Estava faltando uma resenha de Death Metal, e para estrear, o Cannibal Corpse! Só de me referir a esse nome, já causa até pavores, arrepios, horrores. Mestres do Death Metal extremo (não me venha com essa coisa de grindcore, só serve para empobrecer o metal mais rótulos, prefiro enquadrar tudo no death metal), a banda nunca faz feio no estilo, e quanto mais o tempo passa, mais ganha fãs da música pesada. Falar de Cannibal Corpse não é uma tarefa fácil, pois é uma das bandas mais influentes de todo o death metal, juntamente com Death e Morbid Angel, com letras na linha gore/splatter, capas chocantes (em alguns países censuradas, como a da foto), na maioria das vezes de corpos decepados e aniquilados, som extremo, essas são suas características principais. Uma curiosidade é que a banda já apareceu no filme Ace Ventura tocando Hammer Smashed Face. A formação da banda é com Alex Webster no baixo, George Fisher, o famoso Corpsegrinder no vocal, Jack Owen e Pat O’Brien nas guitarras, e Paul Mazurkiewicz na bateria. Este álbum em análise é o álbum novo lançado em 2004, chamado The Wretched Spawn, então vamos ver o que o Cannibal Corpse é capaz de fazer!
Você já entra de cara num riff matador, é sim, você irá ser bombardeado de riffs matadores e batida enlouquecida da bateria logo na primeira faixa Severed Head Stoning, com os vocais acelerados de Corpsegrinder, de destruir logo de entrada, apesar de curta, ela é totalmente empolgante.
O álbum não vai te dar sossego, mal acabou a primeira faixa, já entra a faixa Psychotic Precision com um riff rápido e arrebentador para te atormentar, a faixa é coisa de louco, com Corpsegrinder esboçando toda força com gritos guturais, além da bateria ser incansável e as guitarras fritando tudo, excelente faixa, death metal de primeira.
Decency Defied, você se surpreende com alguns momentos da música, que alterna em alguns momentos a velocidade, se tornando muito interessante, além da cozinha estar impecável, um destaque da faixa é o trabalho muito grande nos bumbos de Paul, para quem gosta de paulera, sem frescuras.
Frantic Disembowelment, você deve bater a cabeça na parede com um riff aniquilador desta faixa, mostrando bem o trabalho, rapidez e grande entrosamento das guitarras de Jack e Pat, a faixa é empolgante ao extremo! Se quiser agressividade, o Cannibal Corpse tem de sobra e ainda por cima com muita técnica.
The Wretched Spawn, faixa título do álbum leva com honra o nome do álbum, segue insana e há uma seção porrada total no meio da música, chega com velocidade e peso de descontrolar, cuja é característica principal do Cannibal, a faixa tem tudo para se transformar um hino, de tão boa.
Nossa, caralho, que riff brutal! Cyanide Assassin tem uma seção extrema de arrepiar, pode começar a pular e a quebrar tudo, a faixa é sinônimo de destruição total e com certeza um dos riffs mais matadores e decepadores de cabeça de todo o álbum. Não há como descrever, esta é uma obra prima do death extremo.
Festering In The Crypt começa com as guitarras mais cadenciadas, com o vocal gutural bem destacado de Corpsegrinder, a bateria revezando em batidas rápidas e melódicas, a faixa ganha potencia e fica enlouquecida, até terminar com um urro descontrolado de Corpsegrinder.
Faixas como Nothing Left, Blunt Force Castration, Rotted Body Landslide, continua com a insanidade em forma de música, mostrando as guitarras de Jack Owen e Pat O’Brien extremamente trabalhadas, a bateria de Paul Mazurkiewicz bastante técnica fazendo viradas rápidas e um grande trabalho no pedal e o ótimo vocal de Corpsegrinder, um dos melhores vocais de death metal, sem falar a força do baixo de Alex Webster que é um dos mais influentes no som da banda com suas linhas de baixo.
A faixa Slain é uma das melhores falando de combinação de baixo e bateria, chegando em partes que parece que tudo vai se desmoronar com a combinação do pedal duplo, do baixo e do riff arranhado das guitarras. As faixas Bent Backwards and Broken e They Deserve To Die, fecham o álbum como mérito, e como começou: com toda a fúria e ferocidade, guitarras avassaladoras, bateria insana, vocal sombrio, enfim, quebrando tudo!
The Wretched Spawn está dando o que falar, tem tudo para se transformar em um álbum clássico do Cannibal Corpse, um dos melhores. São poucas bandas hoje que se mantém fiel a um estilo e o Cannibal Corpse é uma delas, e com muito sucesso, sempre trazendo algo novo em seus álbuns. Com absoluta certeza o álbum novo do Cannibal vai servir ou está servindo de influência para as bandas de Death Metal que estão surgindo por aí. Com uma cozinha muito boa, demonstra bem a dificuldade, e a tamanha técnica que exige em suas músicas, não só nelas, mas em todo death metal, talvez sendo o que mais mata as novas bandas, a falta de técnica. Som extremo exige muita técnica e o Cannibal Corpse está aí para provar isto. Se você gosta de um som mais pesado, não hesite em levar qualquer álbum do Cannibal Corpse que achar. Vida longa ao Cannibal Corpse, e que possa continuar a levando mais e mais fãs a loucura com essa sonoridade destruidora!
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