O The Who sempre pareceu (e foi) uma banda digna de figurar no panteão das bandas preferidas de qualquer um. Tinha Roger Daltrey, que impressionava pelo seu vocal rasgado, másculo e imposto, uma das primeiras vozes nas quais se pensa quando o assunto é rock; tinha os power chords ensandecidos e abrasivos de Pete Townshend; tinha os acordes sólidos, técnicos e rápidos do baixo de John Entwistle; e Keith Moon com sua técnica visceral e impressionante. Não obstante as qualidades musicais eram verdadeiros selvagens enlouquecidos, capazes de beber, cheirar e injetar todas e fazer do palco um lugar a ser devastado. Como Ron Asheton, guitarrista dos lendários Stooges, explicou uma vez, ir a um show do Who era uma experiência de pandemônio total – Daltrey girava o microfone como um helicóptero, Pete estilhaçava a guitarra no chão e depois a jogava contra os espectadores, Entwistle tratava o inferno que o cercava como um templo budista, e Moon fazia pouco caso da sua bateria, furando as peles, arremessando pratos e chimbal longe, chutando o bumbo sabe-se lá onde... Nenhum comprometimento com opiniões conservadoras, o puro espírito rebelde, inconseqüente e primitivo do Rock And Roll.
Sendo uma das poucas bandas sobreviventes da Invasão Britânica - juntos aos Rolling Stones e os Kinks - que assolou os Estados Unidos e conseqüentemente o mundo nos anos 60, o The Who já havia trilhado os caminhos do rock juvenil em “My Generation”, primou pelo experimentalismo em “A Quick One/Happy Jack” e “The Who Sell Out”, consolidou a ópera-rock com o clássico “Tommy” e ensinou o que era um disco ao vivo com “Live At Leeds”. E como no caso dos Stones, a banda não perdeu o fôlego por atravessar o ciclo dos sete anos a qual tantas bandas que fazem sucesso sucumbem. E o primeiro álbum de inéditas da banda dos anos 70 teve a difícil missão de manter o nível de toda essa trajetória meteórica.
E conseguiu. “Who’s Next” tem uma das capas mais insolentes já feitas por uma banda – o quarteto indo embora após urinar em um antigo monumento, com todos da banda ajeitando o zíper das calças. Originalmente, era um projeto de Townshend designado para ser uma ópera-rock futurista intitulada “Lifehouse”, mas após o mesmo quase ter um colapso nervoso, surgiu com o álbum resenhado agora.E como todo bom e clássico disco dos Who, trazia sua pitada de inovação – além de ressurgir como uma banda de rock pesado e de arena, tornando-os dignos rivais do Led Zeppelin, o álbum em questão, combinando guitarras acústicas, sintetizadores, teclados modificados e ecletismo vocal, montando uma coleção única e dinâmica de canções poderosas e marcantes.
O álbum já fascina desde a primeira canção. Aberta por um sintetizador que transmite um clima totalmente futurístico tem início “Baba O’ Riley”, um dos grandes clássicos do rock mundial. Um clássico visionário e à frente do seu tempo, um rock que tem grandes melodias de guitarra, um dos desempenhos mais minimalistas de Keith Moon e uma grande performance de Daltrey, cantando uma letra que fala sobre orgulho juvenil e aceitação, em uma ambientação lírica quase bárbara, que culmina no refrão “Não chore/Não levante seu olhar/É só devastação adolescente”. Essa pré-história futurista ganha contornos eruditos quando surge o solo de violino, fazendo jus ao título que funde os nomes do filósofo Meher Baba e do músico experimental Terry Riley.
“Bargain”, apesar do início calmo, logo se metamorfoseia em uma porrada de respeito, com os power chords de Pete entrando pelo ouvido e logo vir Daltrey alternando vocais rasgados e vocalizações mais emocionadas no momento mais cadenciado da canção. A letra é introspectiva, onde Pete, apesar de inicialmente parecer romântico, conversa com o próprio ego, segundo o próprio – daí vêm versos como “Para te encontrar/Vou afogar um homem não celebrado” que acabam desembocado no refrão “Eu chamaria isso de barganha/A melhor que eu sempre tive”. A bateria de Moon cresce ao final, onde ele mostra toda a sua pegada e força com as baquetas, enquanto a guitarra de Townshend ruge em resposta.
A próxima é “Love Ain’t For Keeping”, uma balada com desafiadoras e ousadas melodias, com palhetadas poderosas das guitarras acústicas repartindo espaço com lindas melodias de guitarra, e o baixo de Entwistle está um monstro sustentando a diferenciada balada. Mas logo se vê uma valiosa lição: amor não deve ser mantido em segredo nem esquecido. Ao final de cada estrofe, onde o amor do eu lírico parece se distanciar do mesmo, ele repete “deite-se ao meu lado/amor não é para guardar”. Mágica.
Toda grande banda tem seu gênio silencioso. Os Beatles tinham Harrison, os Stones tinham Brian Jones, o Who tinha John Entwistle. E agora ouvimos a composição do mesmo, “My Wife”, única do álbum não composta por Townshend. Além de tocar baixo, o mesmo canta e toca piano. Um dos hits imediatos dos shows, a música foi escrita após o mesmo discutir com sua mulher, Alison, daí a letra paranóica, sobre um cara que bebeu demais e se perdeu na vizinhança errada, agora está com medo da mulher vir atrás dele o perseguindo e acusando-o de infidelidade. A mesma achou a música tão bem-humorada que sugeriu que durante a execução da música em concertos, ela entrasse com uma arma de mentira no palco e perseguisse os membros da banda. A música em si é de deixar qualquer um perplexo, com suas progressões antes do refrão e suas vocalizações um tanto debochadas.
“The Song Is Over” é uma das canções mais complexas da história da banda, fazendo desta uma das canções do álbum nunca tocada ao vivo. Uma balada guiada por um belíssimo piano do músico convidado Nicky Hopkins e o vocal de Townshend, e a certo ponto entra a bateria de Moon forte como uma série de chutes no peito, e a canção explode em inúmeras reviravoltas, guitarra, piano e cozinha em belíssimo contraste, enquanto uma triste letra de um amor que chegou ao fim e agora o eu lírico tem vontade de cantar sobre a natureza e para as pessoas livres, tentando esquecer um amor que apenas o feriu. Belíssima em todos os aspectos.
Novamente um belíssimo piano de Nicky, é introduzida ao ouvinte “Gettin’ In Tune”, canção cadenciada onde Daltrey retoma os vocais para cantar sobre estar cansado de falar, falar e falar, querendo mais ação, olhar nos olhos, entrando em sintonia com a pessoa pela qual está apaixonado. O refrão tem grande impacto, com Pete e John fazendo backing vocals para Daltrey enquanto o mesmo vai do mais cristalino ao mais rasgado.
Pete retoma os vocais principais para cantar “Goin’ Mobile”, uma agitada canção com um desempenho fenomenal de Moon, abusando dos pratos que estouram aos tímpanos os vocais ora em falsete ora bem-humorados do guitarrista, e com uma letra glorificando os prazeres da vida enquanto se está dirigindo. O eu lírico vê a decadência da cidade, mas não liga – afinal, ele está dirigindo! Rápida e bem-humorada, a canção tem vários momentos onde os instrumentistas mostram a que vieram ao mundo, fazendo desta a outra música complexa do álbum que o Who nunca tocou ao vivo. É uma pena, pois sua eletricidade e inventividade são de cativar qualquer um.
Qual o fã de Who e do bom rock em geral que nunca ouviu a emocionante e sublime balada “Behind Blue Eyes”? Começando pela voz, instrumento por instrumento vai surgindo em harmonia – as cordas que enchem os ouvidos, o baixo ressonando e melodias etéreas fazendo o ouvinte viajar, e Roger canta “Ninguém sabe como é ser o cara malvado/O cara triste, por trás de olhos azuis/E ninguém sabe como é, ser odiado/E ser destinado a apenas mentir”. Com uma porrada de Keith, a canção vira um heavy-rock dos bons, com Daltrey engrossando a voz, passando por um magnífico solo e retornando à sua parte mais melódica para enfim encerrar-se.
“Won’t Get Fooled Again” fecha com louvor uma seqüência de canções magníficas. Uma epopéia de oito minutos novamente iniciada pelo sintetizador, para que logo entre uma pauleira das boas, com Entwistle parecendo um trem em movimento e a bateria inquieta de Keith Moon soando poderosa aos nossos ouvidos, com uma letra criticando a sociedade e os homens que a comandam, apoiando a revolução e ainda lembrando “Pegarei minha guitarra e tocarei/Igualzinho ontem/Depois eu vou dobrar meus joelhos e rezar/Nós não seremos enganados novamente!”. Piano e guitarras entram em um confronto furioso e mesmerizante, até que sejam interrompidas pelo sintentizador, que é suprimido pela entrada da bateria, e então surge Roger Daltrey escalando todos eles e dando um dos gritos mais primais já gravados, para que a letra então continue. Essa é, indubitavelmente, uma das melhores músicas da carreira dos britânicos, e por conseqüência, da música pop do século 20. Perfeita demais para ser descrita com palavras.
Seria muito fácil afirmar que o The Who é uma banda como poucas – genial, agressiva, inconseqüente, visceral, espontânea e criativa. Com capacidade de criar da batida mais dura até a melodia mais sensível, do berro mais animalesco à impostação mais cheia de feeling. Mas isso não bastaria. Todas essas afirmações não servem de nada se cada acorde não chegar aos ouvidos do ouvinte e deixa-lo fascinado, descobrindo que um dos muitos sinônimos de Rock And Roll se chama The Who. E pedir para que a mídia pare com a emissão de tanto lixo fonográfico... We won’t get fooled again!
Sendo uma das poucas bandas sobreviventes da Invasão Britânica - juntos aos Rolling Stones e os Kinks - que assolou os Estados Unidos e conseqüentemente o mundo nos anos 60, o The Who já havia trilhado os caminhos do rock juvenil em “My Generation”, primou pelo experimentalismo em “A Quick One/Happy Jack” e “The Who Sell Out”, consolidou a ópera-rock com o clássico “Tommy” e ensinou o que era um disco ao vivo com “Live At Leeds”. E como no caso dos Stones, a banda não perdeu o fôlego por atravessar o ciclo dos sete anos a qual tantas bandas que fazem sucesso sucumbem. E o primeiro álbum de inéditas da banda dos anos 70 teve a difícil missão de manter o nível de toda essa trajetória meteórica.
E conseguiu. “Who’s Next” tem uma das capas mais insolentes já feitas por uma banda – o quarteto indo embora após urinar em um antigo monumento, com todos da banda ajeitando o zíper das calças. Originalmente, era um projeto de Townshend designado para ser uma ópera-rock futurista intitulada “Lifehouse”, mas após o mesmo quase ter um colapso nervoso, surgiu com o álbum resenhado agora.E como todo bom e clássico disco dos Who, trazia sua pitada de inovação – além de ressurgir como uma banda de rock pesado e de arena, tornando-os dignos rivais do Led Zeppelin, o álbum em questão, combinando guitarras acústicas, sintetizadores, teclados modificados e ecletismo vocal, montando uma coleção única e dinâmica de canções poderosas e marcantes.
O álbum já fascina desde a primeira canção. Aberta por um sintetizador que transmite um clima totalmente futurístico tem início “Baba O’ Riley”, um dos grandes clássicos do rock mundial. Um clássico visionário e à frente do seu tempo, um rock que tem grandes melodias de guitarra, um dos desempenhos mais minimalistas de Keith Moon e uma grande performance de Daltrey, cantando uma letra que fala sobre orgulho juvenil e aceitação, em uma ambientação lírica quase bárbara, que culmina no refrão “Não chore/Não levante seu olhar/É só devastação adolescente”. Essa pré-história futurista ganha contornos eruditos quando surge o solo de violino, fazendo jus ao título que funde os nomes do filósofo Meher Baba e do músico experimental Terry Riley.
“Bargain”, apesar do início calmo, logo se metamorfoseia em uma porrada de respeito, com os power chords de Pete entrando pelo ouvido e logo vir Daltrey alternando vocais rasgados e vocalizações mais emocionadas no momento mais cadenciado da canção. A letra é introspectiva, onde Pete, apesar de inicialmente parecer romântico, conversa com o próprio ego, segundo o próprio – daí vêm versos como “Para te encontrar/Vou afogar um homem não celebrado” que acabam desembocado no refrão “Eu chamaria isso de barganha/A melhor que eu sempre tive”. A bateria de Moon cresce ao final, onde ele mostra toda a sua pegada e força com as baquetas, enquanto a guitarra de Townshend ruge em resposta.
A próxima é “Love Ain’t For Keeping”, uma balada com desafiadoras e ousadas melodias, com palhetadas poderosas das guitarras acústicas repartindo espaço com lindas melodias de guitarra, e o baixo de Entwistle está um monstro sustentando a diferenciada balada. Mas logo se vê uma valiosa lição: amor não deve ser mantido em segredo nem esquecido. Ao final de cada estrofe, onde o amor do eu lírico parece se distanciar do mesmo, ele repete “deite-se ao meu lado/amor não é para guardar”. Mágica.
Toda grande banda tem seu gênio silencioso. Os Beatles tinham Harrison, os Stones tinham Brian Jones, o Who tinha John Entwistle. E agora ouvimos a composição do mesmo, “My Wife”, única do álbum não composta por Townshend. Além de tocar baixo, o mesmo canta e toca piano. Um dos hits imediatos dos shows, a música foi escrita após o mesmo discutir com sua mulher, Alison, daí a letra paranóica, sobre um cara que bebeu demais e se perdeu na vizinhança errada, agora está com medo da mulher vir atrás dele o perseguindo e acusando-o de infidelidade. A mesma achou a música tão bem-humorada que sugeriu que durante a execução da música em concertos, ela entrasse com uma arma de mentira no palco e perseguisse os membros da banda. A música em si é de deixar qualquer um perplexo, com suas progressões antes do refrão e suas vocalizações um tanto debochadas.
“The Song Is Over” é uma das canções mais complexas da história da banda, fazendo desta uma das canções do álbum nunca tocada ao vivo. Uma balada guiada por um belíssimo piano do músico convidado Nicky Hopkins e o vocal de Townshend, e a certo ponto entra a bateria de Moon forte como uma série de chutes no peito, e a canção explode em inúmeras reviravoltas, guitarra, piano e cozinha em belíssimo contraste, enquanto uma triste letra de um amor que chegou ao fim e agora o eu lírico tem vontade de cantar sobre a natureza e para as pessoas livres, tentando esquecer um amor que apenas o feriu. Belíssima em todos os aspectos.
Novamente um belíssimo piano de Nicky, é introduzida ao ouvinte “Gettin’ In Tune”, canção cadenciada onde Daltrey retoma os vocais para cantar sobre estar cansado de falar, falar e falar, querendo mais ação, olhar nos olhos, entrando em sintonia com a pessoa pela qual está apaixonado. O refrão tem grande impacto, com Pete e John fazendo backing vocals para Daltrey enquanto o mesmo vai do mais cristalino ao mais rasgado.
Pete retoma os vocais principais para cantar “Goin’ Mobile”, uma agitada canção com um desempenho fenomenal de Moon, abusando dos pratos que estouram aos tímpanos os vocais ora em falsete ora bem-humorados do guitarrista, e com uma letra glorificando os prazeres da vida enquanto se está dirigindo. O eu lírico vê a decadência da cidade, mas não liga – afinal, ele está dirigindo! Rápida e bem-humorada, a canção tem vários momentos onde os instrumentistas mostram a que vieram ao mundo, fazendo desta a outra música complexa do álbum que o Who nunca tocou ao vivo. É uma pena, pois sua eletricidade e inventividade são de cativar qualquer um.
Qual o fã de Who e do bom rock em geral que nunca ouviu a emocionante e sublime balada “Behind Blue Eyes”? Começando pela voz, instrumento por instrumento vai surgindo em harmonia – as cordas que enchem os ouvidos, o baixo ressonando e melodias etéreas fazendo o ouvinte viajar, e Roger canta “Ninguém sabe como é ser o cara malvado/O cara triste, por trás de olhos azuis/E ninguém sabe como é, ser odiado/E ser destinado a apenas mentir”. Com uma porrada de Keith, a canção vira um heavy-rock dos bons, com Daltrey engrossando a voz, passando por um magnífico solo e retornando à sua parte mais melódica para enfim encerrar-se.
“Won’t Get Fooled Again” fecha com louvor uma seqüência de canções magníficas. Uma epopéia de oito minutos novamente iniciada pelo sintetizador, para que logo entre uma pauleira das boas, com Entwistle parecendo um trem em movimento e a bateria inquieta de Keith Moon soando poderosa aos nossos ouvidos, com uma letra criticando a sociedade e os homens que a comandam, apoiando a revolução e ainda lembrando “Pegarei minha guitarra e tocarei/Igualzinho ontem/Depois eu vou dobrar meus joelhos e rezar/Nós não seremos enganados novamente!”. Piano e guitarras entram em um confronto furioso e mesmerizante, até que sejam interrompidas pelo sintentizador, que é suprimido pela entrada da bateria, e então surge Roger Daltrey escalando todos eles e dando um dos gritos mais primais já gravados, para que a letra então continue. Essa é, indubitavelmente, uma das melhores músicas da carreira dos britânicos, e por conseqüência, da música pop do século 20. Perfeita demais para ser descrita com palavras.
Seria muito fácil afirmar que o The Who é uma banda como poucas – genial, agressiva, inconseqüente, visceral, espontânea e criativa. Com capacidade de criar da batida mais dura até a melodia mais sensível, do berro mais animalesco à impostação mais cheia de feeling. Mas isso não bastaria. Todas essas afirmações não servem de nada se cada acorde não chegar aos ouvidos do ouvinte e deixa-lo fascinado, descobrindo que um dos muitos sinônimos de Rock And Roll se chama The Who. E pedir para que a mídia pare com a emissão de tanto lixo fonográfico... We won’t get fooled again!
Marcadores: Resenhas
7 Comments:
Não ouvi todo o álbum ainda, mas as músicas que eu conheço e você descreveu são muito boas, sim, senhor.
The Who não é apenas uma banda. É o rock cru encarnado em ótimos músicos.
The Who é do caralho, e esse é um dos melhores discos já feitos. Deles, só perde pro Tommy.
Mas não é melhor do que The Beatles. o/
Discaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaço!!! Amo, amo, amo, amo, amo, amo! Muito gostoso!
eu nunca ouvi esse álbum por inteiro =\
alias, faz tempão que não ouço the who, vou ouvir agora :D
the who me lembra CSI MIAMI! HAHAHA e tb me lembra hommer simpson!
;***
Esse album é muuuuito bom!
Arrisco a contrariar o amigo que comentou mais acima e dizer que é melhor que o Tommy :X
um dos melhores discos que já ouvi, sem duvida nenhuma...
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