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    domingo, agosto 27, 2006
    David Bowie - The Rise And Fall Of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars


    Naquele célebre ano de 1972, o mundo do Rock And Roll andava coloridamente diferente. Após a invasão de sons britânicos nas rádios e televisões de todo o mundo, depois dos hippies protestarem contra a guerra do Vietnã em meio à muita maconha e ácido lisérgico para logo então serem bombardeados por todo aquela cena de hard rock e rock progressivo da Inglaterra e Estados Unidos em sua maioria. Neste ano, então, ocorria a invasão do glam rock, estilo que dava tanta importância ao visual quanto à musicalidade e a lírica. A droga do momento passa a ser a cocaína e a bissexualidade se torna uma moda juvenil bem antes de qualquer "emoboy" ou "emogirl" pensar em nascer. É quando artistas como o T. Rex, Alice Cooper, Sweet, Slade, Gary Glitter, Mott The Hoople, Iggy Pop And The Stooges (em sua segunda fase), Lou Reed, New York Dolls, Queen, e claro, David Bowie encontraram seus dias de glória e momento apropriado para cravar seu nome na história. O movimento tornava-se tão grande que até bandas que não tinham nada a ver com os artistas desse ramo passaram a adotar um visual mais colorido - prova disso é só ver algumas fotos do Black Sabbath nesse período - e alcançava o Brasil, com os Secos e Molhados aliando um som contagiante à androginia, maquiagem e teatralidade.

    David Bowie foi a figura principal do movimento, sem sombra de dúvidas. Enquanto o T. Rex fazia sucesso estrondoso apenas na Inglaterra, Bowie levava o novo e velho mundo à loucura após fazer sucesso considerável com seus excelentes discos "Man Who Sold The World" e "Hunky Dory" , e então crivou pela primeira vez seu nome no grande livro do Rock And Roll com o seu sensacional quarto disco "The Rise And Fall Of Ziggy Stardust And The Spiders From Mars", em 1972. O guitarrista, tecladista e segundo vocalista Mick Ronson, o baixista Trevor Bolder e o baterista Mick Woodmansey abriam espaço para David Bowie encarnar Ziggy Stardust, um extraterrestre que um dia aterrisa na Terra.

    O disco abre com "Five Years", uma música sombria, com uma bateria sendo golpeada lentamente, com melodias insistentes de piano e cordas. David Bowie canta que, quando Ziggy chega à Terra por acidente, as pessoas haviam acabado de descobrir que o mundo iria encontrar seu fim dentro de cinco anos. Um emocionado refrão vem à tona com David cantando "Nós temos cinco anos, presos nos meus olhos/Nós temos cinco anos, que surpresa/Nós temos cinco anos, meu cérebro está todo machucado/Nós temos cinco anos, é tudo que nós temos". O vocal de Bowie torna-se incessante ao lado de de Mick Ronson repetindo o título da música enquanto a figura principal da banda se esgoela.

    "Soul Love" tem um baixo marcante e uma excelente linha de saxofone por parte de Bowie, ao lado de uma base de guitarra com uma melodia grudenta . A letra fala sobre a relação entre a existência e três amores: o amor pelos que já morreram (o amor de pedra), o amor romântico (o novo amor) e o amor religioso (o amor de alma). Um grande refrão é criado com a frase "Tudo o que eu tenho é meu amor pelo amor/E amar não é amar".

    Em seguida, ouvimos "Moonage Daydream", que apesar de já ter sido lançada antes sob o pseudônimo de Arnold Corns, ganha maior sentido no conceito desse álbum. A influência de Marc Bolan do T. Rex em Bowie já é sentida nessa canção. Bowie já revela como é o alien Ziggy: "Eu sou um jacaré/Eu sou um papai-e-mamãe vindo para você/Eu sou o invasor do espaço, eu serei uma vagabunda do rock and roll para você". A canção atinge um clima contagiante e espacial, cujas reviravoltas com certeza tiveram alguma influência da primeira fase do Pink Floyd, aquela comandada por Syd Barret. Excelente.

    Então, ouvimos agora o clássico por magnificência do álbum; sim, falamos de "Starman", com sua contagiante melodia de cordas e uma linha vocal inspiradíssima. “Há um homem-estrela esperando no céu / ele gostaria de vir nos encontrar / mas ele acha que piraria nossas cabeças”, entoa David no contagiante refrão. A música causou um sucesso tão estrondoso que ganharia até uma versão em português pelos gaúchos do Nenhum de Nós, adaptada para "Astronauta de Mármore". Mas, sem querer ser anti-patriota, a original de Bowie é certamente bem superior. Bowie tem uma performance simplesmente possuída nessa canção, um de seus maiores hinos, isto se não for o maior.

    "It Ain't Easy", que originalmente fechava o lado A do vinil, é a única do álbum que não foi composta por David. O crédito pertence a Ron Davies, e é uma excelente música, de melodia vocal e instrumental incríveis, princiaplmente no refrão. E ainda, a música gera uma certa polêmica, pois muitas vezes questionaram Bowie sobre o motivo de não colocar composições próprias no lugar desta música. David respondeu simplesmente "porque é uma música do caralho". Bem, para o cara interpretar ela assim com tanto gosto... Deve ser mesmo!

    Seguimos com "Lady Stardust", iniciada com uma performance incrível no piano por parte de Mick, em que a letra dá a impressão de falar sobre o movimento glam, nos versos iniciais "As pessoas ficaram estarrecidas com a maquiagem em sua face/Riram de seu grande cabelo negro, sua graça animal/O garoto com jeans azuis apertadas/Pulou no palco/E a senhora Stardust cantou suas canções/De escuridão e desgraça" muito possivelmente fazendo referência à Marc Bolan. Um belo refrão, apoiado por Mick, com David Bowie abusando do gogó, na linha tenuê da voz padrão e o falsete. Tente não sair cantando-a quando a mesma terminar!

    Chega ao ouvido "Star", um rock and roll invocado, com um piano pegando fogo, com backing vocals servindo de pano de fundo para os vocais incessantes de Bowie. A letra reparte momentos em que fala sobre o cotidiano de várias pessoas, para logo o personagem falar si mesmo, onde David entrega de bandeja os rasgados versos "Eu queria dormir a noite como uma estrela de rock.../Eu queria me apaixonar como uma estrela de rock...". A música, ao seu final, torna-se cadenciada, gerando um contraste interessantíssimo.

    "Hang On To Yourself" continua pondo fogo no disco, em um rock balançado e de linhas vocais sexys por vezes, ousadas por outras. Mesmo não sendo muito conhecida, ela parece ser bastante influente, pois Glen Matlock (primeiro baixista do Sex Pistols, antes de Sid Vicious) disse se inspirar nela para criar o infame hino "God Save The Queen". Uma letra convidativa e provocante, totalmente no espírito das bandas da época.

    Chegamos na canção onde o personagem principal é melhor descrito, a canção "Ziggy Stardust", onde David Bowie parece querer criar na letra o deus do Rock definitivo, inclusive dando a ele traços de falecidos rockstars: Jimi Hendrix, fazendo de Ziggy um guitarrista canhoto e Brian Jones, do Rolling Stones, como se ele fosse uma espécie de "gênio incompreendido". No final, Ziggy acaba sendo morto por seus próprios fãs, fazendo um protesto contra os níveis que o fanatismo pode alcançar: "Fazendo amor com seu ego/Ziggy sugou em sua mente/Como um messias leproso/Quando as crianças mataram o homem/Eu tive que acabar com a banda/Ziggy tocava guitarra"...

    "Suffragette City" é mais uma poderosa e inflamada música, com a letra inclusive fazendo uma ligação com o filme "Laranja Mecânica", de Stanley Kubrick de 1972, ao descrever uma realidade caótica, e expressando isso com clareza no verso "Disse, 'drugue, não quebre aqui/Aqui tem quarto apenas para um e lá vem ela, lá vem ela". Então somos bombardeados por um ritmo cada vez mais acelerado com Bowie gritando o nome da música repetidamente, com todos os instrumentos criando um clima crescente e dançante.

    Chegamos em um dos melhores encerramentos de álbum: "Rock And Roll Suicide", tão perfeita para fechar que Bowie inclusive a utilizava para fechar os shows da turnê desse álbum. Em uma letra romântica de certa forma, David parece falar com uma pessoa que se destruiu, mas quer passar a segurança à ela que ela não está sozinha, onde o camaleão do Rock canta cada vez mais esgoelado, acompanhado de contagiantes backing vocals. O crescimento instrumental repentino fecha o álbum de forma sensacional.

    Cara, eu poderia ficar por aqui elogiando o dia inteiro, puxando o saco, e você não teria idéia da importância dessa bolacha. Para se ter uma idéia, já se declararam influenciadas pessoas como Radiohead, Placebo, Oasis, Blur, Stone Roses, Trent Reznor, Rolling Stones, Kraftwerk, Duran Duran, Boy George, Sigue Sigue Sputnik, Nenhum de Nós, e mais uma cacetada de gente. Até gente que veio antes dele e que o havia influenciado, e Bowie cometeu um ato único, que pouca gente foi capaz de fazer: influenciar suas próprias influências. O último caso que vimos assim foi quando Iggy Pop disse compor influenciado por White Stripes!

    O personagem criado por David Bowie nesse álbum foi tão grande que as pessoas criavam uma associação automática entre os dois, não sabiam mais separá-los, até Bowie decidir dar um fim em Ziggy Stardust no final da turnê do álbuim, em um lendário show no também lendário Hammersmith Odeon, onde eles deixou muitos a entender que ele acabaria com a carreira, e não apenas com o personagem. Esse álbum foi só mais um passo para Bowie abalar as estruturas nos anos que ainda viriam, com álbuns como "Aladdin Sane" e "Diamond Dogs", também portadores de vários hinos indispensáveis ao bom ouvinte de música. Enfim, por que prolongar ainda mais o discurso? Corra atrás, conheça-o e entenda por qual motivo Bowie merece tanto reconhecimento.

    "Wham-bam, thank you man!".

    Marcadores:

    posted by billy shears at 9:09 PM

    8 Comments:

    Blogger Carmem Luisa disse:

    Bowie, Bowie...

    1:52 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Esse album é gênial, 5 years é a melhor musica de introdução que eu já ouvi. Parabéns, Ber. Concordo com tudo! :D

    1:53 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    AIUehiuaehuihaeiue cara não conheço, eu sou uma ignorância musical, mas enfim parece que está boa a resenha.

    Abraço!

    1:56 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    hail Bowie

    esse ae é bão mermo, hein
    e isso me lembra que hoje eu vi o Dinho Ouro Preto fazendo um cover de Ziggy Stardust no programa claro que é rock

    ele cantou bem até, mas a performance física dele é a coisa mais retardada que eu já vi :|

    de novo, hail Bowie pq esse album ae rox mermo o/

    4:43 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    realmente, esse álbum é um tesão. e o bowie é o cara, pena q eu demorei tanto pra descobrir isso!

    e eu ainda vou achar o vinil disso ae em um sebo!

    abraço bernardo demaria ignacio brum UHUHAUHAUHA

    4:55 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Boa, Bêr, parece ser um disco e tanto. O:
    Devo confessar, estou com vontade de ouví-lo x:

    6:08 PM  
    Blogger Willie The Pimp disse:

    Esse disco é mais que obrigatório.

    Escutando-o, da para se ter noção de onde uma boa parte do Rock hoje em dia veio (claro que o Bowie não é o único responsável por isso).

    9:45 PM  
    Blogger Unknown disse:

    apesar de todo mundo dizer que ziggy é comercial e bla bla bla, FODA-SE, eu amo!!!

    8:53 PM  

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