal que você não consegue enjoar dele, o solo da faixa é bem rapidinho, mas se encaixa como uma luva na faixa.
É impossível o que esse cara faz na bateria, olha só o começo desta faixa o que o Dave faz. A faixa mais insana de todo o álbum, Legions Of Death mostra uma sonoridade avassaladora, totalmente extrema, um speed metal puxado para death, com toda a cozinha acelerada, a faixa toda tem o vocal de Chuck Billy sendo gutural, uma das melhores, para quem adora um peso e velocidade aliados, essa música é um prato especial, aliás, todo o álbum, que é devastador.
Meu, outro riff daqueles dançantes, que você apenas faz chifrinho e se descontrola, ou bate cabeça estilo Zakk Wylde, eu não vou me agüentar, é Careful What You Wish For, o álbum é bastante variado, é inegável a criatividade da banda, a faixa é muito interessante e tem um dos refrões mais cativantes do álbum, que faz você querer cantar junto com Chuck Billy: “Hey... we live in a fucked up world!”, não há como não gostar dessa faixa, é totalmente foda o entrosamento das guitarras de Eric e James, sem falar nas linhas de baixo de Steve Di Giorgio. A letra é de critica social, como muitas, as letras do Testament são bem variadas e interessantes também, abordando vários temas como miséria, guerra, etc.
Riding The Snake começa acelerado o trabalho de Dave na batera e passa para os riffs bem aplicados das guitarras, que te fazem delirar, a faixa tem algumas quebras de tempo determinadas no vocal de Chuck que fala baixinho em algumas horas e que o prato de Dave acompanha. O mais legal da faixa é o baixo de Di Giorgio que aparece muito bem, com linhas excelentes, a melhor música do baixo dele, a faixa é muito interessante, e outra bastante diversificada.
Allegiance é uma das faixas mais curtas do álbum, mas outra faixa que arranca elogios, de novo por causa dos riffs, que te fazem balançar involuntariamente, a faixa não te dá descanso, principalmente porque o Dave Lombardo não deixa, e não há tantas quebras de tempo, assim ficando corrida e digamos uma faixa com um “balanço” bem interessante.
Nossa que começo incrível, é pancadaria, e é Testament como sempre, é incrível a técnica, fascinante. Sewn Shut Eyes tem principalmente uma bateria e um vocal descontrolado, e um riff acompanhando as batidas da batera, a faixa chega em um tempo muito legal, em que a batera de Dave parece uma metralhadora. Rápida, técnica, riffs bem aplicados, a faixa é muito boa.
É, eles guardaram uma surpresa pro final sim, a última faixa Fall Of Sipledome é uma daquelas faixas que te fazem viajar direto ao inferno de tão extrema e empolgante, uma das melhores do álbum, para fechar como começou, saltando da cadeira, de onde estiver, a ultima faixa tem o melhor solo do álbum, uma das melhores faixas sem dúvida, é de ficar bobo apreciando tamanha qualidade e peso.
Escutando um álbum desse, você já pode constatar que o Heavy Metal nunca morrerá se depender do Testament. Uma banda que supera todas as expectativas foi assim com o The Gathering, um álbum maravilhoso, trouxe o retorno de uma das melhores bandas de Thrash de todos os tempos, melhor do que nunca. A formação do The Gathering é coisa de louco: Chuck Billy sendo um dos melhores vocalistas do mundo, principalmente pelo gutural, Dave Lombardo, esse aí nem precisa comentar não é mesmo? Eric Peterson e James Murphy entrosados e com riffs avassaladores, além de combinar na medida certa melodia e peso e Steve Di Giorgio no baixo com uma qualidade que poucos possuem, isso diz tudo sobre a sonoridade do álbum. Pesado, insano, brutal, ousado, técnico demais, falta palavras a atribuir a volta de Testament. Uma banda que até hoje consegue encher os olhos de muita gente, ao contrário de bandas decadentes como Metallica e fazer verdadeiros fãs do estilo, enfim, um petardo no coração de amantes de Thrash e metal pesado. Se possível procure pelo álbum mais recente deles, chamado First Strike Still Deadly, que são as regravações dos clássicos, e que traz o grande guitarrista Alex Skolnick de volta, fazendo parceria com Eric Peterson, e entrando o batera John Tempesta, com as duas últimas tracks participação especial de Zetro, álbum que também herda o peso de The Gathering.
Prometo fazer uma resenha de um dos álbuns clássicos desta banda fascinante, quanto ao The Gathering, é simplesmente excepcional, um trabalho histórico da banda, só escutando para entender!
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