Definitivamente a banda brasileira mais importante de metal no mundo todo, e uma das melhores bandas de Thrash Metal do mundo. O Sepultura foi um marco para o metal no Brasil e no mundo, onde a banda abriu as portas para o reconhecimento do Brasil no mundo do metal, depois que o Sepultura surgiu, o Brasil nunca foi o mesmo para falar a verdade. Graças ao sucesso que o Sepultura fez, várias bandas começaram a acreditar que poderiam tocar no Brasil, que teriam fãs e poderiam vender aqui, e os shows freqüentes de bandas gringas de metal e a facilidade de encontrar cd das mesmas, além da motivação do underground brasileiro, e do sucesso de bandas do Brasil no exterior, devemos uma parcela de agradecimento, ou respeito ao Sepultura.
O álbum da resenha é o álbum do auge da banda, onde diz tudo sobre o que a banda é capaz de fazer, Arise tem a formação dos álbuns Schizophrenia e Beneath The Remains, 2 álbuns excelentes, com Max Cavalera (Hoje no Soulfly) no vocal e guitarra, Igor Cavalera na bateria, Adreas Kisser na guitarra e Paulo Jr no baixo, banda com letras conscientes, que retratam guerras, problemas do mundo como violência, miséria, uma banda bem politizada, que protesta, luta por causas sociais, as letras são tão boas quanto o som da banda, e uma cozinha brasileira com muita qualidade.
Meu Deus, o álbum já começa de te descontrolar, é Arise, um das melhores faixas de Thrash Metal e uma das melhores, talvez a melhor faixa do Sepultura. Uma destruição sem fim, com o vocal de Max impecável, e uma batida frenética da bateria e seguida de várias viradas e variações, entrando com os solos de matar de Adreas Kisser, sem falar no riff de Max que hipnotiza sua cabeça! Letra que fala das guerras envolvendo o terrorismo, e os fanáticos religiosos. Clássica!
Dead Embryonic Cells começa com algumas variações, e segue com a quebração de sempre, faixa que tem todo um charme na bateria, que varia bastante, e em algumas horas a musica vira um thrashcore matador, e outras horas o groove rola solto, outro clássico do Sepultura, uma das composições mais conscientes do grupo, excelente.
Desperate Cry continua fazendo você encher os olhos apreciando o álbum, essa é uma das faixas mais legais, e como em Dead Embryonic Cells, ela vira um thrashcore que faz qualquer ser humano querer fazer mosh, nem q esteja sozinho. A faixa tem umas cadenciadas e a criatividade do grupo rola solta, com solos simples, mas cativantes de Adreas Kisser, além da música ser uma das que mais o Igor usa os bumbos. Ótima faixa.
Tome porrada, tome porrada, é Sepultura! Murder começa quebrando tudo, não consigo parar de balançar minha cabeça, é automático! O álbum não vai te dar descanso, a faixa é paulera sem fim, vários riffs empolgantes, o trabalho de Adreas Kisser e Max Cavaleira é muito bom. Letra de total protesto contra a violência, como muitas outras, mas ele fica mais interessante na forma como Max canta.
Mais quebração total, mais batida frenética com Subtration, a faixa tem toda uma energia, e alguma parte você até vê aquela famosa paradinha, com só a guitarra e o prato da bateria, o bom também é que não é uma daquelas faixas chatas, por causa da variação, e mesmo com muita variação, a faixa tem um balanço muito interessante, faixa muito boa.
Altered State começa já com algumas marcas experimentais, que iriam caracterizar nos próximos álbuns do Sepultura, algo tribal, mas foi só o começo, pois a faixa segue na linha que estava o álbum, algumas partes no começo o Max cadencia nos vocais, mais é outra faixa repleta de thrashcore, interessante também é a guitarra de Adreas Kisser, que faz mais solos e alguns maiores comparado com as demais faixas. Fechando a faixa, há algumas batidas tribais.
Under Siege [Regnum Irae] começa tranqüila no acústico, até entrar a guitarra, e outra que marca algo experimental também em algumas vozes que há na música, a faixa adquire um balanço incrível no começo, um dos melhores do álbum, depois sofre algumas cadenciadas, mas o ótimo balanço inicial volta em algumas partes, e há alguns solos simples também.
Meaningless Movements começa com umas paradinhas muito legais seguindo de outra seqüência matadora daquelas irresistíveis de bater cabeça, a faixa é outra de se fazer bastante mosh, faixa paulera e com pouquíssimas cadenciadas, simplesmente devastadora, Thrash de primeira.
O começo matador de Infected Voice diz tudo sobre a faixa, outra seção destruidora do melhor Sepultura, faixa que você se descontrola ouvindo e imagina os caras tocando uma faixa destas ao vivo, de arrepiar. A faixa anterior e esta são as mais thrashcore de todo álbum, com solos acelerados, com batidas frenéticas, riffs rápidos, empolgação total.
Orgasmatrom, é um cover de Motörhead, muito bem escolhida, essa é aquela faixa especial, que você fica pulando ela toda, parece ser a faixa que tem mais groove de todo álbum, os riffs da faixa variam pouco, mas é um riff que te gruda na música. Quem dita o ritmo é a bateria, que tem uma das batidas mais marcantes do álbum. A faixa é a que menos tem seções de quebração, e a que menos tem thrashcore, mas é uma faixa carismática.
Intro é apenas como diz o nome, uma introdução pra C.I.U. [Criminals In Uniform], q começa com uma guitarra crua, e depois segue de uma seção de quebrar o pescoço, quebrar a casa, quebrar tudo, como característica marcante das músicas do Sepultura, há alguns barulhos no fundo parecendo um alarme em algumas partes, cadencia em algumas partes, e segue brutal em outras, excelente. A última faixa é Desperate Cry em uma versão mix para fechar o álbum.
Sepultura é um motivo de orgulho para o Brasil, e é um orgulho admirar o trabalho da banda. Enquanto a população admira figuras ridículas, que só querem saber de ganhar dinheiro, que fazem um som totalmente sem qualidade e com letras péssimas, onde é fácil, extremamente fácil, pra você e eu, e todo mundo cantar junto. O Sepultura usa a música para conscientizar o povo e também em forma de protesto, uma banda brasileira que canta inglês, mas que retrata o sentimento de muitos brasileiros do que qualquer bandinha que cante em português. Hoje o Sepultura tem como vocalista o Derrick Green, apesar das críticas quanto ao excesso de experimentalismo dos álbuns após o Arise, o Sepultura continua um das melhores bandas do mundo ao vivo. Interessante conferir os trabalhos anteriores ao Arise, o Beneath The Remains e o Schizophrenia.
Obliteration Of Mankind, Under Place Grey Sky, We Shall ARISE!!!!
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