Finalmente a volta de uma das bandas mais marcantes do Death Metal, estamos falando logicamente do Obituary.
O Executioner, que mais tarde mudaria o nome para Obituary formado hoje por Trevor Peres e Allen West nas guitarras, Donald Tardy na batera, John Tardy nos vocais e Frank Watkins no baixo, nasceu na grande cena de Death Metal que explodiu na Flórida ao final da década de 80 e começo da década de 90, junto com Obituary surgiram bandas como Morbid Angel e Cannibal Corpse, assim disseminando o estilo, e a cena na Flórida foi sem dúvida a cena mais importante para o surgimento e crescimento do Death Metal.
Com influências de Celtic Frost, Venom, Slayer e Possessed, fazendo um death metal puro e direto, abordando temas como vida, morte, e no começo até gore, a banda ganhou repercussão após o segundo trabalho, o Cause Of Death, considerado por muitos como um dos maiores clássicos do Death Metal, mas o álbum em que marcou o auge do Obituary foi o terceiro trabalho, o The End Complete que vendeu 100.000 copias nos EUA, e 4 milhões pelo mundo, assim transformando o Obituary em uma das maiores bandas do estilo.
Os anos se passaram e o Obituary continuou lançando bons álbuns, mas a banda interrompeu suas atividades em 1997, e passaram-se 7 anos e parecia que era mesmo o fim de uma das bandas mais tradicionais de Death Metal. Mas quebrou a cara quem achava impossível a volta do Obituary, pois este ano a banda voltou com toda a força e fúria, já participando de um dos maiores festivais de metal do mundo, o Wacken Open Air, juntamente com um novo álbum, intitulado como Frozen In Time (O título é bem apropriado para a volta deles, significa “congelado no tempo” que pode se referir que eles continuam fiéis ao Death Metal), álbum que irei resenhá-lo agora.
O álbum começa com Redneck Stomp, a faixa é uma introdução instrumental, dando uma idéia do que virá pela frente, Trevor Peres fazendo riffs bem elaborados e uma das melhores distorções na guitarra que o Obituary já utilizou, bateria de certo modo até cadenciada, mas com grande evidência nos bumbos duplos, e o baixo acompanhando bem os bumbos de Donald. Algumas paradinhas em certos trechos da faixa dão um charme a mais para a introdução.
A segunda faixa já começa com a destruição, On The Flood tem uma pegada notória de Hardcore nos riffs, John abre com um vocal marcante que todos conhecem de longa data, seu vocal parece ecoar na faixa, Trevor Peres com riffs acelerados, e uma batera com grande pegada Thrash Metal e acelerando em alguns momentos, em outros cadenciando um pouco, o solo rápido e bem distorcido das guitarras, enfim um prato cheio para a bateção de cabeça.
Agora uma das melhores faixas do álbum sem dúvida, Insane é uma das faixas mais animais do Obituary, começa com um riff pra nocautear qualquer um, um petardo, talvez o melhor riff do álbum. E a metralhadora é a batera, Donald te massacra com os indomáveis bumbos duplos, sem falar em John que berra na sua cabeça “Insaneeeeeeeeeee”, fazendo você delirar com a fúria de um dos reis do Death Metal. Uma das faixas mais destruidoras que já ouvi, e como característica marcante do Obituary ela fica arrastada um pouco para depois voltar arregaçando tudo. Faixa para se matar de balançar os miolos!
Blindsided começa com um riff arrastado, sem influência Hardcore desta vez, o instrumental acompanha a intensidade do vocal de John, a faixa é muito legal, a batera de Donald é criativa e executa ótimas viradas e os berros de John no refrão acompanham os pratos de Donald, os riffs no refrão são cheios de paradinha fazendo também a faixa ficar interessante.
Back Inside começa com um riff muito bom, e como em Insane, os pedais duplos de Donald acompanham os riffs como uma avalanche, as guitarras fazem riffs massacrantes e rápidos, onde no final parece um ataque supersônico, a batera começa a amacetar sua cabeça e John parece gritar “Back Insideeee” dentro de uma gruta, a faixa é a mais curta do álbum, mas uma das mais legais, e vamos para o bate cabeça!
Mindset é bem no estilo de Blindsided, death bem arrastado e com um clima meio mórbido, ela segue com grande trabalho instrumental, principalmente as guitarras que variam muito, mas cadenciadas e com um peso todo, as linhas de baixo de Frank acompanhando as batidas da batera, e John cantando com uma força descomunal, passando todo sentimento de fúria, talvez a faixa mais sombria do álbum.
Outra faixa com influência de Hardcore é Stamp Alone, essa aí é para abrir roda de mosh, tem a guitarra base rapidíssima e a solo fazendo solos curtos no começo da música, riff moedor e batera rápida são as características principais da faixa, e é uma faixa bem diversificada contando com diversos solos curtos e as paradinha onde você só ouve a guitarra roer sua cabeça e o vocal de John berrar com todo ódio. Ótima faixa.
Caramba, que riff é esse? Que começo de faixa é esse? O Trevor Perez quer me matar com esses riffs destruidores, esse é um dos melhores riffs do álbum e seguindo esse riff, Donald socando a batera com força, depois desse começo, ela segue arrastada com John cantando com tudo e depois volta para a destruição, com direito a pedal duplo de Donald e riff esmagador de Trevor Perez, quebra o pescoço de tanto balançar a cabeça, que faixa excelente!
Sinceramente é brincadeira o que Donald Tardy faz nos bumbos, ele é muito criativo e rápido, Denied tem como referencial os bumbos duplos descendo a lenha e as palhetadas rápidas da dupla Trevor e Allen, ela também cadencia em alguns pontos e na faixa há talvez o melhor solo rápido do álbum. O legal também fica quando John canta, sua própria voz faz a segunda voz.
Ultima faixa, Lockjaw é a faixa mais longa, e ela começa baixa e vai aumentando, ela começa com uma batida muito legal, e uma bateria que faz lembrar Troops Of Doom do Sepultura no começo, depois segue com um riff muito bom cadenciado, depois parte para a aniquilação quando o vocal de John entra, vira o caos em forma de música, bateria insana e guitarras fritando a alma, você tem vontade de quebrar tudo, socar tudo, e depois disso a faixa volta a cadenciar com um ótimo riff, até encerrar. Uma faixa de encher os olhos e de fechar com chave de ouro a volta do Obituary!
Um álbum criativo, um álbum diversificado, sem deixar de ser fiel ao estilo, me desculpem o termo, mas o álbum é fudido, e um dos melhores álbuns de Death Metal de 2005. Foi dificil consegui-lo e fazer a resenha, pois o álbum ainda não foi lançado no Brasil, mas se tratando de uma das melhores bandas de Death Metal, qualquer esforço é válido. Um álbum que eu recomendaria do Obituary seria, para falar a verdade todos são excelentes, mas especialmente o Cause Of Death cujo planejo fazer uma resenha em breve. Um volta em grande estilo do Obituary e quem sabe podemos conferir uma turnê deles pelo Brasil? Seria uma viagem ao inferno!
Marcadores: Resenhas
8 Comments:
o_o
Nossa.
Ma que resenha foda.
Eu quero esse álbum pra mim.
Vou baixar de você no Soulseek >)
parabéns rapaiz.
Eu tenho o Curse of Death. Muito bom... *-*
Esse eu ainda não ouvi todo, mas tenho umas 3 músicas em formato mp3.
Ótima resenha.
\,,/
obituary me cansa na metade do cd, porém a resenha tá FODEROSA de verdade, pq afinal, quem a fez tem talento e o jeito pra coisa (x
fofão, mora no meu coração
Tá, não é a primeira vez que eu comento uma resenha de uma banda que não conheço, mas enfim...
Eu não vou dar palpite já que não conheço o som dos caras, mas achei a capa legal e a resenha ótima ^^''
Te amo, Pedro ;****
Hail Orc !
puta q me pariu rapaiz...a resenha fico foda...descreve certao o album, q diga-se de passagem é destruidor msm!...descreveu tudo mt bem...parabens pelas resenhas ae porra!
e com certeza esse album do Obituary tá mt fudido !
tah faltando c faze uma resenha dum black metal fudido aqui cara!
rgahgrahgrhagrhaghrgahgra
mas de boa cara!
e...é nois no show do Krisiun e Claustrofobia !!!aAaaarrrrRRrGGggGghh!
vai c foooda!
T+ ae!
parabens pelas merdas escritas !
a musica insane é perfeita .. alguem tem a letra dela ai ? se tiver me avise. ou me adicionem ai . Sir_guitars@hotmail.com. valew ai .
E ai rapeize!
Em primeiro lugar parabens pelo blog e seu(s) administrado(res), sou novo por aqui, na verdade cheguei por acidente, estava pesquisando sobre resenhas de albuns já famosos e dei de cara com uma resenha do Obtuary.
Fã de Deth, como sou, não pude deixar de ler, gostei do entusiasmo do critico, ao descrever as faixas, realmente me fez entrar no album sem ouvi-lo, parabens novamente!
Sei que sou novo por aqui, mais gostaria de deixar um pedido; Acho que seria interessante uma resenha sobre a banda "Psycroptic" que recentemente lançou u albun (perdoem a expressão) FODASSO!!!, chamado "Ob(Servant)", Tech-Deth-Metal incrivelmente presiso, trabalhado e principalmente destrutivo.
Acho que seria uma otima pedida, para quem já conhece a banda e para quem não conhece passar a saber o tamanho da massa destrutiva sonora que ela faz.
Abraço a todos
EXE.
Postar um comentário
<< Home