É com grande entusiasmo que inicio esta resenha, e esse entusiasmo não é somente por causa do álbum, e sim por se tratar da banda Exodus. Para quem não conhece, vou retratar a grandeza que esta banda representa para o Thrash Metal. Exodus nasceu nos EUA e foi junto com Metallica, Anthrax e Slayer, a iniciar o movimento que originaria o que chamamos de Thrash Metal. Era a banda que o guitarrista Kirk Hammet tocava antes de substituir Dave Mustaine no Metallica.
Exodus influenciou bandas como Testament, The Haunted e outras que utilizam bastante a técnica no Thrash. E esta resenha é justamente do primeiro álbum do Exodus, talvez o melhor, o Bonded By Blood, que saiu só depois de 4 anos de existência da banda, onde projetou o Exodus para o sucesso mundial, chegando a ser conhecido mais que o próprio Metallica na época. Letras típicas do thrash tradicional, com críticas aos podres da raça humana, a sociedade, etc... A formação do álbum é de Gary Holt e Rick Hunolt nas guitarras, Paul Baloff no vocal, Tom Hunting na bateria e Rob McKillop no baixo. Então, go to hell!
Bonded By Blood, clássico do Thrash até o final, isso é que é metal oitentista! Uma das melhores composições do Exodus de todas! Começa o álbum com um riff de tirar o fôlego. Um pequeno detalhe é um barulho que parece que te leva junto com a música nas mudanças de tempo. A banda inteira gritando “Bonded By Blood” no final do refrão de faz gritar junto. Simplesmente perfeita a composição, além de ter um solo rápido e avassalador, mostrando o grande entrosamento das duas guitarras na hora do solo. Merece bater cabeça sem parar, até doer o pescoço, faixa totalmente viciante.
A música cujo nome é o da banda, Exodus, e honrou o nome, outro riff marcante de começo, a faixa é empolgante como a anterior, com guitarras rápidas, solo de fritar e viradas trabalhadas, onde o interessante é a velocidade das viradas e do término delas, onde ele volta rapidamente para os pratos, é incrível. A faixa é muito boa, e em algumas partes parece que tudo acaba se arrebentando.
And Then There Were None, começa legal, o vocal soa como um eco na música, e no refrão, onde entra a segunda voz fazendo uma melodia com um “óóóóó”, muito foda, depois vira quebração total, arrebenta tudo, peso e velocidade impressionante, você não agüenta ficar parado.
Uma real violência! Essa é a característica da faixa 4 do álbum, A Lesson In Violence. O riff inicial diz tudo, ferocidade nas guitarras e a batera de Tom Hunting demonstrando uma técnica excepcional. Bastante variação nas guitarras e parecendo que vai quebrar tudo, pois a faixa é de enlouquecer. O solo parece ser um dos melhores de todo álbum por associar muito bem velocidade e melodia, graças à grande criatividade da dupla Gary Holt e Rick Hunolt. O final da faixa é um vocal e um barulho meio que aterrorizante.
Metal Command começa com uma bateria alucinante e um riff de empolgar. Aliás, parece ser um dos riffs mais debulhadores e empolgantes do álbum, e outra que possui solos fritadores. O vocal está mais limpo na faixa e há gritos em conjunto, característica marcante nas músicas do Exodus.
Piranha, um grande clássico do Exodus, começa com uma virada na bateria simplesmente violenta e destruidora, seguida de um riff frenético e avassalador que te faz querer bater sua cabeça na parede de tão bom, seguido de outro riff e outras viradas que te fazem enlouquecer, de tão empolgante e brilhante a faixa. O vocal rasgado de Paul Baloff encaixa como uma luva na música, assim como a maioria, e de um certo tempo à música vai ganhando solos até acabar como começou, como uma destruição total. Descrição para essa faixa só tem uma: comedora de cabeça!
Um começo acústico dá a aparência que essa música será para diminuir o ritmo. Errado, a sétima faixa No Love, depois de um belo solo acústico, volta para o peso! A faixa é muito interessante, quando vai passando, vai ganhando velocidade e os solos na música parecem ser os mais trabalhados do álbum, além da bateria variar bastante e o baixo trabalhar muito na música, faixa muito boa e interessante.
Um começo eletrizante em Deliver Us To Evil. Tem uma paradinha, e só a guitarra para o riff soar cru e a volta empolgada da bateria, há varias paradas fazendo a guitarra soar sozinha, barulhos sombrios em algumas horas no vocal, e Paul Baloff com seu vocal rasgado arrebentando tudo. Que faixa boa meu deus, não consigo parar de bater cabeça, riffs inesquecíveis, eu ficaria horas e horas me maravilhando com os riffs desta música, os melhores de todo o álbum. Se você é um daqueles amantes de thrash, essa faixa será uma de suas paixões.
Não pode ser, já estou na ultima faixa, que vontade de voltar o cd para a faixa número 1, mas ainda tenho que terminar a resenha. Strike Of The Beast fecha com categoria o álbum. Com o mesmo peso, voracidade e velocidade que começou, com um riff matador, a última faixa segue empolgante e com a cara do Exodus: vocal rasgado e gritado em conjunto, tempestade de riffs, solos e viradas, guitarras agressivas, rápidas e entrosadas, fechando com grande estilo um dos melhores álbuns de Thrash que já foram originados.
Pena que são somente nove faixas, mas na versão remasterizada deste clássico, há duas faixas ao vivo de bônus, que são And Then There Were None e A Lesson In Violence. O álbum é um clássico do thrash metal, a razão da existência de muitas bandas, um álbum que influenciou todas as bandas desse estilo em geral pela agressividade, criatividade e técnica... Difícil não se encantar por um álbum de tamanha qualidade. Esse álbum é praticamente indispensável na lista de álbuns de qualquer fã de thrash metal. Além disso, Bonded By Blood trás um dos melhores guitarristas de todo o thrash, aliás, de todo metal, Gary Holt. É coisa de maluco o que ele faz com as seis cordas, e hoje ele é considerado talvez o melhor guitarrista de thrash, seguido de Petrozza do Kreator e Kerry King do Slayer. O Exodus tinha parado por uma época por causa de problemas com gravadora, mas voltou em 97 com tudo!
E tome Thrash, e tome tijolada, e tome EXODUS!
Marcadores: Resenhas
0 Comments:
Postar um comentário
<< Home