Em meio à onda do Thrash Metal nos anos 80, nos EUA surge uma banda que se transformaria em uma lenda, apesar de pouco tempo de duração. Não pelo sucesso, já que a banda mais tarde não se transformaria numa das bandas de mainstream, nem alcançaria um patamar tão grande pelo curto tempo de duração, mas dentro deste pouco tempo que durou, foi marcante e inesquecível para o estilo.
O Thrash Metal revelava, na época, bandas a todo o momento, além dos mais conhecidos Slayer e Metallica, começava um período onde várias outras bandas do estilo se revelavam, não só nos EUA, como no Brasil, na Alemanha e em toda Europa. Era uma explosão, o auge do estilo, bandas como Death Angel, Exodus, Overkill começaram a estourar nos EUA, e uma destas bandas que estavam entre as pioneiras do chamado “boom do Thrash” era o Dark Angel, que por incrível que pareça, não surgiu na Bay Área de São Francisco.
O Dark Angel surgiu em 1981 em Los Angeles, e contava com Don Doty nos vocais, Eric Meyer e Jim Durkin nas guitarras, Rob Yahn no baixo, e um monstrinho na bateria chamado Gene Hoglan, um velho conhecido que mais tarde iria para o Death e que também gravaria o Demonic com o Testament. Banda onde as letras abrangem alguns temas como morte, depressão, insanidade, algumas abraçando o lado mais obscuro do ser humano, assim sendo identificadas com as letras de algumas bandas de Death Metal como o Death, etc.
Darkness Descends é o nome do segundo álbum da banda, o que marcaria o Thrash Metal definitivamente, alguns mais fervorosos e fãs consideram o álbum Darkness Descends como o melhor álbum de metal da história, mas prefiro não entrar neste lado mais radical, em geral quem conhece a fundo o estilo, sabe que o álbum pode pertencer em uma lista dos 10 melhores álbuns de Thrash Metal.
Darkness Descends começa com a faixa título do álbum, iniciando-se com um silêncio e vindo com uma seqüência de barulhos, algo como quem diz: “Você está preparado?”. E está dada a largada para toda a porradaria. Primeiro vem com uma seqüência na batera de Gene Hoglan seguida de pedal duplo e uma velocidade monstruosa nas viradas além de uma guitarra gruindo na sua cabeça, dando seqüência à destruição com um riff totalmente insano seguido de uma bateria rápida. Os riffs rápidos te possuem juntamente com os solos igualmente rápidos, fico sem palavras a este disparo inicial de destruição.
Não tem descanso, o álbum segue com a rapidíssima The Burning Of Sodom, que com certeza não faltou aquele riff empolgante, a música começa com um urro de Don Doty onde ele fica totalmente acelerado e doentio nos vocais, Gene Hoglan não pára de martelar na sua cabeça, tem uma parte que a bateria dita um groove e segue com uma batida fixa revezando entre várias viradas, dando destaque para as guitarras e o baixo, faixa marcante, o Dark Angel começa a mostrar o que faz este álbum ser tão especial.
Hunger Of The Undead começa te esmagando com o riff inicial insano, a faixa tem os riffs pouco variáveis, mais uma música de socar tudo, Gene Hoglan parece estar nervoso, o solo divide espaço com o riff, ambos pesados e rápidos. É extremamente notável a identificação da sonoridade do Dark Angel com a do Slayer, principalmente as guitarras rápidas juntamente com riffs rápidos e bem revezados, uma impressão de que as guitarras estão arranhando sua cabeça, até a forma como Don Doty canta, nada parecido com Anthrax ou Overkill, típicos Thrash Bay Área.
Agora o hino do Dark Angel, a faixa Merciless Death, começa só o baixo e guitarras sem distorção, bem cadenciadas, originando uma melodia e sincronia muito boa, assim dando aquelas paradinhas típicas onde só é evidenciado o riff para, em seguida, dar lugar a uma quebração sem limites, de enlouquecer, de te possuir! Frases de ódio são recitadas por Don Doty como “Tortured and flaming, you're on your knees, you fucking whores, it's us you must please” e o refrão “We'll give you merciless... death!!” empregados com agudos . A dupla de guitarras Eric Meyer e Jim Durkin parecem ser como chave e fechadura, como Salsicha e Scooby, um completa o outro e a sincronia de ambos é incrível. O baixo se mostra influente em algumas partes da música e até notório. Sem comentar a batera de Gene Hoglan, que se mostra genial. Honra o título de hino com justiça!
Sinceramente eu não vou me agüentar de balançar meus miolos, Death is Certain (Life is Not) dá seqüência para o caos, a letra é meio psicótica, sendo de certa forma até depressiva, como já se refere o título, a faixa dá um aspecto sombrio, algo como um filme de terror, e os riffs continuam matadores como sempre, mas o mais legal da faixa é o solo, que é mais evidenciado, parece ser o mais desenvolvido do álbum e é mais legal que nas outras faixas, e como nas outras faixas, há grandes partes instrumentais que matam qualquer cidadão fã de Thrash de tanto bater cabeça.
Black Prophecies começa com uma “marcha” na batera de Gene Hoglan, com certeza a faixa mais trabalhada do álbum, o vocal de Don Doty parece menos nervoso, mais cantando, que mesmo assim não deixa de ser rasgado. A faixa é aquela faixa que de surpreender músico. como guitarristas, com a variação de acordes e principalmente os bateristas que ficam bobos vendo naquela época, um pedal duplo tão rápido e incansável de Gene Hoglan, parecendo uma máquina! A faixa apesar de ter mais de 8 minutos, consegue ser extremamente veloz, não cadenciando nem 1 minuto, e conseguindo empolgar até o fim com muita variação, realmente eles estavam iluminados por Deus ou por Satan, quando fizeram este álbum.
Perish In Flames fecha o álbum sem deixar a desejar, com os bumbos duplos de Gene Hoglan idênticos a uma metralhadora, alastrando-se por todo o álbum. A dupla de guitarra fazendo duetos de solo que soam como petardos supersônicos; Don Doty espalhando todo o ódio com seu vocal marcante lembrando o Tom Araya, e linhas de baixo criativas e importantes na sonoridade. Os minutos finais são típicos fechamentos de show, onde eles começam a pipocar as guitarras e o batera começa as balançar os pratos e fazer as viradas até o som acabar lentamente. Excelente álbum, devastador!
E esta foi mais uma lenda do Thrash Metal.
Há boatos de uma reunião para um novo álbum, como essa nova onda de reuniões que tem acontecido, que é o caso do Testament, Nuclear Assault, Anthrax, e outras bandas, não só de Thrash, mas em outros estilos também, todas voltando com as formações originais. Fica uma pontinha de esperança de vermos um Dark Angel fazendo um novo álbum ao estilo de Darkness Descends, mas mesmo eu sendo um fã do estilo, tenho que confessar que acho pouco provável, enfim a esperança é a ultima que morre! O Dark Angel tem além do Darkness Descends, mais três álbuns de estúdio, todos muito bons, mas com alterações na formação original. O álbum Darkness Descends foi relançado pela Century Media em 1998 em cd, contando com as faixas Merciless Death e Perish In Flames/Darkness Descends de bônus ao vivo. Em suma, este é um álbum que transmite perfeitamente qual é o espírito do Thrash Metal e consegue ser muito bom mesmo, do início ao fim, um álbum acima da média, apesar de ter apenas 7 faixas, ele é digno de compartilhar o topo com os melhores álbuns das grandes bandas do estilo.
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8 Comments:
Que capa bonita :}
Tem até uns zumbis saindo do túmulo e tal =P
Eu amo você ;********
Uau.
Não conheço a banda direito, assim, só de leve, mais de nome e tal.
...Tá, eu só ouvi falar nela por causa do Gene e tal HAEUEHUEAHEU.
Mas ficou muito boa e atraente a resenha, vou correr atrás do cd, boy.
Abraço, rapayz.
Fui.
Nunca ouvi falar, vou ver se baixo o/
fala cara
capa mt legal
mas eu nao conheço a banda nao uahua
abraços té +
ah
a capa é legal, mas eu nao conheço xD
mas eu TE A-M-O
;@@@@
Yeahhhhh dark angel RULEZ!
Agora posta, lupino =D
Dark Angel o.o
Acho que eu já ouvi^^
Parece ser bem dahora mesmo^^
FuE
poxa vida, ninguém conhece dark angel ._. é uma pena...
bom, já tinha lido a resenha antes, mas agora eu fiquei com preguiça de ler de novo, mas eu lembro que ficou muito boa o/ ahuahauhauha, mas dark angel é muito bom mesmo!
beijos :*****
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