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    segunda-feira, agosto 07, 2006
    Marilyn Manson - Holy Wood (In The Shadow Of The Valley Of Death)


    Nesse álbum Marilyn Manson voltava furioso. Ao que parece, cansado de ser acusado por uma sociedade hipócrita que supostamente suas canções influenciassem jovens supostamente com a mente fraca para se livrar de qualquer culpa, Manson lança o primeiro capítulo que paradoxalmente fecha sua trilogia: “Holy Wood (In The Shadow Of The Valley Of Death)”.

    Tudo aqui transpira revolta nos vocais ora explosivos e indignados, ora carregados e depressivos de Mr. Manson, na bateria raivosa de Ginger Fish, nos riffs e andamentos pesados de Jonh 5, o marcante e bem colocado baixo de Twiggy Ramirez e com Madonna Wayne Gacy enchendo a música com seus teclados que não são apenas complemento e sim, parte integrante do som.

    O primeiro ciclo “In The Shadow”, provavelmente uma referência à hipocrisia escondida e não revelada da maioria da sociedade, é aberto pela faixa “Godeatgod”, que começa com ruídos de fundo e um início melancólico dando espaço para Manson cantar ironicamente “Querido Deus, você quer arrancar seus dedos e se segurar? /Querido Deus, você pode subir naquela árvore em forma de um “T”?”, fazendo uma comparação entre a ambição humana de ser o melhor e ambição falsamente divina criada pelos homens. Manson dispara sustentando por um baixo marcante “Os únicos sorrisos são vocês, bonecas que eu fiz/Mas vocês são de plástico, e seus cérebros também”. A canção termina repentinamente.

    A irônica “The Love Song” começa com uma bateria marcante e um refrão ácido como se perguntasse à sociedade americana, que responde em coro: “Você ama suas armas? (SIM!), Deus? (SIM!), O governo? (É CLARO, PORRA!)”. As bases de Jonh 5 estão pesadíssimas e o vocal de Manson está instigante. Manson interpreta uma “bala” (na verdade, um cidadão americano pronto para disparar por qualquer coisa) enganada pelas autoridades.

    Talvez a melhor do álbum, um riff pesadão inicia o disparo “The Fight Song”, com Manson liquidando “Isolamento é a máscara de oxigênio que você faz para que seus filhos sobrevivam” e então explodindo no refrão: “Eu não sou escravo de um Deus que não existe/Eu não sou escravo de um mundo que não vale nada”, uma crítica que mistura ataques contra a idolatria religiosa e a hipocrisia social. “Quando éramos bons você fechou seus olhos/Mas quando somos maus/Vamos cicatrizar suas mentes”, diz Manson, quase retratando o ocorrido em Columbine de forma indireta.

    Disposable Teens” começa industrial e furiosa, criticando toda a futilidade de uma geração perdida em meio a um consumismo exagerado e idéias tendenciosas. “Você disse que queria revolução/O macaco foi um grande hit/Você diz que quer revolução, cara/E eu digo que você tem merda na cabeça”. A cozinha de Ginger e Twiggy está bem marcante na música, e como não comentar o verso “Realmente nunca odiei um Deus único e verdadeiro/Mas o Deus das pessoas eu odiei”? Uma literal pancada, que arrasa qualquer moral.

    O ciclo “The Androgine” começa com “Target Audience”, com guitarras melancólicas, vocal neurótico e partes que ficam mais pesadas, novamente ironizando o controle imposto pelo velho Estado: “E eu vejo todos os jovens fiéis/Seu público alvo/Eu vejo todos os velhos enganadores/E todos nós vamos cantar as músicas deles”. Uma pérola do industrial, com melancolia e peso fundidos num mar de revolta e ironia. No final, a música parece crescer em intensidade feito uma bola de neve, com Manson sussurrando “Você não passa de uma cópia de uma imitação“, criticando a perda de identidade.

    President Dead” começa com um riff meio hard, meio industrial, com Manson criticando a influência violenta que um presidente belicista tem sobre o povo. “Isto é para o povo, eles querem você/crescendo na violência, baby”. Uma bateria feroz contracena com ótimas bases e caprichadas linhas vocais e backing vocals bem sutis. Uma crítica cáustica sobre a influência que as autoridades têm sobre os cidadãos.

    Ruídos estranhos dão lugar ao inicio melancólico de “In The Shadow Of The Valley Of Death”, que corre toda nesses andamentos tristes, com Marilyn lamentando por também não ser hipócrita feito todos, mas cantando isso em tom de ironia. Em certa parte, a bateria entra lenta, dando espaço para que todos os instrumentos façam belos desempenhos e Manson cante fracamente “Morte é o padre/Morte é o estéreo/Morte é a TV/Morte é o tarô/Morte é um anjo e/Morte é nosso Deus/Matando todos nós”. A música termina dessa forma intensa e crítica.

    Cruci-Fiction In Space” tem o inicio mais carregado, lento e pesado de todo o álbum, parece um mastodonte esmagando tudo com seus passos impiedosamente. “Isso é a evolução/O macaco/O homem/E depois a arma”, canta Manson no inicio e no refrão, fazendo um pesado ataque contra o progresso do homem, que no final, só resulta mesmo em violência, tristeza e destruição. “Estamos mortos e o amanhã está cancelado!“

    Fechando o ciclo, temos “A Place In The Dirt”, com um baixo repetitivo e um vocal lento de Manson, com ele cantando sobre a plastificação do nosso mundo. “Vista-me no seu desfile de carros/Me ponha na parada da morte/Me vista e me leve/Me vista e me faça/Seu Deus moribundo”. É uma das faixas mais intensas de todo o álbum, até que a alienação acaba de forma dolorosa... “Anjos com agulhas/Furando nossos olhos/Deixe a luz feia do mundo entrar/Não somos mais cegos”. A música acaba lenta assim como começou.

    O ciclo “Of Red Heart” tem início pelo hino “The Nobodies”, com melodias mórbidas de guitarra e uma bateria bem simples de acompanhamento, com Manson lamentando “Hoje eu estou sujo/Eu quero ficar bonito/Amanhã, eu sei que estarei sujo”, um retrato exato do fenômeno bullying, com jovens fora dos padrões desesperados por serem humilhados, o que os leva a cometer vingança, como descreve o refrão “Somos inúteis/Queremos ser alguém/Quando morrermos/Eles realmente saberão quem nos somos!”. Columbine novamente é descrita com intensidade pelos gritos de Manson “Algumas crianças morreram outro dia/Nós alimentamos as máquinas e então rezamos/Regurgitamos para cima e para baixo numa fé mórbida/Você deveria ter visto os índices de audiência naquele dia...”. A musica é encerrada pelo mesmo andamento de bateria.

    The Death Song” é iniciada com efeitos eletrônicos instigantes e Manson cantando um monte de ironias sobre violência e alienação. “Cantemos a canção da morte, crianças/Porque não temos futuro/E queremos ser iguais a vocês”. Nesse refrão, as guitarras pesam, a bateria aumenta em velocidade, a eletrônica quase ensurdece e Manson berra revoltado como nunca. “Nós éramos o mundo/Mas não temos futuro/E queremos ser iguais a vocês”, diz ele no final.

    Todo álbum de Manson tem uma balada excelente, e nesse não é diferente. A balada “Lamb Of God” é cheia de emotividade, com versos como “Se você morrer quando ninguém estiver vendo/Então seus índices de popularidade cairão/E você será esquecido/Mas se você morrer na TV/Você é um mártir e um cordeiro de Deus”, diz a letra, que canta sobre a banalização da morte de milhões. E Manson lamenta, sem mais esperanças, cantando carregado e intenso “Nada vai mudar o mundo, Nada vai mudar o mundo, nada vai mudar o mundo...”.

    Um início ao vivo e guitarras intensas começam com “Born Again”, com Manson retomando a ironia, cantando “Sou outra pessoa/Sou alguém novo/Sou alguém estúpido feito você!”, berra um violento e descontrolado Manson. Marilyn indica, a alienação subjuga tudo e a todos que se deixam influenciar. A ironia da letra retrata que quando deixamos de ser revoltados e nos tornamos simples cordeirinhos, nascemos de novo para a sociedade.

    Burning Flag” inicia com guitarras pausadas, pesadas e esquisitas, que contracenam com uma bateria insana e segue para um dos andamentos mais pesados do álbum, senão o mais pesado. Uma das melhores estrofes do álbum esta presente aqui “Multiplique sua morte/Divida por sexo/Some a violência/E qual o resultado? / (...) /Somos todos apenas estrelas na sua bandeira em chamas”, referência óbvia à bandeira dos Estados Unidos. A letra retrata como as pessoas se tornam alvos móveis, manipulados pela vontade superior. A bateria é a mais rápida do álbum.

    The Fallen” é o ciclo final, os lamentos e indignações finais sobre a sociedade hipócrita.

    Ele é iniciado por “Coma Black”, a contraposição de “Coma White“ do álbum anterior. Começa melancólico, na primeira parte “Eden Eye”, como se fosse o fim da alienação do coma branco e o inicio de um mundo negro de desespero. “Eu queimei todas as coisas boas no Olho do Éden/Éramos muito idiotas para correr e mortos demais para morrer”. Melancolia e peso têm seus momentos de brilho nessa grande canção. O depressivo e desesperado refrão diz “Esse nunca foi meu mundo/Você levou meu anjo embora/Eu iria me matar para fazer todos pagarem”. A segunda parte, “The Apple Of Discord”, é tristeza ao extremo nos vocais de Manson. “O coração dela é um ovo manchado de sangue/Nós tomamos conta dele com cuidado/Está quebrado e sangrando/E nunca poderemos consertar”.

    Valentine’s Day” tem um início arrastado e ameaçador nas guitarras, com Marilyn cantando sobre a morte de ídolos e a perda fútil que eles representam para uma sociedade que os amam tanto. “Ela era da cor da TV/Sua boca era em espiral como uma cobra de metal/Embora Holywood estivesse triste/Eles iriam lembrar disso como o Dia dos Namorados”. O refrão pesadíssimo e lento abre espaço para Manson cantar “Moscas estão esperando/na sombra do vale da morte”.

    The Fall Of Adam” é relativamente curta, com uma letra do mesmo tamanho, com um acompanhamento lento e palhetado, que dão espaço para uma parte que pesa uma tonelada e Manson grita como um ditador. “Quando um mundo acaba/Algo novo começa/Mas sem gritaria/Apenas um suspiro porque/Começamos tudo de novo”, diz Marilyn, fazendo referência à futilidade das perdas e renovações. Nada mais comove a humanidade.

    O inicio pesado é retomado em “King Kill 33”, com uma bateria sendo espancada de forma quase marcial. Marilyn canta sobre quem o difama, que a única coisa que faz é continuar criando ovelhas alienadas, mas que ele acaba deixando os difamadores sozinhos ao mostrar a verdade para as ovelhas. “E eu não estou com pena, eu não estou com pena/É isso que vocês merecem“. A musica acaba repentinamente.

    O disco encerra triste com “Count To Six And Die”, com um inicio belíssimo e melodioso no teclado. Para quem quer se rebelar e acaba sendo oprimida pela máquina de alienação, uma das únicas saídas acabou se tornando o suicídio para poder escapar de todo esse esmagamento psicológico provocado pelas autoridades. Mas ele se recusa a passar para o lado deles “Eu tenho um anjo no saguão/Ele está me esperando para me por na linha/Eu não vou pedir perdão/Minha fé acabou”. A musica encerra insistente com os versos “E o ponteiro gira (1,2,3)/E todos nós deitamos (4,5,6)/Alguns vão rápido/Alguns fazem melhor em menores intervalos”. O disco encerra com o som da roleta de um revólver rodando perturbadoramente. Quando parece chegar no “6” e a bala está prestes a ser disparada, o álbum acaba deixando o ouvinte perplexo.

    Sim, todos os discos de Manson são pesados tematicamente, mas "Holy Wood" talvez condense a revolta e ironia de “Antichrist Superstar” e a melancolia e o sarcasmo de “Mechanical Animals”, acrescidas de indignação contra a alienação e a hipocrisia. Um grande disco, mostrando que Manson se renovou com glórias, injetando mais peso e menos eletrônica, demonstrando com orgulho que não é um artista de hits fáceis, e sim, um artista realmente com conteúdo, diferente de tantos hoje em dia. Inteligência e boa música podem caminhar juntas? Sim, e esse disco é uma prova sincera.

    Marcadores:

    posted by billy shears at 7:37 PM

    10 Comments:

    Anonymous Anônimo disse:

    Mto boa a resenha, vc escreve bem p/ carambam hein guri!

    curti, curti...

    9:51 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Porra, comecei a ouvir MM em 1997 e vim acompanhando, mas meio que deixei de lado, sei lá, não enjoei nem nada, acho que esqueci de acompanhar. Com certeza vou procurar este disco.

    11:24 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Ah,
    Quem escreveu acima fui eu, Luis.
    http://luismilanese.wordpress.com

    11:25 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    esse é o melhor álbum do manson, e o único que eu ouvi todo =D

    mas tá muito boa a resenha, tiô!
    parabéns!

    e não sou eu o único a ver mm desse jeito d:

    11:48 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    nao ha oq acrescentar. manson é deus.

    6:24 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Excelente, na minha humilde opinião, o melhor álbum de todos e todos. Ótima resenha, descreveu bem como cada música é. Parabéns.

    9:36 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Não tenho oque falar..você conseguil falar,citar tudo..sem tirar nem por.
    Simplesmente FODA.
    Esse album mostra que ele não e um simples cantor como qualquer um..muito menos faz parte de uma simples banda qualquer...retrata,fala tudo oque veem a cabeça,sem medo do que pode vim o u resultar..
    Marilyn Manson e sim " DEUS" !
    Parabens pela renha...FODÔNICA! *_*

    8:51 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Que ódio,eu odeio esse cara,essa dreg queen revoltada,esse desgraçado..

    1:10 PM  
    Blogger billy shears disse:

    Dreg?

    11:36 PM  
    Blogger Unknown disse:

    gostel das suas resenhas da trilogia, realmente um espetaculo. so acho que a ordem da trilogia, ao contrario do que voce diz, é a ordem que foram lançados os cds. vejo o anticristo como a chegada do mal, sendo idolatrado no animais mecanicos e em seguida descartado em hollywood. mas vai saber....

    1:33 AM  

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