Bem, falar sobre o quanto Judas Priest é uma grande banda, que seus músicos são ótimos, da sua importância e influência na cena Heavy Metal, e sempre se manteve atual e forte com seu som, ainda que tentem rotular como clichê, é chover no molhado. Porém, tudo de positivo que você ache na banda deve ser potencializado e tudo que você acha ruim deva esquecer um pouco esses defeitos, quando se trata de falar de Painkiller.
O álbum foi lançado numa fase em que o Judas andava meio desacreditado pelos fãs, devido ao teor comercial e/ou experimental de seus antecessores, como Turbo. Painkiller data de 1990 e possui uma sonoridade tão intensa, trabalhada e densa quanto em álbuns clássicos anteriores como Sad Wings Of Destiny e British Steel (isso para não citar mais uns quatro, para cima...).
Desempenhando o ótimo vocalista Rob Halford (diga-se de passagem, um dos melhores da história do Metal), com seus agudos e voz dominadora e instigante, a dupla de guitarras Glenn Tipton e K.K. Downing, que presenteia o ouvinte com riffs e solos cheios de peso, melodia, beleza, energia, velocidade e momentos cadenciados-certas vezes até na mesma música. Para completar, o baixo preciso de Ian Hill fazendo uma grande cozinha com a fera Scott Travis no comando da bateria.
Dar algum destaque para alguma música é difícil, pois todas possuem um nível tão grandioso de excelência que chega a espantar. Desde a faixa-título, que abre com um avassalador solo de bateria, segue com guitarras empolgantes e Rob lançando seus agudos de forma inacreditável, um berreiro maravilhoso. O solo não precisa comentar também, é de se deixar boquiaberto na primeira ouvidela.
O álbum segue com o heavy classudo e flamejante de "Hell Patrol", segue com os petardos "All Guns Blazing" e "Leather Rebel" e cai em outra das melhores faixas, "Metal Meltdown", com um refrão repetido na medida certa para se tornar endiabrado e empolgante.
"Night Crawler" não deixa a peteca da anterior cair, é outro Heavy Metal bom pra caramba. O padrão mantém em "Between The Hammer And The Anvil" e então "A Touch Of Evil" se mostra uma grande surpresa, destaque principalmente para as guitarras e o refrão. Quebra o clima rápido do álbum, mas nem de longe é ruim, muito pelo contrário.
"Battle Hymn" é um instrumental que abre espaço para "One Shot At Glory", que destila Heavy Metal tocado com bom gosto de novo, mais uma vez, com suas guitarras cristalinas e metálicas, tinindo de poder.
Painkiller é uma verdadeira aula de Heavy metal. Rob Halford é a figura de mais desaque da banda-de maneira alguma desmerecendo os outros integrantes-, mas a voz do indivíduo é mágica. Indo de tons agudos a tons graves, a voz dele com certeza pode ser considerada uma das melhores que o Heavy já teve a responsa de originar em seus 30 anos, ao lado de pessoal feito Bruce Dickinson (Iron Maiden), Geoff Tate (Qüeensryche), Ronnie James Dio (Rainbow, Black Sabbath, Dio), entre outros mil que merecem ser citados.
Enfim, Painkiller é um dos melhores álbuns do Heavy Metal, para lá de inspirado, com músicas bem compostas, de refrões bem estruturados, riffs, fraseados e solos de matar, cozinha porradeira, entre outros detalhes que poderiam ser usados para convencer. Heavy Metal feito por quem gosta para quem gosta. Judas Priest.
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