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    quarta-feira, janeiro 25, 2006
    Os Mutantes - A Divina Comédia Ou Ando Meio Desligado

    Os Mutantes são uma das finadas bandas de Rock And Roll que tem enorme importância para a música nacional brasileira - e internacional também, visto que gente pelo mundo afora anda pirando com o som de artistas brasileiros, feito Tom Jobim, Secos e Molhados, e claro, Os Mutantes. Gente feito Jack White, do White Stripes, Mike Patton, ex-Faith No More e atual Fantomas e assim vai.

    A banda, depois de passar por várias formações e trocas de nome, conseguiu se estabilizar com Rita Lee nos vocais, Sérgio Dias na guitarra e voz e Arnaldo Baptista no baixo, nos teclados, e também na voz. Após lançarem dois discos onde demonstravam as características que os consagraram - inovando no uso de feedback, distorção e variados truques de estúdio, numa sonoridade claramente influenciada pelo disco "Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band" de uns quatro caras famosos de Liverpool -, gravarem um disco com o pessoal da Tropicália, feito Caetano Veloso, Gilberto Gil e Nara Leão (o famoso "Tropicália ou Panis Et Circensis") e acompanharem Gil na consagrada apresentação "Terceiro Festival da Record" (ficando em segundo lugar com a canção "Domingo No Parque"), eles lançaram, em 1970 o clássico "A Divina Comédia Ou Ando Meio Desligado", onde abandonavam um pouco a Tropicália para tornarem seu som mais Rock And Roll. O baterista do disco foi Rui Motta.

    "Ando Meio Desligado" abre com uma percussão meio tribal e guitarras psicodélicas, e Rita Lee cantando suavemente uma letra sobre um amor que deixa a pessoa doidona ("Ando meio desligado/Eu nem siiinto/Meus pés no chããão"). Uma deliciosa canção, que mesmo com toda a doçura vocal e lírica, já mostrava a doideira nas guitarras de Sérgio Dias (ouvir esse disco chapado de ácido naquela época devia ser uma verdadeira viagem, não?). A música termina com um solo que chega a lembrar um pouco o saudoso Jimi Hendrix e com Rita Lee berrando feito uma doida.

    Seguindo com a viagem, vem "Quem Tem Medo de Brincar de Amor?", seguindo a lírica romântica e com vocais engraçadíssimos e sons que matam de rir ("Ah, deixa pra lá meu amÔUR,/ vêm comiGOU,/esquece essa drama o que FÔUR,/sem sentiDOU"). O instrumental demonstra a forte veia brasileira da banda, onipresente no seu disco. No final da música ainda há ruídos estranhos seguidos de alguém berrando "PARABÉNS A VOCÊ...". Doideira pura!

    "Ave Lúcifer" (imagina o que a censura não deve ter feito com a banda na época, hein!), começa com Rita Lee acompanhada de um violão, seguindo de vocais masculinos, que repartem com brilhantismo com os doces vocais da Rita. A letra parece descrever um ritual pagão (ou satânico, quem sabe?). Uma bela música, o que eu não entendi é como não ficou famosa, visto a fama que canções politicamente incorretas angariam ("É Proibido Fumar" do Roberto Carlos, "Highway To Hell" do AC/DC, "Snowblind" do Black Sabbath, "Lucy in the Sky with Diamonds" de todo-mundo-sabe-quem, por aí vai...).

    A balada "Desculpe, Baby" é embalada por ótimos vocais de Arnaldo Baptista e um baixão bem pronunciado na música. A letra fala sobre terminar um romance que só causam problemas ("Desculpe, baby/Mas eu já me decidi/Desculpe, baby/Eu vou viver mais pra mim"). A canção termina viajante, com os Mutantes todos repetindo "Glória, glória" acompanhados de ecos.

    A esquisitona (e mais longa do disco, com pouco mais de 6 minutos) "Meu Refrigerador Não Funciona" tem um instrumental nitidamente influenciado pela jazz (nas linhas de bateria e baixo), com discretas melodias de teclados e com vocais quase sumidos deles gritando "O meu refrigerador não funciona/Eu tentei tudo/Eu tentei de tudo/Não funciona!". Os teclados, ao passar da música, ficam mais pronunciados na música. Viagem total!

    "Hey Boy" começa com melodias infantis de teclado, com Arnaldo e Sérgio acompanhando com onomatopéias e Rita Lee cantando, numa letra engraçada, que parece meio que zoar com o Roberto Carlos ("Hey boy/Mas teu cabelo tá bonito hey boy/Tua caranga até assusta hey boy/Vai passear na rua Augusta tá"). Digo, não sei se realmente é zoeira, mas é o que dá a entender, avaliando o contexto da época. Divertidíssima, uma canção bem do tipo "trilha sonora de festa".

    Começando com um arroto e com melodias agudas, quase ensurdecedoras e uma bateria tocada com bastante força, essa é "Preciso urgentemente encontrar um amigo". Psicodelíssima sonoramente, a letra parece ser uma daquelas famosas 'letras indiretas' à ditadura. "Preciso urgentemente encontrar um amigo/Pra lutar comigo/Quero ver o sol nascer/E a flor desabrochar/E no mundo de amanhã". A voz distorcida dá um toque extra à música, deixando ela super exótica, especialmente nas partes onde a bateria fica mais rápida e os membros começam a se despinguelar no microfone...

    "Chão de Estrelas" tem uma melodia e vocais num clima meio bossa nova, mas que tem seu brilho, por ser uma das poucas músicas quase normais do disco. Digo quase normais por causa do vocal bêbado de Arnaldo e da pirada que a música dá em sua metade, onde você se sente feito num circo. A letra retrata o dia-a-dia de alguém que mora num morro, parecendo ser na época do Carnaval. O que deixa a música mais engraçada são os barulhos de desenhos animados e as paradas instrumentais que a música dá.

    "Jogo de Calçada" é outra música que descreve épocas comuns da vida de pessoas simples, como se fosse um casal namorando em uma rua cheia de crianças brincando e algo do tipo. Os vocais ora meio sussurrados ora meio altos de Rita são um destaque, além da bateria que quase se sobrepõe entre os outros instrumentos, tocada com força e técnica. O baixo também se ouve perfeitamente nessa música, sustentando as felizes linhas vocais.

    Um clima de igreja nos teclados e melodias repentinas da guitarra compõem a também esquisita "Haleluia", onde a banda apenas fala repetidamente o nome da canção. Isoladamente, não é esquisita... Mas em um contexto do álbum, é esquisita, pois quando se esperava mais pirações, vem uma música quase em clima de Igreja. Quase porque quem tá cantando são os Mutantes, não uma ordem de Freiras e Padres. E também porque a música pira no seu final, ficando tribal às vezes, inserindo uma melodia meio jazz nos teclados... Bem, vindo dos Mutantes só não espere o normal...

    O encerramento "Oh! Mulher Infiel!" inicia-se com um solo de bateria, demonstrando toda a veia latina do batera Rui Motta e guitarras super distorcidas, quase ensurdecedoras, que logo decaem para um piano bem melódico (que parece meio de novela), com vozes de fundo bem esquisitas (e muito provavelmente chapadas) o acompanhando, que logo crescem em seu final para a guitarra barulhenta, que põe fim ao disco.

    Enfim, um disco simplesmente do caramba, que mostra todo o talento e doideira de uma das bandas mais respeitadas e lembradas da música nacional. Apesar de não ter as músicas mais lembradas deles, é simplesmente essencial para se saber o que se passava nos cérebros da juventude brasileira dos anos 70 (não que todos fossem doidos, é claro...).

    Marcadores:

    posted by billy shears at 3:02 PM

    7 Comments:

    Anonymous Anônimo disse:

    nossa, minha mãe ama os Mutantes xDD
    e com razão, né?! banda foda demais \o/

    "Ando meio desligado" é a minha preferida ;D


    te amo Ber :***

    5:25 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    "um amor que deixa a pessoa doidona" = perfeito
    "numa letra engraçada, que parece meio que zoar com o Roberto Carlos" = analisando melhor, é de fato para o rei

    simplesmente ilustre x)
    deu até vontade de escutar

    =°°°°

    9:21 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    \o\

    bom... conheço Mutantes mesmo só de nome... já ouvi uma ou outra música, é legal, mas nunca ouvi esse disco ae... x\

    se bem que do jeito que vc escreve dá vontade de ouvir. =D

    hauhsuahs (y)

    bjo =*

    9:47 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    MUTANTES! (L)(L)(L)(L)(L)
    Para mim a melhor banda que já existiu aqui na terrinha!
    Rita Lee,Sérgio Dias e voz e Arnaldo Baptista conseguiram "psicodelar" no Brasil brilhantemente!
    Resenha liiiiiiiinda!
    Banda maravilhosa!
    Rita Lee "idála"!
    =*

    10:34 PM  
    Anonymous Anônimo disse:

    eu adoro adoro Chao de Estrelas.E meu refrigerador nao funciona nao é nada esquisita! Ela é sensível =p
    mas gostei bastante da resenha, ficou bela.
    =*

    12:43 AM  
    Anonymous Anônimo disse:

    Pô, pra mim é inexplicável o fato de o FireFox não conseguir abrir essa caixa de comments... Tentei desde ontem falar alguma coisa...

    A original de "Ando meio desligado" é uma coisa que o Pato Fu jamais vai conseguir representar com fidelidade. Mutantes era um grupo único!

    Enfim, pra quê Brian Wilson se existe Arnaldo Baptista? rss

    E parabéns pelo site ;)

    12:24 PM  
    Anonymous JP disse:

    Um pouco atrasado, mas só uma correção: o baterista do álbum foi o Dinho Leme (que depois entrou oficialmente pra banda com o baixista Liminha a partir do Jardim Elétrico).

    O Rui só entrou a partir do Tudo Foi Feito Pelo Sol de 1974.

    6:18 PM  

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