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    sexta-feira, outubro 13, 2006
    Panic! At The Disco - A Fever You Can't Sweat Out


    Após entrar em franca decadência na segunda metade dos anos 90, quando Boy-Bands e loiras com cara de biscate tomaram conta do pedaço, o mercado fonográfico americano subitamente voltou a dias mais felizes. Depois da explosão dos Strokes logo no início do século 21, uma cacetada de bandas americanas explodiu para o mundo - e então tivemos White Stripes, The Vines, Interpol, The Rapture, Yeah Yeah Yeahs, The Killers, Kings Of Leon ... Que foram seguidos por uma espécia de 'segunda geração' (em menos de cinco anos, mas tudo bem...) de Clap Your Hands Say Yeah, We Are Scientists, Jenny Lewis And The Watson Twins, The Raconteurs (esta, banda paralela de Jack White, dos White Stripes), The Arcade Fire ... O mercado punk dos Estados Unidos se deu bem com a cena Emo e Pop Punk, emplacando My Chemical Romance, Simple Plan, Good Charlotte, Fall Out Boy...

    O Panic! At The Disco é uma dessas descobertas americanas pela qual ninguém esperava. E que surgiu do nada. Ainda que a super-saturação de informações impeça a cena de ter uma banda que seja igual aos Beatles, Led Zeppelin, U2 e Nirvana em termos de importância para sua respectiva década, os anos 2000 vem revelando uma infinidade de agradáveis surpresas. O advento da Internet e do MP3 motivou as pessoas a correrem atrás, e uma infinidade de bandas undergrounds de cenas de vários países foram descobertas, exploradas e desenterradas. Assim como os americanos dos Strokes enfrentaram e os ingleses do Arctic Monkeys estão enfrentando, o quarteto de Las Vegas tem por difícil missão o sucesso logo no primeiro disco, com o sucesso apadrinhado pelo Fall Out Boy.

    Isso quer dizer que a banda toca Emo? Ou pop-punk? Se você acha, prepare-se. A banda usa um conceito parecido com o System Of A Down: usar o Rock como mistura de várias influências. Comparação absurda? Pois é, eu sei que o System Of A Down é muito mais agressivo, esquizofrênico, perturbado e pesado... Mas não deixa de terem um conceito parecido, aqueles que tanto repudiam: a mistura. Essa palavrinha que fez e faz tantos mais conservadores em matéria de música terem calafrios quando ouvem palavras como "New Metal", "Rock Industrial", "Hype", "novo Rock"... Mas enfim. Formado por Brendon Urie nos vocais, guitarras e piano, Ryan Ross na guitarra, Brent Wilson no baixo e Spencer Smith na bateria e produzidos por Matt Squire (que já trabalhou com nomes menos conhecidos como Northstar e The Explosion) e vendendo seus discos através da Decaydance Records, a banda mistura o Queen do disco "Hot Space", com o Fletwood Mac, dance music, punk e rock alternativo, mais um visual com forte evidência de teatro, com citações à cabaré, século 19 e o filme "Closer". Seria apenas isso... Se não fosse apenas isso.

    Para entender melhor, vamos dar um giro pela bolacha.

    "Senhoras e senhores,/Nós orgulhosamente apresentamos/Uma pitoresca trilha sonora/De uma breve fantasia."

    Depois dessa introdução, acompanhada por ruídos e sonos diversos, o álbum é iniciado pela canção de quilométrico título "The Only Difference Between Martydrom And Suicide Is Press Coverage", uma agitada canção que mistura violões acústicos e guitarras pesadas mas ainda acessíveis, e um refrão pra lá de marcante, onde a banda mostra sua preferência lírica e temática: sarcasmo. E essa música é um ataque para lá de bem feito à imprensa e à indústria musical ("A única diferença entre martírio e suicídio é a cobertura da imprensa", já diz o título), que detona em versos como "Prometo sacudir se você prometer ouvir/Oh, nós ainda somos tão jovens, desesperados por atenção/Eu aspiro para ser seus olhos,/Garotos de troféu, esposas de troféu" diz o refrão. Para o seu final, ainda tem momentos eletrônicos e um final em suspenso.

    A próxima é outra música de nome compridérrimo: "London Beckoned Songs About Money Written By Machines" que começa sem dar tempo para respirar, com os efeitos contracenando com bateria reta e guitarras explosivas, e Brendon volta a destilar o veneno em "Bem, nós somos apenas um sonho para os webzines/Nos faça isso, nos faça assunto, faça uma cena/Ou nos dê os ombros/Não aprove uma palavra do que escrevemos" e "Apenas para o álbum,o clima hoje está levemente sarcático com grandes chances de:/A: Indiferença ou/B:. Desinteresse no que os críticos dizem ". Batidões no final e um coro de vozes fazem um intermezzo para Urie voltar a cantar. Apesar de tão irônica, a música é uma delícia de se ouvir, com um refrão deliciosamente pop. Brendon encerra a canção com o piano.

    "Nails For Breakfast, Tacks For Snacks", que começa lento e melódico, mas que vai crescendo progressivamente, caindo para uma parte mais lenta ainda, até que as guitarras entram, construindo a canção toda nessa sequência. Na letra, parece falar sobre uma pessoa que está ficando louca (mas que critica as coisas de maneira bastante sã), que reflete coisas como "O hospício é/Um fim de semana relaxante/Onde você é um corte acima de tudo o resto/Pacientes doentes e tristes/Em primeira base de nome com todos os médicos de topo" e "Pílulas prescritas/Compensar os tremores/Compensar as pílulas/Você sabe que você deveria levar/Isto um dia de cada vez ".

    Finalmente um título curto vem, com "Camisado", que, começando de pianos e vocais, explode em guitarras e a voz incessante de Brendon - que fôlego! A temática de loucura criticando a normalidade e os remédios antiloucura da mesma persiste em "O anestésico nunca começou e eu estou desejando saber onde/A apatia e urgência é que eu pensei que eu telefonei dentro/Nenhum não é tão agradável./E não é tão convencional/E isto seguro como ai de inferno não normal/Mas nós negociamos, nós negociamos" e "Você é uma emergência enfeitada regular'. Caindo, crescendo e voltando com momentos eletrônicos, a canção vai do puro agito à linda melodia, proporcionando agradáveis momentos.

    "Time To Dance" entra com um contraste de guitarras pesadas e tecladinhos felizes, fazendo dessa canção uma das mais pesadas do disco, onde Brendon ataca com alguns falsetes. O refrão é o mais pancada até agora. A ironia da banda chega corroendo, mais uma vez: "Me dê inveja, me dê malicia, me dê sua atenção/Me dê inveja, me dê malícia, baby, me dê um tempo!/Quando eu disser 'Tiro', você diz 'Casamento','Tiro', 'Casamento', 'Tiro', 'Casamento'". A eletrônica cria ecos para a voz de Urie por vezes, criando um clima esquizofrênico, quando não, age discretamente na canção, que fora desses momentos, investe na maior agitação e peso.

    E voltam os grandes nomes... "Lying Is The Most Fun A Girl Can Have Without Taking Her Clothes Off", começa lenta, com batida uniforme da bateria e os vocais de Brendon surgindo como se fossem em camadas em sequência. A música cresce no refrão, mas não tanto, e descamba para rapidez por alguns segundos, e volta para o ritmo mais arrastado, montando a canção cadenciada do álbum. O vocalista, na letra, ironiza a juventude fútil: "Vamos bater esses corações adolescentes mais rápidos, rápidos/Então, garotos testosterona e garotas arlequim/Vocês vão dançar esse ritmo e segurar o amante perto?" e "Dancem conforme o ritmo", diz Urie, desempenhando uma boa performance, ao menos, no álbum.

    "Intermission" fecha um ciclo, iniciando em um clima bem dance - ou seja, dançante até o fim. "Senhoras e senhores, devido a circunstâncias além de nosso controle, nós não podemos continuar nossa radiodifusão de música de dança. Nós continuaremos agora com nosso interlúdio de piano", diz a mesma voz que apareceu no início do álbum. E a passagem sonora fecha, segue, justamente, com pianos, tocados muito bem, em um momento até meio "brega" proposital do álbum...

    Aí entra "But It's Better If You Do", surgida do final em suspensão da "intromissão". O piano agora é tocado em ritmo simples, acompanhando a bateria uniforme e o vocal. Paradas exclusivas para ora bateria, ora piano e ora voz, combinados com climas explosivos e festivos de guitarras e teclados constroem uma grande música. A letra parece falar sobre alguém bem encrencado, achando que vai morrer em breve e coisa assim, sugerido na letra em meio a um clima de cabaré e de romance.

    Hit da banda, esse é "I Write Sins, Not Tragedies", emendada com a anterior por marcantes pianos, que logo explodem para guitarras quando Brendon descreve um casamento que já vai começando errado, segundo a dama de honra e o garçom, pois a primeira diz que é um lindo casamento, e o segundo diz que a "Sim, mas que pena, que pena que a noiva do pobre noivo é uma vadia". Ao decorrer da letra, esse noivo parece ignorar o fato, falando que o casamento está salvo quando Brendon, que só estava de passagem, dizendo "Eu gritei " Vocês nunca ouviram falar de fechar essa maldita da porta?!/"Não, é muito melhor enfrentar estes tipos de coisas com um senso de porte e racionalidade". Entre momentos e melódicos, a música é totalmente climática e teatral, mas com uma precisão pop que a banda tornou marcante logo no primeiro disco.

    "I Constantly Thank God For Esteban", com um belo trabalho da cozinha iniciando a canção, seguida pelos pianos, e finalmente, os vocais, mostrando ser, assim como no resto do disco, uma canção pop de refrão marcante, mas, ao mesmo tempo, cheia de reviravoltas instrumentais, entre melodias, falsetes, explosões de guitarras pesadas e ruídos de pessoas conversando. Novamente uma letra teatral, onde Brendon novamente destila seu sarcasmo: "Nos dê este dia nossa dose diária de aflição de faux/Perdoe nossos pecados/Forjado ao púlpito com línguas bifurcadas que vendem sermões de faux./Porque eu sou uma nova onda de evangelho afiado, e você será testemunha deles/Assim os cavalheiros, se você vai orar para Deus ore suas causas com convicção!". Uma canção que gruda na cabeça, assim como todas as outras, e que trás um breve solo de guitarra como destaque surpresa.

    E agora, o maior nome do álbum (achou que tinha acabado, é?): "There's A Good Reason These Tables Are Numbered, Honey, You Just Haven't Thought Of It Yet" (arf, arf...). Bateria, piano e vocais iniciam a canção, cada um em um estilo particular (uniforme, infantil e melódico), até todos pararem e darem espaço para as guitarras entrarem na parte mais rápida da canção, e Brendon declara a quem achar a banda muito autoconfiante e no direito de sacanear tudo: "Sou o novo câncer, nunca estive melhor, você não suporta isso/Porque você está falando quando respira/Você está lendo lábios: 'Quando foi que ele ficou tão confiante?'", "Fale com o espelho, sufoque as lágrimas/E continue dizendo a você mesma "Sou uma diva!"/Ah, e os cigarros naquelas caixas de cigarro na mesa,/eles parecem estar laçadas com nitroglicerina", e confirma então que vai botar pra f... falando, ao final da canção, com sons cada vez mais engraçados intermediando com passagens melódicas e explosivas: "E eu sei, eu sei que isso não é como uma noite com ninguém te medindo/Eu nunca fui muito supersticioso, então com certeza você estrá distraída quando eu reforçar o ponche ".

    O álbum, então, encontra seu final com "Build Gold, Then We'll Talk", em uma canção paradoxalmente, assim como o álbum inteiro é, previsível e inesperado. Você SABE que a canção sofrerá uma reviravolta - só não saberá QUANDO ou COMO. E você deve estar pensando que a canção deve ter uma letra irônica... E tem! Uma letra de múltiplas interpretações, falando sobre virgens e advogados, uma senhora, tráfico de drogas e decadência do eu-lírico. Um gran-finale par um grande álbum.

    Emo, punk, indie, pop, rock, dance? Sei lá. Eu não consigo rotular. Você consegue? Eu só sei que é um prato cheio para quem gosta de pop - algo que a banda é descaradamente - o que, em alguma instância, significa "vendido", e sim, como o jornalista Alex Antunes na revista Bizz já definiu perfeitamente em uma matéria sobre o novo disco do Skank, "uma espécie de interface, uma produção de certa densidade conceitual e ao mesmo tempo com apelo ou potencial para ser compreendido pela massa". O futuro da banda ninguém sabe. É verdade que eles não tem nem cinco anos de estrada (esse álbum foi gravado ano passado, quando a banda havia acabado de se formar) e já lotam casas de show em Detroit, Montreal, Denver, Vancouver, Seattle, Los Angeles e San Francisco, e já participaram de festivais como o Lollapalooza (em Chicago), e no Reading Festival e Leeds Festival, ambos festivais britânicos. Uma avalanche de sucesso logo nos primeiros meses de vida, um crime para a nação indie, como o Death Cab For Cutie, que demorou oito anos para assinarem com uma gravadora major... Mas dê uma chance aos garotos antes de só ouvir alguns segundos das canções deles e falar que não vão durar nem um pouco. Se você não der nenhuma chance, tudo bem... Ninguém botou fé nos Beatles, nem no Led Zeppelin, e olha só o que aconteceu...

    Marcadores:

    posted by billy shears at 10:38 AM

    9 Comments:

    Anonymous Anônimo disse:

    eu adoro, e vocês?

    realmente nao dá pra se rotular, além de "pop" mas que é legal, é sim ;D

    2:08 PM  
    Blogger Carmem Luisa disse:

    Teatro, ironia, sarcasmo, rock, pop... tem mistura melhor?

    4:33 PM  
    Blogger natália; disse:

    antes de escutar, eu achava que era só mais uma banda emo idiota.. pq surgiu do nada, com cd gravado já e tals.. parecia uma banda fabricada.

    heaihea

    mas depois q escutei, mudei a opinião. é um som louco, diferente... "uma mistura" de coisas boas :D

    bom texto ^^

    5:12 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Ahh, do Panic at the Disco eu só conheço aquela música mesmo... kra, fica na cabeça! >.< mas eu achei legalzinha até. ^^ não conheço o resto do disco mas a resenha está ótima como sempre... ;D bjs =**

    9:15 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Mmmm...
    Não conheço, Bêr, mas parece ser bem legal, sim :D

    11:42 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    os nomes das músicas do panic! at the disco são muito boas
    cara, ótima resenha
    ficou boa mesmo
    vou até baixar de novo o cd
    :BB
    té mais!

    10:58 AM  
    Blogger Luiza Liz disse:

    Panic! At the disco é uma banda nova que pegou carona nessa explosão emo, pop-punk e derivados, para conseguir lançar seu trabalho que pra mim é ROCKPOP FANTASIA, beeeem cinematográfico.
    Talvez essass referencias de cinema que eu tenho me façam gostar bastante de Panic e a citada The Killers, que pra mim é outro rockpop fantasia...
    Acredito que a melhor música desse álbum seja Build Gold, Then We'll Tal porque ela tem várias 'instancias' e vários momentos... Uma música cheia de viradinhas e batidinhas. A cara do Panic at the disco.
    Tenho visto, esse CD é um dos melhores CDs que lançaram nesses tempinhos de comercialidade. Não que panic não seja comercial, mas... eles fazem o estilo: Se é pra ser comercial, vamos ser, mas não vamos deixar de fazer música boa né?!

    Beijos Ber, \o
    teadoro

    12:21 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Gah!! Amo essa banda! *-*

    As músicas deles são ótemas³! Principlamente Camisado! xD

    E vc descreveu muito bem o som deles: mistura de um montão de coisas boas, só podia dar no que deu!

    6:43 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    eu amo muito mesmo panic!at the disco principalmenterrimo a musica i write sins tons tragedies!mesmo que eu tenha conhecido um pouco melhor a banda anti ontem.E agora falando serio panic!at the disco e muito melhor que o rbd.O panic!at the disco ganha de 100000xo.

    I LOVE YOU panic!at the disco

    10:51 AM  

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