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    sexta-feira, janeiro 06, 2006
    Radiohead - OK Computer

    Senhoras e senhores, cá vos são apresentado um dos álbuns mais revolucionários dos últimos tempos. Uma daquelas obras que tem o mérito de ser chamado de marco. Toda década tem alguns discos que a definem. Mas “Ok Computer” é uma das maiores representações do que a música se tornou nos últimos anos.

    Quando toda a ideologia e esperança acabaram e bandas como Nirvana e Alice In Chains lamentavam sobre o quão podre nós nos tornamos, quando Nine Inch Nails caía em um buraco cada vez mais fundo, Marilyn Manson ironizava a sociedade cada vez mais, o Pantera e o KoRn promoviam a misantropia, o Green Day cantava sobre as amarguras de ser um adolescente fútil e entediado, o Faith No More transformava o fim de um sonho de um mundo melhor em um fóbico pesadelo... Lá na Inglaterra, um tal de Thom Yorke resolveu cravar seu nome na História da música abordando todos esses quesitos em um triste conto de um alguém qualquer, que poderia ser qualquer um... Eu, você, Thom Yorke...

    O Radiohead com esse disco deixava de ser apenas uma banda de rock alternativo com letras auto-depreciativas, para então, se tornar um dos grupos mais exóticos dos últimos anos. E é clássico, atente, sem não ter nem uma década de história. Eu podia esperar mais um ano para resenhar os 10 anos de OK Computer, mas prometo que o homenageio de alguma outra forma quando a hora chegar.

    Thom, cantando e tocando guitarra e teclado, ao lado das guitarras de Ed’O Brien e Jonny Greenwood, o baixo Colin Greenwood e a bateria de Phil Seway, é o responsável por um disco conceitual assustador. Insistem em comparar o conteúdo como uma ‘versão digitalizada’ de “Dark Side Of The Moon” do Pink Floyd, mas não se esqueça: Pink Floyd é Pink Floyd e Radiohead é Radiohead.

    A temática do disco é da dominação da máquina sobre o homem. Não, não como um filme futurista onde máquinas com inteligência própria subjugam o homem. Mas sim como a nossa própria criação acaba por nos engolir: Computadores, carros, televisão, indústrias, enfim... Acabamos perdidos e desorientados em meio a uma selva de tecnologia último tipo.Dá até para traçar uma comparação com um disco lançado próximo a esse – “Mechanical Animals” do Marilyn Manson. Não como um todo, é claro, já que cada um tem seus próprios méritos (tanto sonoros como líricos), mas no que se trata à crítica feita da transformação do homem em um mecanismo, da nossa transformação de “homens para andróides”.

    Uma melodia gélida de guitarra inicia “Airbag”, com a bateria a acompanhando logo após. Porém, logo entra o vocal apático e sem emoção de Thom Yorke. “Num carro alemão veloz, estou impressionado que eu tenho sobrevivido... Um airbag salvou minha vida”. Isso causa no eu lírico a impressão de que ele seja o escolhido, que tenha renascido de um sono profundo, para então salvar a humanidade. A música seria linda, caso não fosse tão gélida, mas decerto é bem emotiva... Um ruído eletrônico acompanhando os instrumentos dá a faixa por encerrada.

    "Paranoid Android" é uma das maiores obras primas do Radiohead. A música é brutalmente calma, quase nunca explode, correndo por cima de melodias tristes e um vocal sublime de Thom Yorke. A letra, apesar da difícil interpretação, é um retrato da obsessão humana pela conquista imediata, e também de sua egocentria. O ‘eu’ da canção começa a sentir grande desprezo pela sociedade. Interlúdios de baixo, explosões guitarreiras, um solo de guitarra viajante e momentos fúnebres pintam um quadro audiovisual. São seis minutos de pura grandeza, onde Yorke demonstra ter um sentimento incomum ao cantar suas músicas. É realmente difícil descrever com exatidão a grandeza da música, mas esteja certo que é uma música que define o mundo em que vivemos com perfeição.

    Com uma aura melancólica e ao mesmo tempo futurista, começa “Subterranean Homesick Alien”. O eu lírico se vê sozinho no mundo, vendo todos sendo enganados e controlados. “... todas essas criaturas estranhas/que trancam seus espíritos/fazem buracos para si mesmos/e vivem para seus segredos”. Ele não se sente parte desse mundo, e deseja desesperado que as pessoas do seu planeta natal o tirem dali imediatamente. E ele lamenta estar sendo enforcado por quem controla as ‘criaturas estranhas’. A música termina repentinamente, após Thom comover com seu vocal desesperador e sufocado.

    Exit Music (For A Film)” é iniciada calmamente por um violão. Mais do que apenas uma música depressiva, a música, em toda sua frieza e tristeza, retrata o personagem querendo fugir com uma pessoa com quem se importa, de fugir do mundo antes que todos percebam. No final, o mundo percebe, e despreza o personagem por ele ser tão arredio, isolado e desesperado para fugir. “Nós esperamos que você sufoque, nós esperamos que você sufoque”, canta Thom alto, junto com um instrumental crescendo. A espiritualidade de Thom não é algo desse mundo, é algo indescritível. A música desce a ladeira até acabar repentinamente.

    Let Down” vem com lindas melodias de guitarra e teclado, acompanhado por uma cozinha monolítica, mas com um refrão emotivo, interpretado magistralmente por Thom. O tédio toma conta do personagem. “Não seja sentimental, isso sempre termina em conversa fiada”, diz a voz de Yorke, sem emoção alguma. Ele está desapontado com tudo e todos, mas agora o tédio já tomou conta de seus dias. Mais um retrato da geração 90, totalmente sem esperanças e procurando válvulas de escape onde puderem. A máquina que domina o homem é ouvida novamente, com efeitos eletrônicos infestando alguns momentos da música.

    Com violões e teclados criando algumas das mais belas melodias já criadas na história da música, tem início “Karma Police”. Mostra como nós agimos inconscientemente: controlando e expulsando os rebeldes e felizes com nossos próprios comportamentos. “Karma police/Prendam este homem/ele fala em matemáticas/Ele zumbe como uma frigideira/Ele parece um rádio fora de sintonia”. “Isto é o que você ganha quando mexe com a gente”. Lá para o fim da música, Thom se emociona totalmente, e o seu vocal cresce, cheio de sentimento, criando um momento único, de arrancar lágrimas. Mais uma vez a máquina é ouvida, acabando com os violões em tom crescente, até apenas sobrar um irritante ruído eletrônico que dá a música por finalizada, de forma tremendamente fria.

    Um sintetizador de voz, apelidado por Thom Yorke de “Fred”, discursa em “Fitter Happier” ao lado de um piano gélido. A letra são as ordens dada as pessoas, como se fosse uma receita para a felicidade. As letras de todas as músicas estão desordenadas no encarte, exceto dessa música, para demonstrar que “homens fazem tudo errado, máquinas fazem tudo certo”. A tradução do nome da canção (“Mais ajustado, mais feliz”) é uma ironia tremenda. Ao fundo, se ouve um sampler discursando sobre alguém que acabou de fugir da programação: “Este é o Panic Office, a sessão nove-dezessete pode ter sido atingida. Ativar o procedimento padrão”. Ao que parece, chamar a “Karma Police” para caçar o personagem do álbum.

    Electioneering” é uma das mais furiosas do álbum, mas ainda assim também é cheia de sentimento e melodias viajantes. O personagem principal desafia os políticos. “Proteções de revoltas, economia de vodu, São apenas negócios, o gado estimulando o FMI, Eu confio, eu posso confiar em seu voto!”. Tanta hipocrisia aceitada naturalmente está revoltando o eu lírico cada vez mais, e ele se sente cada vez mais como um inimigo dos agentes controladores, motivado pela salvação que o airbag lhe proporcionou.

    Diferindo totalmente da anterior, entra “Climbing Up The Walls”, com a bateria sendo socada lentamente, com um baixo lento e sufocante compartilhando espaço com tristes melodias de guitarra e teclados. Os agentes do governo querem controlar o ‘eu’ da música. “Não chore nem dispare o alarme/Você sabe que seremos amigos até a morte”. Quem controlada tudo quer garantir de qualquer jeito que é amigo do desesperado personagem. Thom está quase irreconhecível, mais sombrio e distante do que nunca, sendo apoiado também por um desordenado grupo de 16 violinos, misturados a sons eletrônicos, onde se sente cada vez mais perdido, onde nada mais pode ser salvo da grande máquina que tudo controla e todos aceitam. Thom Yorke berra, berra e berra desesperado no final da canção, sabendo que nada o salvará, mas clamando por salvação.

    Então, ele foi finalmente dominado. Um teclado melancólico e um baixo constante dão espaço para os violões entrarem. Essa é “No Surprises”. Ele ainda conserva alguma indignação pelo governo, mas promete levar uma vida tranqüila, descrevendo sua nova vida (“Uma casa tão bonita/E um jardim tão bonito”.) como se estivesse hipnotizado. E ele pede para nunca mais acordar disso, para nunca mais o perturbarem. Ele quer viver essa mentira. “Sem alarmes, sem alarmes, sem alarmes, e sem surpresas, por favor,”, diz a voz robótica de Thom Yorke. É, talvez, a música mais simples do álbum, mas a dramaticidade e seu significado a fazem ter um valor gigantesco.

    Lucky”, arrastada e sombria, mostra um ser humano agindo em uma programação padrão, com um romance inseparável, com dias supostamente gloriosos e com uma ambição cada vez mais gigantesca. Thom não se emociona na música, apesar de cantar forte e alto em alguns momentos, soa apático e frio como nunca. Apesar disso, a guitarra está com tanto sentimento que é capaz de arrancar lágrimas dos mais sensíveis. Thom dá um ponto final na canção com sua voz nunca perturbada por nada e sempre perturbadora. “Nós estamos nos mantendo na extremidade”.

    E então, finalmente, vem “The Tourist”, com as melodias de guitarra mais tristes do álbum e alguns dos vocais mais frios. O personagem escapou de tudo, mas ninguém mais o nota, ele virou um fantasma para o mundo, o instrumental é propositalmente vazio, apenas uma melancolia que nunca explode... Nenhuma raiva, apenas tristeza. Nenhum desespero, apenas a sensação de estar em torpor e cair em um espaço vazio, que apenas ressoam emoções repentinamente - daí o instrumental crescer e quase desaparecer em uma freqüência imperceptível. “Devagar aí, devagar aí”, canta Thom Yorke, junto com melodias carregadas, quase fúnebres, pedindo para adormecer, entrar em hibernação, entrar em outro mundo, não ligar para nada mais que venha de fora. A música termina tão repentinamente que se fica perplexo que tenha acabado dessa forma. Incompleto? Não. Talvez a representação da incursão do rebelde dentro dos padrões.

    Mais que rebeldia pura e simples, “OK Computer” é uma das obras definitvas da década passada, e que continua terrivelmente atual e verdadeira. Uma profusão de melancolia, beleza, desespero, vontade de ir embora, o sentimento insuportável de ser dominado, o sufocamento simultâneo ao torpor de ser dominado... É tudo isso e um pouco mais.

    Se você ainda não ouviu esse disco, está perdendo algo simplesmente imperdível. Uma das bandas mais famosas, representativas e inteligentes de todos os tempos. Tudo isso é pouco para definir os autores dessa genial obra, que conta apaticamente, uma história sem início, nem fim, apenas uma passagem terrivelmente comum de alguém que ao tentar agir contra o inconsciente coletivo e ser botada nos trilhos logo após. Como já dito, o que assusta é o fato de isso poder acontecer com qualquer um, mas que lutar contra a máquina que engoliu a civilização já é um jogo perdido, sem possibilidades de muitas ações ou feitos grandiosos. Apenas o reparo imediato de uma máquina que estava tendo avarias no seu funcionamento.

    Marcadores:

    posted by billy shears at 1:58 AM

    9 Comments:

    Anonymous Anônimo disse:

    ah esse album dispensa comentarios. é foda demais. sua resenha ta do caraio tb, p variar aiuduiashd

    2:42 AM  
    Anonymous Anônimo disse:

    eu acho o ok computer muito bom, mesmo não tendo ouvido todo :B
    mas as minhas músicas favoritas do radiohead tão mesmo no the bends, mesmo todos achando o ok computer "aquela maravilha", o cd é bom mesmo.
    radiohead é tudibom
    resenha foda

    :*

    3:01 AM  
    Blogger Agatha disse:

    radiohead *-*
    oh god, radiohead *-*
    ok computer *-*
    oh god, ok computer *-*

    lindo, lindo, lindo, lindo

    ótima resenha be xD

    the bends e kid a também são maravilhosos!

    off: nao vai ter nenhuma resenha de pumpkins não? quem sabe do mellon collie? =P

    hahaha, xD

    beijos e parabens

    2:12 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Porra, gosto muito de Radiohead.
    Ainda não ouvi esse cd todo, mas Paranoid Android e No Surprises são supremas!!!!

    No alarms and no surprises, please

    beijooo

    10:25 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Porra! Caralho...Porra!
    Não tem o que dizer, esse album é muito fudido!!
    Radiohead é uma banda foda demais, me identifico pra caramba!
    E a resenha tá fodedora também...
    te amo ber :*

    2:56 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    hohoho
    taqui o prometido comentário ;D
    mew, esse disco é mto foda, pqp!!!
    Da resenha nem falo nada viu... um dia eu ainda vou fazer uma resenhaaaaa! tá! =ppp
    oehaoehaoe
    Radiohead é mto doido, mto mto mto doido, hauahua eu lembro dos clipes da Karma Police e Paranoid Android quando ouço falar desse disco, são mto legais. XD~
    bjaoo =***

    5:42 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Radiohead é mto foda! Eles só podem ser de outro planeta. Só eles mesmo pra fazer um cd como esse. Simplesmente do kralho.

    Parabens pela resenha! Foi a melhor q eu já li.

    *Flanela*

    1:29 AM  
    Blogger Reinaldo disse:

    Álbum sensacional!!! Realmente sem comentários, assim como a resenha sobre o mesmo!

    7:30 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Melhor álbum de todos os tempos.

    6:11 PM  

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