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    quinta-feira, novembro 17, 2005
    Black Sabbath - Volume 4


    Poucas bandas na história conseguem a proeza de lançar cinco ou seis álbuns seguidos acima da média; Beatles,Led Zeppelin,Pink Floyd...Um grupo seleto que é contado nos dedos. Black Sabbath é uma dessas bandas que conseguiu realizar tal feito. Mas, para todos os efeitos, o álbum resenhado aqui mudou minha vida totalmente. Nem "Black Sabbath", "Paranoid" ou "Children Of The Grave", entre outras músicas dos três primeiros álbuns tinham me preparado para o que eu ia ouvir em um cd que eu comprei quando ganhei dinheiro de aniversário. Pueril isso, até, mas significativo para mim.

    Vamos começar falando da capa. A capa evoca o que era um show do Black Sabbath-simples e direto, assutador e fascinante. A capa é estupidamente simples, não chega nem perto das complicações filosóficas que as capas dos álbuns do Pink Floyd geravam, nem é uma obra de arte como capas do Led Zeppelin e Deep Purple. Mas, diante de tal condensação de emoções em uma só figura, paira no ar uma pergunta: "precisa de mais?"

    Três discos lançados, e a mídia pouco se importava com os quatro mórbidos de Birmingham. Aliás, enquanto os álbuns da maioria das bandas clássicas lançados nesse período eram exaltados, o Black Sabbath recebia uma avalanche de críticas pela mídia especializada. Diziam que "Black Sabbath é música de ogros" e "Os riffs compostos por Tony Iommi parecem coisa de débil mental". Volume 4 foi um dos maiores "cala a boca" já vistos na história da música.

    Ozzy havia progredido no vocal-não desafinava tanto, cantava mais forte e mais alto e além do mais, já tinha sua voz eterna e única no Heavy Metal e na música em geral. Aquela voz que vai continuar eterna por todo o sempre, aquela que você reconhece de imediato.

    Tony Iommi lavava a fama e a alma. Criou solos elaborados, absurdos e viajantes, e desenvolveu riffs mórbidos, pesados e assustadores, aprimorando ainda mais o que fora feito nos álbuns anteriores, com evidente influência de rock progressivo.

    Geezer Butler. Um monstro no baixo, com seus dedos magoados e calejados enchendo o seu cérebro de sons graves delirantes, que, junto com Iommi e Ward, desenvolviam uma sonoridade que ia além do blues pesado executado pelas bandas da época.

    Bill Ward, o ogro na bateria. Tocando alto e forte feito Jonh Bonham, criativo e preciso feito Ian Paice. Viradas, levadas e passagens únicas e de tirar o fôlego. Não há como não ficar perplexo ouvindo esse monstro espancando a batera.

    Outra coisa: o Black Sabbath resolveu se livrar da imagem de "banda satanista". Eles eram uma banda disposta a falar muitas verdades que precisavam ser ouvidas. Daí a sonoridade mórbida, eis o por que de eles terem sofrido tanta censura. Em "Volume 4" o Black Sabbath ia fundo em temas como depressão, solidão, utopias frustradas e coisas assim. Não que eles nunca tivessem feito isso antes; é só ver as letras de "War Pigs", "Children Of The Grave", "Solitude" e "Into The Void", cheias de críticas ácidas à sociedade, misturadas com um enorme desânimo de viver neste mundo.

    Pois bem. Eu levo um soco no estômago toda vez que ouço a introdução de "Wheels Of Confusion". Um riff psicodélico, viajante e impressionante. "Há muito tempo, eu viajei pela minha mente, através de uma terra de contos de fadas, Perdido na felicidade eu não conhecia medos, Inocência e amor era tudo que eu conhecia, Era uma ilusão?". O riff não é coisa desse mundo, falando sério. Ele te leva a uma séria infinita de climas caóticos, mórbidos e belos. Sem contar as várias reviravoltas na música, onde Bill aproveita para espancar a bateria, uma levada que gruda no cérebro. O momento pré-solo te deixa nas nuvens, com a guitarra parecendo se distanciar, para repentinamente, pesar assustadoramente e Ozzy cantar desesperado. O último verso é extremamente negativista: "O mundo vai continuar girando quando você se for". A música pára. Para então, entrar "The Straightener", uma passagem instrumental onde ocorre a passagem de teclados e o Anthony Frank Iommi detonar um dos melhores solos de todos os tempos. Uma coisa fora de série.

    Entra logo o riff agitado, balançado, quase hard, com uma cozinha deliciosamente grooveada. Essa é "Tomorrows Dream", uma música que você gira a cabeça, pula, grita... E delira ainda mais. A música tem paradas repentinas muito bem sacadas. Ozzy canta no refrão, levando o ouvinte ao delírio: "Quando tristeza enche meus dias/É hora de se mandar/E então os sonhos do amanhã/Tornam-se realidade para mim". Uma série ininterrupta de levadas e passagens de bateria e guitarra repartem espaço na música. De deixar boquiaberto.

    Piano e voz em "Changes". Uma balada dócil, com um Ozzy triste, cantando sobre uma companheira que partiu. A letra surgiu de uma parte improvisada que a banda tocava nas versões ao vivo de "Wicked World", música do primeiro álbum, cujo início de "Sometimes I'm Happy/Sometimes I'm Sad" foi transformado em "I feel unhappy... I feel so sad". Um desiludido Ozzy lamenta sobre o amor perdido e diz estar passando por mudanças. Tristes mudanças. O piano da versão original não foi creditado a ninguém, então não se sabia se quem tocou esse instrumento na música foi Iommi ou o próprio Ozzy, até que revelaram o nome de Don Airey, amigo de longa data da banda (e responsável pelos teclados de "Mr. Crowley", um hit da carreira solo de Ozzy).

    Uma das passagens intrumentais mais geniais e viajantes leva o nome de "FX", um trabalho da banda em cima de ruídos de guitarra e percussão. Sim, você pode até estranhar em um primeiro momento, mas após algumas poucas vezes, esse singelo momento vai te levar ao êxtase. Lembra um coração batendo, ou uma bomba dando seus avisos para explodir.

    "Supernaut" é a bomba explodida em questão. Um começo singelo na bateria abre logo para um riff arrasador, que faria todos os cemitérios do mundo acordarem para bater cabeça. Novamente, momentos guitarreiros e uma bateria criativa e empolagante com bumbos e pratos estourando no seu cérebro acertam em cheio. Outro solo de deixar boquiaberto é executado. Algo fora de série, que mais da metade das bandas do mundo não sonham nem em realizar. A letra fala sobre a utopia de todo homem ("Eu quero alcançar longe/E tocar o céu"), mas momentos revoltados causados pela frustração megalomaníaca ("Não obtive nenhuma religião/Não preciso de amigos/Obtive tudo que eu quero e não preciso fingir"). Ah, sim; No meio da música Bill Ward tem um momento só seu na bateria, que arregaça tudo, com certo suingue latino (sério!) e mostra com quantas baquetas se faz um baterista de verdade.

    Cara-de-pau e irônica, essa é a mais que clássica "Snowblind", com um riff viajante e um andamento arrrastado e delirante, com a letra falando sobre o uso de cocaína, só que usado como uma grande provocação a uma sociedade moralista. Ozzy sussurrando "cocaine" depois de cantar a primeira estrofe é místico, um momento único, inexplicável. E outro solo de matar a pau está presente. A música tem um momento mais pesado, onde as bases pesam, a bateria começa a ser espancada (aparententemente com os pratos sendo golpeados por martelos) e Ozzy berra "Você pensa que eu não sei o que estou fazendo?/Não me fale que está me fazendo mal/Você é o que é realmente um perdedor/Isto é onde sinto que eu pertenço". Detalhe: "Snowblind" ia ser o nome original do álbum. Foi demais pra gravadora: a mídia não ia suportar uma banda que, além da fama de sexistas e satanistas, serem também viciados. Para provocar, encontra-se uma frase bem singela no encarte: "We wish to thank the great COKE-cola company of Los Angeles" ("Nós gostaríamos de agradecer a grande companhia de COCA-cola de Los Angeles").

    O riff de "Cornucopia" não só mostra que o Black Sabbath é o pai do Heavy Metal, é influência direta no doom/gothic e black metal. Após esse assustador e arregaçante começo, a música ganha velocidade, com um baixo bem audível e uma bateria de pirar. A música parece falar na credulidade das outras pessoas e no fato de eles não serem bem-vistos e não se importarem com isso. O vocal de Ozzy está levemente mais forte e alto nessa faixa, o que fornece um toque mágico e único. "Você vai ficar louco/Eu estou tentando salvar seu cérebro!"

    A instrumental "Laguna Sunrise", feita por Iommi ao observar da janela do castelo (sim, um castelo) de onde o álbum foi gravado o nascer-do-sol, é uma das músicas mais belas já feitas. Cordas tocadas docilmente criam um clima de fazer chorar de emoção. Algo fora do comum. Poucas pessoas tem a mesma sensibilidade para criar algo similar a isso. Um clima poético, belo, místico.

    "St. Vitus Dance" talvez seja a mais alegre de um álbum tão deprimido e mórbido. Pra variar, sim, só pra variar, todos os intrumentos estão incrivelmente coesos, a música é guiada por riffs e bases fenomenais, Geezer te enforca com os sons graves, Bill enche o seu ouvido de baquetadas. A sensação é mesmo de estar moído. A música aparentemente fala sobre uma paixão que provoca sofrimento em uma pessoa, com Ozzy cantando uma letra que praticamente é uma auto-ajuda, mas de concisão realista.

    Uma porrada nos tímpanos, um jab no queixo, o que você quiser. "Under The Sun" é tudo isso e um pouco mais. Um riff infernal, grave, o mais pesado do álbum, que logo entra para uma parte intensa e frenética, com uma letra disparando contra tudo que acusam o Black Sabbath, uma letra genial: "Bem eu não preciso de fanáticos de Jesus pra me dizer sobre tudo isso/Nenhum mago das trevas para tirar minha alma/Não acredite na violência, eu nunca acreditei na sua paz/Eu abri a porta; minha mente se libertou". Outros versos também são um soco na cara: "As pessoas escondem a sua verdadeira imagem/Ficam correndo em corridas de ratos/A missa é realizada uma vez por semana/Em um mundo que faça você acreditar". A música repentinamente entra em um andamento mais rápido ainda, delirante, tente ao menos não bater o pé ouvindo essa música, já que eu balanço até a alma ouvindo essa música. O solo mais rápido, novamente de tirar o fôlego, chega a assustar de tão maravilhoso que é. Antes da música terminar com melodias mórbidas e ao mesmo tempo belas de guitarra, Ozzy dá um conselho de ouro: "Apenas acredite em si mesmo,/você sabe que não deveria ter que fingir/Não deixe que pessoas vazias tentem interferir no seu caminho/Apenas viva sua vida e deixe todos para trás ".

    O que ouvimos em "Volume 4" é simplesmente um dos maiores álbuns de todos os tempos, nível este que poucas bandas e artistas conseguem competir. Para quem acha que todas as músicas de Heavy Metal sempre foram e sempre serão repetitivas, a banda primordial do Heavy Metal mostra inteligência em alta e excelente musicalidade saindo em torrentes pelas caixas de som. Não é nenhum exagero considerá-lo genial. Libertador, inovador, visionário e influente. Uma daquelas bandas sem precedentes na história.

    Marcadores:

    posted by billy shears at 10:19 PM

    10 Comments:

    Anonymous Anônimo disse:

    porra vai toma no cu,vc escreve tao fodamente q eu vo comprar esse cd AGORA no amazon.com HUHUAHUAHU, black sabbath rox MSM, ozzy um deus, vc/....ah vc eh meu filho, seu preto! GYAAGY

    3:17 AM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Confesso,antes tinha um pouco de preconceito com o Black Sabbath,mas depois que começei a ouvir...adorei!Para mim a 3ª melhor banda! Vi esse cd lá na Musicale,quase comprei.Resenha pouco grande e pouco pela! xD
    =*

    3:17 AM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Ah eu prefiro resenhas impessoais, mas nesse caso eu acho q ok, eh seu disco e sua banda preferida, + eu queria fazer uma resenha pessoal tbm, pena q vc já resenhou meu album preferido da minha banda preferida xD...

    Ah, falando sobre a resenha, Sabbath eh legal, + eu prefiro Ozzy carreira solo

    3:18 AM  
    Anonymous Anônimo disse:

    BANDA FODA DA PORRA!VAI SER FODA ASSIM NA CASA DA SOGRA!
    AHHHHHHHHHHHHHH

    3:18 AM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Eu gosto do jeito que você escreve, Bernardo. TODAS as suas resenhas que eu já li me deixaram com vontade de sair correndo e comprar o álbum resenhado. E essa aí foi a melhor, na minha opinião.
    Black Sabbath é lindo, incrível, assustador... Uma banda que por si só já é maravilhosa, mas que conseguiu me encantar mais ainda depois de ler essa resenha.

    Parabéns! ^^

    3:19 AM  
    Anonymous Anônimo disse:

    essa e a primeira vez que comento, nunca comentei antes porque nao gostava dos albuns resenhados, mas como nao comentar na resenha do melhor album da melhor banda do mundo, so mais uma coisa voce disse que o nome do iommi e anthony frank iommi, o certo nao e frank anthony iommi?, me corrija se eu estiver errado, e parabens pela resenha

    3:20 AM  
    Anonymous Anônimo disse:

    meu... compartilho a sua opinião XD Black Sabbath é minha banda favorita tb o e mew... esse album é mto bom... nunca cheguei a tê-lo em CD mesmo... soh no pc
    Bom Lobo... ficou 10 sua resenha! congratz! o

    2:14 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Sem palavras...
    Esse simplesmente é o disco mais pesado de todos os tempos perdendo só para o Master Of Reality!!!
    A resenha ficou foda! ! !
    Ouvindo agora:Under The Sun com o baixo mais foda que o Geezer já fez!!!

    FUCK ALL TEENAGERS BANDS!!!

    2:15 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    ê zero xD

    sempre o mesmo jeito de escrever x]

    ainda prefiro o Live evil hsauohsuao xD

    flw ai

    2:15 PM  
    Blogger Robson disse:

    Comprei esse álbum ainda em vinil em 1980 na Loja Mesbla do bairro da Lapa - SP. Pra mim é o melhor álbum do Sabbath, pois lançou a banda pro mercado americano e também levou sua música pesada para Júpiter, Urano,Plutão, Marte etc etc....Parabéns pela resenha esse álbum é fantástico.

    7:09 PM  

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