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    sábado, julho 29, 2006
    Rammstein - Mutter


    Um fenômeno. É assim que podemos definir a carreira do Rammstein. Um caso raro no mundo da música, o Rammstein foi uma das poucas bandas/artistas a fazer sucesso global em seu próprio idioma, e não pela língua inglesa. O mais inédito ainda é o fato do idioma cantado ser o alemão, sabidamente de difícil aprendizado. Isso porque ainda não adentramos a parte musical, que quase consegue agradar a gregos e troianos, pois apesar de serem uma banda de Metal Industrial, sua influência metálica ainda é bem acentuada em suas canções, tornando sua sonoridade agradável aos ouvidos para um grande público, desde fãs das mutações que a música pesada vem sofrendo até alguns dos conhecidos "headbangers".

    Banda que teve seu embrião formado no decorrer dos anos 90 e com o nome inspirado em uma tragédia aéra ocorrida na base americana da cidade de Ramstein, na Alemanha, onde três jatos italianos colidiram com o público, o Rammstein estabeleceu-se com a formação Richard Z. Kruspe e Paul Landers nas guitarras, Christian "Flake" Lorenz nos teclados, Oliver Riedel no baixo, Christoph Doom Schneider na bateria e Till Lindemann nos vocais. Os caras são donos de uma respeitável discografia, demonstrando uma evolução musical a cada álbum, com letras ora poéticas, ora ousadas, muitas vezes abordando temas realmente polêmicos. "Mutter", álbum de 2001, é considerado o ápice criativo da banda, o favorito de muitos fãs, onde a banda soube dosar com sabedoria efeitos eletrônicos e teclados climáticos para fazer um interessante contraponto com guitarras pesadas e os diversificados vocais de Till.

    Sabedoria esta já vista logo na faixa de abertura, "Mein Herz Brennt", uma das minhas canções favoritas da banda, introduzida por um clima sombrio e vai crescendo em intensidade até chegar no pesado refrão, cantado com vigor pelo vocalista em meio ao ataque das guitarras e do teclado que é formado. Na letra cantada magistralmente por Till, é descrita uma pessoa que realiza os maiores sacrifícios para manter as crianças protegidas de más criaturas à noite. Tema este que condiz com o título do álbum ("mutter", em alemão, significa "mãe").

    A seguinte é "Links 2 3 4", que diferente da anterior já abre com um riff pesadíssimo e cai em um ritmo pulsante, com uma letra questionando o coração do ser humano, na verdade, sua índole, como dizem os versos "Podem os corações cantar?/pode um coração explodir?/podem os corações serem puros?/pode um coração ser de pedra?", com o refrão, utilizando a chamada de marcha no exército (esquerda 2, 3, 4) para comparar ao ritmo do coração , falando no comportamento que os seres humanos tem atualmente, agindo como verdadeiros soldados impiedosos.

    "Sonne" começa com Till contando até 10, que dá abertura para riffs e bases de peso infernal, para descambar em um emocionado refrão, criando um belo contraste. Os mais distraídos talvez nem perceberão que se trata da mesma música por repartir momentos pesados e melódicos em uma letra igualmente brutal e poética, parecendo falar de uma libertação que pode ser dolorosa, mas que também traz a iluminação.

    Um dos maiores sucessos da carreira da banda, "Ich Will" é magnífica, com belos teclados compartilhando espaço com distorcidas guitarras, com uma letra parecendo criticar uma pessoa megalomaníaca, que quer que as pessoas confiem nela, perder-se em aplausos, ser ouvida, vista, sentida... Mas que não dá a mínima para o que as outras pessoas estão achando disso. Na minha opnião, a música pode ter dois alvos: o presidente americano Bush, ou aos ídolos de massa oportunistas criados pela mídia.

    "Feuer Frei!" talvez possa ser uma referência aos famosos tiroteios em escolas (daí o nome, que significa "Fogo Livre", um comando do exército alemão para "Abrir Fogo") que começam a ocorrer com cada vez mais frequência, onde a mídia, ao invés de procurar as reais raízes do problema, procura colocar a culpa no entretenimento. Um trabalho realmente virtuoso de teclado explode feito uma bomba em uma porrada corrosiva, com a letra parecendo explorar os dois lados na questão. A estrofe "Sua sorte/não é minha sorte/é minha desgraça", na parte mais cadenciada da música, deixa isso muito claro. Um refrão realmente viciante e tenso, uma avalanche de ódio e revolta.

    O clima de violência e nervosismo, pelo menos na parte sonora, é quebrado na lindíssima "Mutter", um primor de composição. Um belo trabalho de cordas, e uma primorosa performance vocal de Till. O peso invade estrutura, só que de forma cadenciada. Todo o abandono sentido pela juventude atualmente aparece nos versos "As lágrimas de uma multidão de crianças envelhecidas/eu lhes jogo cabelos brancos/atiro no ar a corrente úmida/e fico a desejar, que eu tivesse uma mãe". Grande composição da banda, sem dúvida uma das melhores do álbum.

    O peso volta em "Spiehlur", com seu começo repartindo um discurso e um teclado, para dar espaço ao trabalho de guitarras pulsantes, em uma letra que parece falar de solidão e saudade da infância, como se dá a entender pelo título ("caixa de música", em alemão). Assim como já aconteceu nesse álbum, há momentos mais calmos, onde Till abusa da voz de barítono que possui. Se não são uma banda espontânea, pelo menos o calculismo desses alemães ajuda a compor grandes músicas, cheia de reviravoltas postas minuciosamente, deixando o conjunto final com cara de obra de arte, dado o seu refinamento.

    "Zwitter" é outra música polêmica, que fala sarcasticamente sobre a vida de um... Hermafrodita! Uma voz com efeitos eletrônicos repete o nome da música durante os seus momentos mais pesados. A letra é cheia de momentos engraçadíssimos, sendo o melhor deles: "eu mesmo já poderia me fecundar/então eu também não fico zangado/quando alguém me diz 'Vai se foder' ". A música foi feita com esse único propósito: de chocar quem lê a letra e fica impressionado com a cara-de-pau e humor corrosivo da banda.

    Humor absurdo este que continua em "Rein Raus" ("para dentro, para fora"), com uma letra que aborda o sexo de forma metafórica, com versos como "Eu sou o cavaleiro/você é o cavalo/eu tenho a chave/você tem a fechadura", que descamba no refrão onde a banda toda grita o nome da música. O Rammstein sabe se utilizar do bom humor sem perder toda a qualidade e formatação poética das suas letras. Ponto pra eles.

    "Adios" não é a última faixa - é a penúltima. Uma bela melodia de cordas introduz uma porrada industrial infernal, onde Till canta sobre a vida de um drogado, de uma pessoa que se utiliza de meios para se libertar; quando a mesma acaba, sente-se dilacerado. Na parte mais melódica da música, é ouvido os versos "Nada é para você/nada foi para você/nada resta para você/para sempre", parecendo falar sobre os valores morais subvertidos pelas drogas. Até em sua parte sonora, a música é cheia de momentos chaves, cabendo o ouvinte a interpretar (ah, se eu fosse dizer aqui estaria facilitando demais as coisas, né mesmo?).

    O álbum finalmente encontra seu final em "Nebel", música com um início um tanto eletrônico, com discretos teclados e o vocal lento e discursado de Till. Poeticamente, a banda fala sobre o final de um romance, devido à morte da mulher, e como as juras de amor parecem ter sido falsas nos versos "O último beijo/foi há tanto tempo/o último beijo/ele não se lembra mais". Sem nunca explodir, a banda compõe um grande encerramento com os teclados dessa canção. O refrão, sinceramente, é comovente. Uma performance vocal inspiradíssima. O álbum termina de forma melancólica,um gran finale para todas as pérolas encontradas aqui.

    Banda criativa se chama Rammstein. Sem cair no ridículo, a banda consegue se reinventar a cada álbum, abordando os mais variados temas, apresentando as mais variadas experimentações, com letras que fariam inveja a muito poeta. Exagero meu? Não sei. De repente estou sendo realista... Uma aula de ousadia e falta de medo ao criar e recriar, mostrando que o Rammstein é uma das melhores bandas desse início de século, após serem uma banda promissora ao lançarem o primeiro disco "Herzeleid" em 1995. Onze músicas de puro bom gosto. É ouvir, deleitar-se e refletir. A quem não se interessar, sinceramente... Não sabe o que está perdendo.

    Marcadores:

    posted by billy shears at 12:37 PM

    10 Comments:

    Anonymous Anônimo disse:

    Rammstein... taí outra banda que sempre me chamou atenção mas eu nunca dei muita bola mesmo.
    Não deixa de ser um bom som, mas qualquer dia eu paro pra ouvir as músicas deles com a devida atenção, heh.

    1:09 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Rammstein é uma banda que gosto, mesmo fugindo aos padrões de música pesada que gosto. Esse disco é realmente muito bom.

    1:16 PM  
    Blogger Sam disse:

    Rammstein é foda, pena que eu exclui as músicas ._.

    3:05 PM  
    Blogger Willie The Pimp disse:

    Acho Rammstein e seu pseudo-industrial uma coisa bem chata e previsível demais...

    4:30 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    é, rammstein parece ser interessante, já faz tempo que me interesso por essa banda, mas não passa de interesse mesmo hahaha. até porque eu vi um pessoal no metrô usando uma camiseta deles e, sabe como é né, se eu não for a primeira pessoa a comprar uma camiseta de uma banda que ninguém conhece, nem vale a pena viu, pq eu sou moh do underground e tal e rammstein é moh modinha!

    8:12 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Excelente crítica ao álbum Mutter do Rammstein.
    Recomendo que todos que ainda não conhecem esssa obra prima, que busquem informações e procurem ouvir as músicas dos álbuns do R+.

    Banda foda, recomendadíssima.
    Parabéns aí. \o

    9:07 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Rammstein eh até legal

    9:32 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    DKoRn

    Otiam resenha sobre o Rammstein.
    Na minha opinião o emlhor album tambem..nao so como soronamente..mais tambem suas letras em sí,recomendo para quem nao ouviu ainda.
    Parabens otima resehha mesmo.xD

    11:59 PM  
    Blogger natália; disse:

    e ai Ber,
    ótima a resenha do Rammstein :)

    não conheço muitoooo da banda, só algumas músicas, que por sinal são desse cd. e são bem legais ^^

    Beijos!

    1:07 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Gostei da resenha!
    Muito boa!

    Beijão!

    8:04 PM  

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