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    quinta-feira, maio 25, 2006
    Capital Inicial - MTV Especial: Aborto Elétrico


    Para quem acha que "quem vive de passado é museu", recomendo que ouçam esse álbum. Provavelmente, a adrenalina vai ser solta em altas doses no seu sangue... E todas essas músicas foram compostas entre o final da década de 70 e o início dos anos 80.

    Banda lendária entre os fãs de B-Rock, o Aborto Elétrico foi uma das primeiras bandas de rock de Brasília. Sua formação incluía gente como Renato Russo - o lendário frontman da Legião Urbana, uma das bandas mais idolatradas pelos fãs de nossa música, e Fê e Flávio Lemos, os irmãos responsáveis pela bateria e pelo baixo do Capital Inicial. O destino dos integrantes da banda que fez o Aborto Elétrico ser o monolito que influencia em muito o Rock nacional nos dias de hoje - porque o Aborto Elétrico nunca chegou a gravar ou lançar algo oficialmente.

    Tendo metade do Aborto Elétrico em sua formação, mais o ex-Viper Yves Passarel na guitarra, e o vocalista Dinho Ouro Preto, o Capital Inicial foi a banda certa para homenagear a primeira banda de Renato Russo (um "dream team", diria eu). Tendo nas mãos um punhado de músicas esperando para serem gravadas, quando tiveram a aprovação da família de Renato, a banda meteu a mão na massa. Era tudo ou nada. Ou o Capital se livrava de uma fase com poucos hits, como o que vinha ocorrendo nos últimos álbuns, e emplacasse um álbum realmente de responsa, ou afundava de vez e sujava o nome de Renato junto.

    Besteira a minha duvidar da competência deles... Ao término de uma contagem de 'Um, dois, três, quatro', entra uma versão destruidora de "Tédio (Com Um "T" Bem Grande Pra Você)", já conhecida pelos fãs da Legião Urbana. Guitarras pesadíssimas, rápidas e de fúria punk, com Dinho forçando a garganta para acompanhar a agressividade da banda, versando sobre o tédio da vida de um jovem: "Moramos na cidade/e também o Presidente/Todos vão fingindo viver decentemente/Mas eu não pretendo/ser tão decadente não!". Um refrão solta-os-bichos com certeza vai tirar do chão a galera que for em um show do Capital Inicial.

    Entra o primeiro single do álbum, o punk romântico "Love Song One", com Dinho cantando sobre um amor que deixa a pessoa totalmente fanática, apesar de não saber o motivo. "Eu não consigo entender/Porque eu quero você!", diz o refrão. As melodias da guitarra de Yves estão ótimas, e a cozinha, mais que satisfatória! A ótima gravação dos instrumentos também ajuda muito, permitindo o ouvinte distinguir cada um dos instrumentos, mas também de uma forma bem suja, com uma pegada bem forte.

    "Fátima", uma das mais engajadas politicamente do álbum, é detonada com muita competência pela banda, com bases de guitarra animais. "Vocês são vermes, pensam que são reis!", desafia Dinho, com uma voz nitidamente mais encorpada que nos últimos álbuns. Ok, fãs do Legião; o cara não é Renato, mas é um ótimo interpréte! Uma aula de Rock agressivo.

    Seguindo, "Helicópteros No Céu", outra música bem política, com versos como "Já me falaram muitas vezes/A voz do povo é a voz de Deus/Será que Deus é mudo?". A inusitada melodia de guitarra de Yves é cativante, e o forte refrão "Já estou vendo helicópteros no céu/Já estou vendo no helicópteros no céu!", é mais empolgante ainda. Fê demonstra ser um baterista de mão cheia, com uma mão pesada o bastante para maltratar a bateria de forma que agrade os ouvintes de Rock.

    Muitas músicas idolatradas pelos fãs de Legião não poderiam faltar; agora entra a clássica "Química", muito mais pesada, e com Dinho cantando de forma empolgada o clássico refrão "Não saco nada de Física/Literatura ou Gramática/Só gosto de Educação Sexual/E eu odeio Química". Pode parecer uma canção adolescente à primeira vista, mas ao longo vê-se uma crítica ao sistema de ensino, que deixa o estudante maluco, implantando em seu cérebro o vestibular como a coisa mais importante em sua vida, as diversões que lhe são retiradas, apenas para depois ganharem carro e se tornar "burguês-padrão". Dizem que a humanidade evoluiu muito nas últimas décadas, mas não sei o por que dessa música me soar atual...

    "Ficção Científica" tem um baixo empolgante de Flávio introduzindo uma das músicas com guitarras mais pesadas e ferozes de todo o álbum. Já que o Aborto Elétrico era uma banda punk, nada mais natural que ser outra canção de forte tom político, só que dessa vez cheia de metáforas, mas ainda facilmente compreensível. A letra inteira é ótima, não vou perder tempo destacando esse ou aquele trecho. Uma crítica feroz a uma sociedade que não muda.

    Mais um clássico 'legiãourbanístico': "Conexão Amazônica", com seus geniais versos "Estou cansando de ouvir falar em Freud, Jung/Engels, Marx, Intrigas intelectuais/Rodando em mesa de bar em bar". Como sempre, uma versão bastante cristalina, mas ainda assim com bastante peso. As batidas tribais quando Dinho grita "Os tambores da selva já começaram a rufar", dão todo um charme. "E você quer ficar maluco, sem dinheiro/E acha que está tudo bem/Mas alimento pra cabeça nunca vai matar fome de ninguém".

    Outra romântica, essa é "Submissa", contando sobre uma garota que faz tudo que o eu-lírico manda. A letra é a mais simples o possível, com Dinho vociferando versos como "Conheci uma garota submissa" e "Tudo que eu mandava/Ela fazia", mas a canção é empolgante pela sua garra punk e agressividade guitarrística, com timbres bem pesados. Yves 'tá fazendo um bem danado pro Capital!

    "Que país é esse?/É a porra do Brasil!", é o que você vai sentir vontade de gritar assim que os conhecidíssimos e empolgantes acordes de "Que País é Esse?" adentrarem os seus ouvidos. "Nas favelas/No senado/Sujeira pra todo lado/Ninguém respeita a constituição/Mas todos acreditam no futuro da nação!", são versos que ainda soam terrivelmente atuais. Perguntaram para os irmãos Lemos se eles não achavam que soariam datados com essas músicas superconhecidas. "Quando começamos a gravar essa música", disse um deles, "apareceram as primeiras denúncias sobre o mensalão. Parecia que a música tinha sido escrita no mês passado". Mais pesada, e com vocais mais agressivos que o de Renato, mas não sei se superam o clássico intérprete... Mas isso é um clássico que ninguém estraga. Podem viajar!

    "Baader-Meinhof Blues Nº 1" não tem muito a ver com a "Baader-Meinhof Blues" superconhecida (gravada inclusive pelo Charlie Brown Jr.). As guitarras punks introduzem a música com fúria, e a bateria está mais alta que nunca. "Eu não quero ser tão cego assim/Que nem vocês/Que nunca fazem nada mesmo/Controle/ Autocontrole visual". A música está totalmente seca, na lata, com Dinho mostrando um vocal completamente despinguelado e rasgado. Pode até assutar quem está acostumado com os pop-rocks que a banda vem gravando...

    A próxima é "Anúncio de Refrigerante", a música mais lenta, com uma guitarra bem elétrica, e com uma letra bastante urbana, mostrando uma visão bem decadente do cotidiano das pessoas, bastante visual; as imagens formam-se na sua cabeça ao passar da música. Apenas voz e guitarra, dando um resultado muito bom, quebrando o clima em uma ora bem a calhar. Até a "balada" (seria esse o termo certo?) desse disco é mais agressiva que a maioria das baladas hoje em dia...

    Contagem de um a quatro novamente para a música "Heroína", um punk rock que cai em versos magoados e um baixo que se destaca na música. Uma letra bem junkie, que mostra um desejo de isolar do mundo "Nada/Não vejo nada/Não sinto nada/Não espero nada", canta Dinho. Não quero puxar o saco... mas caramba, Yves! Desse jeito a galera acha que você é melhor guitarrista de Rock do que de Metal. Eu pelo menos já estou achando.

    Tome paulada na orelha! "Despertar dos Mortos" é ferocidade musical no tutano dos ossos. Letra engajada, falando sobre a exploração dos nossos recursos por estrangeiros e corrupção no nosso governo. "Vocês de esquerda/Vocês de direita/São todos uns babacas e velhos demais/Vivendo em intrigas e em tempos atrás/ Acabem com a merda e nos deixem em paz". A música foi composta há mais de 20 anos, mas a letra é tremendamente atual. O riff de Yves é simplesmente contagiante, acompanhado pela excelente cozinha. "Fuga de rico é televisão/Fuga de pobre é religião/Roubaram o verde/E o amarelo também/Protejam o azul e o branco alguém/Como roubar mais de quem nada tem?"

    A mais destruidora do álbum, essa é "Veraneio Vascaína", com o riff mais pesado, feroz, brutal e etc. e tal da bolacha. ""Se eles vêm com fogo em cima é melhor sair da frente/Tanto faz, ninguém se importa se você é inocente/Com uma arma na mão eu boto fogo no país/E não vai ter problema, eu sei, eu estou do lado da lei.", canta Dinho, com vocais cuspidos. A bateria está quase rompendo o bumbo, as guitarras parecem que vão estourar os amps, e Dinho parece que vai perder a garganta. Uma pérola punk.

    Um grito de Dinho emenda a música com a sucessora "Construção Civil", lenta e densa, mas que sempre parece perigosamente perto de explodir em uma avalanche de fúria punk. Mas o refrão se contém. Novamente uma letra urbana, biográfica, mostrando todo o cotidiano na época.

    O que seria de prestar tributo ao Renatão e não colocar "Geração Coca-Cola"? Na minha opnião, uma puta de uma heresia. A música está pesada e mais rápida ainda. Não tem mais aquele espírito de adolescente revoltado, o que impede a versão cover de ter a mesma importância da original. A letra todos devem conhecer, mas o refrão nunca é demais: "Somos os filhos da revolução/Somos burgueses sem religião/Nós somos o futuro da nação/Geração Coca-Cola"... Tá aí uma música que o Capital acertou de mão cheia, ficou uma das melhores do álbum.

    Caminhando para o final, temos agora "Música Urbana". Não haveria melhor forma de sintetizar o Capital Inicial, o Aborto Elétrico e o Legião Urbana, senão o título da forma. Assim como a música de abertura do álbum, é uma revolta contra todo tédio e chatice, e toda a decadência. Guitarras pesadas, e dando um ar que combine com o título da música, parece que a banda a gravou no meio de uma rua movimentada, cheia de reviravoltas.

    "Benzina" é a mais distorcida do álbum, com a letra censurada pela gravadora por conter mensagens sobre vício em heroína, abstinência e cheirar benzina. O Capital Inicial recusou-se a retirar essa música do álbum, e distorceu a música até os vocais ficarem quase inaudíveis - mas se você prestar atenção, até dá para distinguir alguma coisa. No encarte do álbum, um gigantesco "CENSURADO" ocupa o lugar onde deveria estar a letra.

    Como eu citei ao longo dessa resenha, as principais características desse álbum são peso, agressividade e rapidez. Consegue citar cinco bandas no mainstream nacional do Rock And Roll que saibam tocar com tanta garra, honrando suas influências e fazendo algo realmente marcante? Minha contagem para no três ou quatro.

    Aonde quer que Renato Russo esteja, com certeza deve estar com um grande sorriso no rosto.

    Marcadores:

    posted by billy shears at 8:28 PM

    8 Comments:

    Anonymous Anônimo disse:

    PUTAQUEOPARIU

    Uma das melhores resenhas que já li aqui, de um dos melhores álbuns nacionais que eu conheço.

    Aqui entre nós, o Capital Inicial não andava na sua melhor fase, esse cd me surpreeendeu MESMO.

    Nem tenho o que dizer o.o

    "Aonde quer que Renato Russo esteja, com certeza deve estar com um grande sorriso no rosto."
    Fodaaa

    9:53 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Zero,
    Devo dizer-lhe: você é um ótimo crítico. Não sou fã de Legião nem Capital Inicial, porém ao ler suas linhas me deu muita vontade em ouvir este álbum.

    Um abraço,
    Luis
    luismilanese.wordpress.com

    10:29 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Puta merda! Esse CD é fda pra caralho, demais mesmo.
    Merece nota 10.

    10:30 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Eu quero eesse cd!
    Nooossa! É bom demaaai cara!
    Viva Renato, Aborto e Capital!
    \o/
    Beiiijos!

    2:23 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Legal o review cara, o Aborto Elétrico marcou muito o rock nacional q sofria muito com a censura, algo bem sincero musicalmente q hoje é dificil ver no rock nacional.

    Abraço ;D

    5:41 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    eu nao gosto de capital..
    só de legiao!

    2:23 PM  
    Blogger natália; disse:

    não curto mto o capital inicial de hj, só algumas músicas msm.. mas eles trouxeram o Rock de novo! e isso já basta!

    esse álbum é mto bommm :D
    um dos melhores álbuns da história do rock nacional

    mto mto mto mto bom!

    ótimo post!

    3:31 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    o album é realmente bom! Parabéns para o capital inicial, e claro para o noso renato russo.

    5:32 PM  

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