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    segunda-feira, junho 27, 2005
    Offspring-Smash



    Ok, mesmo que a imagem do Offspring nos dias de hoje não seja das melhores pelo ponto de vista da ala punk, os headbangers odiarem desde seu início e a banda tenha enchido você de tanto "Pretty Fly (For A White Guy)" , "The Kids Aren't Alright" e "Hit That", dê um desconto aqui, pois "Smash" é um puta álbum... Um dos melhores de Punk e do Rock And Roll em geral, da década de '90. Talvez seja o melhor de Punk Rock dessa época ao lado de "Dookie" do Green Day e "Mondo Bizarro" dos dinossauros Ramones.

    O que faz ele ser bom? Em primeiro lugar, que nessa época, o Offspring era o Rei do Hardcore Melódico. Pode-se esperar então, incríveis melodias aqui; O álbum é entupido até o talo de melodias pop excelentes, mesclados a uma fúria Hardcore que deixa tudo mais irresistível. Vale salientar que, assim como o Green Day, a valorização de melodias do grupo descendia diretamente de Ramones, The Clash e Hüsker Dü, e não da agressividade insana e seca de Sex Pistols e Dead Kennedys.

    A formação consiste em Dexter Holland no vocal e guitarra, Noodles na guitarra, Ron Welty na bateria e Greg K no baixo. Time suficientemente competente para parir um dos melhores álbuns da década passada. As letras tratam de temas tipicamente adolescentes, sobre nossas escolhas, erros e problemas, mistururados a um tom de sacanagem extremamente ácido em algumas músicas.

    A introdução "Time To Relax" dá algumas instruções de como começar a ouvir o álbum. Clima preparado para "Nitro (Youth Energy)" ser iniciada pela bateria e logo após as guitarras entrarem. O vocal de Dexter está muito bem arranjado, e os backing vocals soam perfeitos. A letra fala do jovem perante o mundo na atualidade. A música vai acalmando até acabar.

    "Bad Habit" é iniciada por uma linha de baixo muito bem sacada e Dexter cantando de uma letra irônica, onde interpreta um bad boy. A velocidade invade a estrutura repentinamente e explode tudo no refrão. Hora de sair pulando. As melodias guitarreiras são ótimas. Vale destacar na letra a parte mais grosseira, hilária ("Drivers are rude/Such attitudes/But when I show my piece/Complaints cease/Something's odd/I feel like I'm God/YOU STUPID DUMBSHIT GODDAM MOTHERFUCKER!"), cantanda numa parada dos instrumentos, para logo voltar o refrão para a banda demonstrar o talento de seus backing vocals.

    Uma bateria calma e outra vez um criativo baixo, que logo dão lugar para um riff calmo e que cresce cada vez mais. Essa é "Gotta Get Away", talvez a melhor do álbum. A música não consiste em explosões em nenhuma hora, e conta com um refrão extremamente grudento nos ouvidos. A parte lírica trata de se sentir sozinho, solitário, sem ter ninguém por perto, perdido nas próprias escolhas, se vendo em um buraco cada vez maior, sendo a única solução é talvez o que o nome da música sugere. Excelente!

    O hardcore melódico volta furioso em "Genocide", que mistura uma cozinha rápida e competente com outras das melhores melodias do álbum. Uma vontade incontrolável de sair pulando e praticar Mosh, Pogo e o que valha sozinho toma conta de você no refrão, "Dog eat dog/Everyday/On our fellow man we prey/Dog eat dog/ To get by/Hope you like my genocide...", diz acidamente. A música chega a ficar mais lenta e um pouco mais pesada, para logo retomar a velocidade insana do seu refrão.

    A voz da introdução volta para anunciar "Something To Believe In", que já entra rápida e fritando, com as guitarras ligeiramente mais pesadas. O refrão compete para ser o melhor do álbum, muito bem arranjado e bem empolgante. Os backing vocals desses caras são um espetáculo, talvez os melhores do Punk Rock nesse quesito. A música acalma para crescer natural e rapidamente.

    Um início inusitado que abre as portas para riffs dançantes nas guitarras abre o maior hino do Offspring, "Come Out And Play", que conta sobre as verdadeiras 'máfias' existentes nos colégios adolescentes e dos episódios que jovens levavam armas para a sala de aula. Aqui tudo soa bem, as melodias são ótimas e constantes, a linha vocal é ótima, o baixo é bem audível. E o refrão, hã, que refrão. Impossível não grudar. Se o Offspring já é uma banda de refrões-chicletes, aqui fica ainda mais. Apesar do tema relativamente sério (mas abordado com bastante tema de sacanagem), a música anima qualquer festa.

    A banda começa a cantar "La la la la la" que lembra mais "Smells Like Teen Spirit" do Nirvana, para logo entrar, guitarras com certo peso, mais arrastadas que nas outras faixas. Eis o segundo hino-mor do álbum, "Self Esteem", com sua letra o mais dor de cotovelo possível, falando da garota que ama te usar e dormir com seus amigos. É cheia de incertezas em algumas partes, que são confirmadas inseguramente logo após ("I may be dumb,/ but I'm not a dweeb/I'm just a sucker with no self esteem", canta um emocionado Dexter). Linda e emocionante.

    "It'll Be A Long Time" faz retomar o Hardcore tomar conta do pedaço de novo. A velocidade se mistura a um ótimo arranjo vocal que culmina em um refrão muito bom, coisa de profissional, e conta com um dos melhores instrumentais também.

    "Killboy Powerhead", cover da banda Didjits, tem início com um riff de matar, e Dexter entra quase gritando a letra. As bases de guitarra são caprichadíssimas, furiosas e cheias de melodia, de modo simultâneo. Tente ouvir e não agitar!

    Tem início "What Happened To You?", com arranjos vocais e instrumentais extremamente bem sacados, te bota pra dançar de imediato! A letra parece falar sobre as mudanças que sofremos, tema muito recorrente na adolescência.

    "So Alone" é um hardcore caprichado com uma voz meio melancólica no refrão, e no final, paradas com a banda gritando "Kill!", "Fuck Off!" e "Die!".

    "Not The One" ganha destaque pelo seu arranjo vocal ótimo e pela letra que fala de si mesmo em relação aos problemas do mundo, sobre se revoltar a ser o único a ser tachado de culpado. Válido nos dias de hoje, em que políticos da vida vivem imersos em corrupção e ficam com uma imagem de bons moços, e outros que não fazem nada de mal são tachados de estranhos ou culpados de erros por terem preferências diferentes...

    Entra a faixa-título, que reparte momentos hardcore com momentos guitarreiros bastante pesados, quase metálicos, com a banda toda, mas como sempre com o vocal de Dexter ganhando destaque, sobre a liberdade de poder fazer o que quiser. O ritmo cai para as guitarras se exibirem por um curto espaço de tempo e a parte rápida e furiosa voltar, até a música acabar.

    A voz da introdução comparece mais uma vez para encerrar o álbum, e aparecer o riff arrastado de "Change The World", do álbum que viria a seguir, "Ixnay On The Hombre", que some tão repentinamente quanto aparece. Como bônus, espere mais alguns minutos, e poderá ouvir o início de "Come Out And Play" em versão acústica.

    Ah, sabia que além de todas essas qualidades grandiosas, canções poderosas e melodias viciosas, o terceiro álbum do Offspring ainda ganha mérito por ser o álbum independente mais vendido de todos os tempos? Pois é, apesar dos pesares, Dexter Holland e sua turma nunca estiveram de brincadeira. Nunca mesmo.



    You gotta keep 'em separated.

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    posted by billy shears at 9:06 PM | 0 comments

    domingo, junho 19, 2005
    Sepultura-Arise



    Definitivamente a banda brasileira mais importante de metal no mundo todo, e uma das melhores bandas de Thrash Metal do mundo. O Sepultura foi um marco para o metal no Brasil e no mundo, onde a banda abriu as portas para o reconhecimento do Brasil no mundo do metal, depois que o Sepultura surgiu, o Brasil nunca foi o mesmo para falar a verdade. Graças ao sucesso que o Sepultura fez, várias bandas começaram a acreditar que poderiam tocar no Brasil, que teriam fãs e poderiam vender aqui, e os shows freqüentes de bandas gringas de metal e a facilidade de encontrar cd das mesmas, além da motivação do underground brasileiro, e do sucesso de bandas do Brasil no exterior, devemos uma parcela de agradecimento, ou respeito ao Sepultura.

    O álbum da resenha é o álbum do auge da banda, onde diz tudo sobre o que a banda é capaz de fazer, Arise tem a formação dos álbuns Schizophrenia e Beneath The Remains, 2 álbuns excelentes, com Max Cavalera (Hoje no Soulfly) no vocal e guitarra, Igor Cavalera na bateria, Adreas Kisser na guitarra e Paulo Jr no baixo, banda com letras conscientes, que retratam guerras, problemas do mundo como violência, miséria, uma banda bem politizada, que protesta, luta por causas sociais, as letras são tão boas quanto o som da banda, e uma cozinha brasileira com muita qualidade.

    Meu Deus, o álbum já começa de te descontrolar, é Arise, um das melhores faixas de Thrash Metal e uma das melhores, talvez a melhor faixa do Sepultura. Uma destruição sem fim, com o vocal de Max impecável, e uma batida frenética da bateria e seguida de várias viradas e variações, entrando com os solos de matar de Adreas Kisser, sem falar no riff de Max que hipnotiza sua cabeça! Letra que fala das guerras envolvendo o terrorismo, e os fanáticos religiosos. Clássica!

    Dead Embryonic Cells começa com algumas variações, e segue com a quebração de sempre, faixa que tem todo um charme na bateria, que varia bastante, e em algumas horas a musica vira um thrashcore matador, e outras horas o groove rola solto, outro clássico do Sepultura, uma das composições mais conscientes do grupo, excelente.

    Desperate Cry continua fazendo você encher os olhos apreciando o álbum, essa é uma das faixas mais legais, e como em Dead Embryonic Cells, ela vira um thrashcore que faz qualquer ser humano querer fazer mosh, nem q esteja sozinho. A faixa tem umas cadenciadas e a criatividade do grupo rola solta, com solos simples, mas cativantes de Adreas Kisser, além da música ser uma das que mais o Igor usa os bumbos. Ótima faixa.

    Tome porrada, tome porrada, é Sepultura! Murder começa quebrando tudo, não consigo parar de balançar minha cabeça, é automático! O álbum não vai te dar descanso, a faixa é paulera sem fim, vários riffs empolgantes, o trabalho de Adreas Kisser e Max Cavaleira é muito bom. Letra de total protesto contra a violência, como muitas outras, mas ele fica mais interessante na forma como Max canta.

    Mais quebração total, mais batida frenética com Subtration, a faixa tem toda uma energia, e alguma parte você até vê aquela famosa paradinha, com só a guitarra e o prato da bateria, o bom também é que não é uma daquelas faixas chatas, por causa da variação, e mesmo com muita variação, a faixa tem um balanço muito interessante, faixa muito boa.

    Altered State começa já com algumas marcas experimentais, que iriam caracterizar nos próximos álbuns do Sepultura, algo tribal, mas foi só o começo, pois a faixa segue na linha que estava o álbum, algumas partes no começo o Max cadencia nos vocais, mais é outra faixa repleta de thrashcore, interessante também é a guitarra de Adreas Kisser, que faz mais solos e alguns maiores comparado com as demais faixas. Fechando a faixa, há algumas batidas tribais.

    Under Siege [Regnum Irae] começa tranqüila no acústico, até entrar a guitarra, e outra que marca algo experimental também em algumas vozes que há na música, a faixa adquire um balanço incrível no começo, um dos melhores do álbum, depois sofre algumas cadenciadas, mas o ótimo balanço inicial volta em algumas partes, e há alguns solos simples também.

    Meaningless Movements começa com umas paradinhas muito legais seguindo de outra seqüência matadora daquelas irresistíveis de bater cabeça, a faixa é outra de se fazer bastante mosh, faixa paulera e com pouquíssimas cadenciadas, simplesmente devastadora, Thrash de primeira.

    O começo matador de Infected Voice diz tudo sobre a faixa, outra seção destruidora do melhor Sepultura, faixa que você se descontrola ouvindo e imagina os caras tocando uma faixa destas ao vivo, de arrepiar. A faixa anterior e esta são as mais thrashcore de todo álbum, com solos acelerados, com batidas frenéticas, riffs rápidos, empolgação total.

    Orgasmatrom, é um cover de Motörhead, muito bem escolhida, essa é aquela faixa especial, que você fica pulando ela toda, parece ser a faixa que tem mais groove de todo álbum, os riffs da faixa variam pouco, mas é um riff que te gruda na música. Quem dita o ritmo é a bateria, que tem uma das batidas mais marcantes do álbum. A faixa é a que menos tem seções de quebração, e a que menos tem thrashcore, mas é uma faixa carismática.

    Intro é apenas como diz o nome, uma introdução pra C.I.U. [Criminals In Uniform], q começa com uma guitarra crua, e depois segue de uma seção de quebrar o pescoço, quebrar a casa, quebrar tudo, como característica marcante das músicas do Sepultura, há alguns barulhos no fundo parecendo um alarme em algumas partes, cadencia em algumas partes, e segue brutal em outras, excelente. A última faixa é Desperate Cry em uma versão mix para fechar o álbum.

    Sepultura é um motivo de orgulho para o Brasil, e é um orgulho admirar o trabalho da banda. Enquanto a população admira figuras ridículas, que só querem saber de ganhar dinheiro, que fazem um som totalmente sem qualidade e com letras péssimas, onde é fácil, extremamente fácil, pra você e eu, e todo mundo cantar junto. O Sepultura usa a música para conscientizar o povo e também em forma de protesto, uma banda brasileira que canta inglês, mas que retrata o sentimento de muitos brasileiros do que qualquer bandinha que cante em português. Hoje o Sepultura tem como vocalista o Derrick Green, apesar das críticas quanto ao excesso de experimentalismo dos álbuns após o Arise, o Sepultura continua um das melhores bandas do mundo ao vivo. Interessante conferir os trabalhos anteriores ao Arise, o Beneath The Remains e o Schizophrenia.

    Obliteration Of Mankind, Under Place Grey Sky, We Shall ARISE!!!!

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    posted by Anônimo at 9:13 PM | 0 comments

    quinta-feira, junho 16, 2005
    Helloween-The Dark Ride

    No mundo do Rock/Metal, parece que há um certo ódio pela inovação ou diferenciamento de caminhos tradicionais. Um exemplo clássico, até, é o álbum "(Music From) The Elder", do Kiss, para quais muitos, até mesmo os fãs da turma de Gene torcem o nariz, ainda que o álbum tenha seus méritos. No mundo do Metal, então, temos o "Turbo" do Judas Priest, o "No Prayer For The Dying" do Iron Maiden, "Outcast" e "Endorama" do Kreator... Enfim, mil casos.

    No caso do Helloween, não é de hoje que a banda vive procurando novos caminhos para quais possam trilhar." Pink Bubbles Go Ape" e "Chameleon" são uma real expressão de que a banda, ainda que com diferentes integrantes, foi ousada. Ainda mais com Andi Deris, nome que provoca até certo calafrio nos puristas, mas fascina os mais jovens ou com mente mais aberta que a maioria. Eu, particularmente, fico do lado de Andi Deris. Sei lá, não sou muito fã do estilo agudo de Michael Kiske. Andi tem uma voz mais grave, sabe fazer agudos muito bem (não ao nível de Kiske, mas ainda assim, ótimos), rasgar a voz... Tudo em uma mesma música, as vezes. A versatilidade do cara me conquistou, além da presença de palco fenomenal.

    "The Dark Ride", penúltimo álbum da banda, é um álbum que mostra a ousadia deles em trilhar caminhos diferenciados. Veja só, a banda foi praticamente criadora do Heavy Metal Melódico, estilo hoje dominado e saturado por bandas ultrapidas e ultratécnicas que imitam Michael Kiske além do limite do aceitável (cópia de vez em quando é bom, confira Astral Doors, que o vocalista canta que nem o Dio, ou Masterplan, com Jorn Lande cantando feito David Coverdale).

    Logo pela sinistra capa, vê-se que algo está mudado. De fato, a banda deu uma mudança verdadeira na maioria das músicas, deixando as guitarras mais graves e distorcidas, exibindo alguns dos riffs mais pesados já gravados pela banda. O clima sombrio cerca as letras e dá um clima sinistro das músicas. Sim, uma verdadeira deturpação do Power Metal Melódico alegre e positivo da banda, mas... Não é que o álbum ficou excelente? Acho o melhor da banda depois de "The Time Of The Oath".

    O time para a gravação desse álbum é o mesmo que abanda vinha mantendo há certo tempo: Andi Deris como homem de frente, fazendo os mais variados tipos de vocalizações citadas acima, a ótima dupla Michael Weikath e Roland Grapow destilando riffs, bases e solos de matar, e como já dito, pesadíssimos, Markus Grosskopf como sempre um verdadeiro professor de baixo, criativo às pampas, mesmo esse álbum não tendo nenhuma composição sua, e na bateria um verdadeiro monstro, Uli Kusch. Sem contar que temos como músico adicional o tecladista Joern Elerbrock, que se destaca bastante em certas faixas. O álbum foi produzido por Roy Z (Halford, Bruce Dickinson, Judas Priest) e o menos conhecido mas não menos excelente Charlie Bauerfeind (Que tem o Angels Cry do Angra como ponto importante do currículo).

    A introdução "Beyond The Portal" soa como se estivéssemos chegando a uma outra dimensão, atravessando um portal, devido ao clima sombrio que instaura ao seu desenrolar... Que dá espaço à pancada "Mr. Torture", que inica com teclados soturnos e os bumbos explodindo na sua cabeça. Riffs rápidos e gravíssimos e um vocal rasgadão de Andi que explodem em um refrão intenso e cheio de backing vocals.Algumas paradas repentinas antecedem a parte mais rápida da música e um solo de derreter o cérebro, para chegar ao refrão contagiante outra vez.

    "All Over The Nations" vai na linha do Power tradicional do Helloween, com um vocal mais limpo, riffs mais melodiosos, cozinha marcante, tudo em alta rotação. O refrão talvez seja o maior destaque da música, além das linhas vocais arranjadas especialmente para o vocal de Andi. O solo não é o melhor do álbum, mas cumpre bem seu papel, recheado de melodia e velocidade, aula de como tocar Power sem soar enjoativo para qualquer banda repetitiva e chata que infesta o cenário Melódico aprender como se faz, com os mestres. Já diria a música do "The Time Of The Oath", "Kings Will Be Kings"...

    Um riff de assustar abre "Escalation 666", que consiste em bases igualmente pesadas a de "Mr. Torture", porém mais lentas. As viradas de bateria e um refrão de deixar perplexo são outros destaques desse musicão. O que realmente deixa com medo é Deris sussurrando "escalation six six six" nos seus ouvidos. Por falar em Deris, esse é um dos seus melhores desempenhos no álbum,indo da voz rasgada dos versos à voz limpa do refrão com naturalidade. Só para complementar, o solo é outra coisa de se encher os olhos. O final da música é repentino e extremamente sombrio.

    "Mirror Mirror" tem um riff inicial bem puxado para o tradicional, que persiste até a música acalmar repentinamente, para teclados soturnos preencherem sua mente, e as guitarras voltarem aos poucos, e Andi faz o inverso das outras faixas: canta normalmente nos versos para poder então rasgar tudo no refrão, que é especialmente feito para bater cabeça. Ah... Mais um solo de babar. Se depois dessa você não achar que Weiki e Roland são duas feras, você só pode estar surdo...

    Um teclado emocional, parecendo vir do fundo de sua alma, inicia a obra prima "If I Could Fly", um musicão composto e letrado por Andi Deris. A melhor música do álbum é boa em tudo. Os riffs são pra ninguém botar defeito, as linhas vocais de Andi Deris são capazes de arrancar lágrimas, o refrão mais ainda, a linha do teclado que persiste bela e sonora, tem outro dos melhores solos do álbum, ainda que mais cadenciado que as porradas anteriores, uma letra meio desesperada, tratando sobre a vontade de se sentir livre de qualquer problema, preocupação, de poder consertar tudo que fosse errado... Uma obra prima, pérola valiosa para quem curte músicas cheias de feeling, prato cheio para fãs do Helloween.

    "Salvation" tem um riff à lá Power que o Helloween tanto ajudou a consagrar, tem toda aquela velocidade que o Helloween providencia às músicas, com bases supermelodiosas e contidas na medida certa, uma cozinha super encorpada, Andi Deris canta a faixa inteira com a voz limpa, exceto em algumas partes que os agudos são necessários. É a que mais lembra o Helloween antigo, com um refrão de certa maneira até positivo. O solo, aí sim, é o melhor do álbum, mesmo essa não sendo a melhor faixa. É uma monstruosidade o que Weikath sabe compor!

    "The Departed (Sun Is Going Down)", começa lenta e soturna, com Andi Deris cantando em uma linha vocal muito bem sacada, a bateria quase em tom marcial mas com certo groove pelo baixo, que cozinha muito bem. Os riffs não são lá muito marcantes, mas o refrão... Aí sim. Compete para o melhor do álbum. É totalmente empolgante e viciante. Chicletudo sim, mas uma maravilha.

    Um riff pra lá de 'maligno' é um dos destaques principais de "I Live For Your Pain", outra das melhores faixas, onde Deris consegue um de seus melhores desempenhos. O refrão é furioso, com Andi contracenando com os backing vocals, mostrando uma voz pra lá de rasgada. O solo é técnico e bonito, cristalino e tinindo de qualidade. As bases são muito boas, graves e nem rápidas, nem lentas demais. Um pouco mais e a música poderia ficar Sabbathica...

    "We Damn The Night" começa superfuriosa, com um riff animal, uma linha vocal desenfreada, e uma velocidade louca e descontrolada por parte da banda. Um refrão excelente também dá toda uma cara à música. As bases são caprichadíssimas, as viradas de Uli são de matar também... Tem uma parte com um teclado soando viajante, que antecede a um dos solos mais velozes do álbum, mas como o protocolo Helloween já ordena, é muito bem elaborado. A parte anterior a retomada do refrão é primeiro composta de um trecho pesadíssimo e uma parte em que Andi e os backing vocals ficam atuando até o refrão explodir furioso. Aí a maravilha acaba para começar mais uma.

    "Immortal" tem um começo lindo nas guitarras. Quando o peso invade sua estrutura, continua bela e cadenciada, com Andi interpretando a letra uma barbaridade. Esse sabe arrancar lágrimas quando quer. Os versos decaem em um refrão totalmente emocional. As bases não são graves, mas ainda assim, são pesadas. É outra pérola de Andi. Esse aí sabe compor de um jeito todo especial e totalmente Helloween ao mesmo tempo. O solo é completamente lotado de feeling.

    A faixa título parece que vai começar de forma infantil, até que vozes de pessoas contracenam com uma voz maligna de Andi Deris, até que um riff mezzo Power, mezzo Tradicional incia tudo. As bases são bastante variadas, e a música é bastante estruturada, com uma linha vocal superbem arranjada. A letra é outro destaque, muito inteligente. As linhas vocais variam de andamento depois de um elaborado solo, embarcando em algo totalmente emocional, com Andi dando uma aula, cantando lá do fundo da alma. Como canta o cara! Um solo de fazer babar, bater cabeça, arrancar lágrimas e tudo isso junto é disparado, talvez o solo mais longo do álbum. Um primor metálico. Depois de você ouvir, vai pensar "Helloween...Isso que é banda...", e não se sinta recriminado por pensar disso. Éfato. E obrigado, mesmo, Grapow, de compor mais uma faixa título tão maravilhosa.

    Enfim, acaba. Esse álbum fez Roland Grapow e Uli Kusch debandarem, indo formar o Masterplan. A banda não gosta muito desse álbum... Talvez pelo excesso de peso e carma negativo que é transmitido ao longo do mesmo. Mas confie em mim... Esse álbum é uma prova viva que uma banda de músicos geniais (pela parte musical) pode fazer um álbum que fuja do caminho tradicional e que do mesmo jeito ainda pode fazer um tremendo barulho, e atrair ainda mais fãs. De certa forma, esse caminho que a banda trilhou foi uma forma de poder amadurecer em caminhos não costumeiros à eles. E eles provaram que tem capacidade. Pumpkins Fly High!

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    posted by billy shears at 10:03 PM | 1 comments

    domingo, junho 12, 2005
    Ozzy Osbourne-Diary Of A Madman

    Ozzy é figura tarimbada de hoje no Heavy Metal e no mundo pop das mil e uma celebridades que habitam as terras do Tio Sam. Tem uma carreira consistente, mesmo só sendo membro efetivo de duas bandas ao longo de 36 anos: O Black Sabbath (surgido em meados de 69) e a própria carreira solo. Na segunda, sempre trabalhou com músicos do mais alto escalão, dos quais, o maior, sem dúvida, foi o gênio da guitarra Randy Rhoads. “Diary Of A Madman” é o segundo álbum da carreira solo do Mr. Madman, e consistia na mesma formação do anterior: Ozzy (claro) nos vocais, a fera Randy na guitarra, e a cozinha Bob Daisley no baixo e Lee Kerslake na bateria. É um dos álbuns mais sombrios (senão o mais sombrio) da carreira de Ozzy. A capa reflete bem isso, uma das mais insanas e ‘darks’ para a época.

    Mal começa o álbum e lá vem paulada. “Over The Mountain” é iniciada por um curto solo de bateria, seguido de um riff animal, com Ozzy cantando a letra de forma quase que excitada e com linhas vocais grudentas. Alguns versos ficam colados na memória logo de início. As bases de Randy também são ótimas, e o solo... Bem, o primeiro de muitos que nós será dados durante o álbum. Apenas um comentário, é de fritar os tímpanos!

    “Flying High Again” é uma música que pode ser chamada Hard-Heavy, mesclando o peso do Metal com um riff super Hard Rock. O andamento é quase dançante. É feita especialmente para pular. A voz de Ozzy é capaz de injetar adrenalina até em quem já morreu. E mais um solo de Randy é ouvido, já fazendo você começar a viajar. Enfim, clássico!

    Pisando no freio após duas faixas de agitação pura, “You Can’t Kill Rock And Roll”, com um início na guitarra de chamar a atenção de qualquer um de tão belo. A bateria entra em certo ponto para fazer a música crescer em seu pesado e empolgante refrão, cujas algumas estrofes são de animar qualquer amante da música: “Leave me alone,/don’t want your promises no more/Cause Rock And Roll is my religion and my law”...E por aí vai... A letra ataca todos os detratores que atacam o Rock And Roll sem pensar ou sem justa causa. Randy toca um solo maravilhoso, de gelar a espinha na sua primeira audição. Garantia de conquista total e vício depois de algum tempo!

    Ah, não é possível. Quatro clássicos emendados, um atrás do outro! Essa é “Believer”! Uma linha de baixo superbem sacada de Daisley já te bota nos trilhos pra encarar o monstro que vai vir. A guitarra de Randy aparece quase que do nada para logo Ozzy entrar e a música seguir um andamento viciante. “You’ve got to believe yourself, or no one will believe in you”...é o conselho que Ozzy dá ao ouvinte. A faixa lá pro meio dá uma diminuída para logo depois o peso ser retomado e Randy mais uma vez te deixar nas nuvens com mais um solo. Perfeita!

    Mais uma introdução de bateria é ouvida em “Little Dolls”, talvez a mais Hard Rock da bolacha. O seu corpo involuntariamente acompanha a música, seja balançando a cabeleira, batendo com o pé no chão, imitando a guitarra ou a bateria...Ou pulando pelo quarto inteiro! Com um riff muito legal e linhas vocais empolgantes, a música segue até a bateria ser espancada de novo no mesmo ritmo por Kerslake e a música voltar à tona. Outro solo de se ficar boquiaberto. Dá-lhe Randy!

    Após tanta pedrada, o seu corpo já deve estar pedindo descanso. E “Tonight” vem cumprir esse papel, como a balada do álbum. Iniciada por uma linda guitarra e um vocal meio triste de Ozzy, persiste ao seu refrão, que possui um incrível tom de esperança. Um solo com feeling até o talo é disparado por Mr. Rhoads, e é o momento da música te arrancar lágrimas.Ocupando seu lugar na história, eu não tenho nem mais o que comentar. Linda demais.

    “S.A.T.O.” mantendo o nível, é maravilhosa. Tem um início soturno, quase sombrio, para descambar em um riff magnífico e Ozzy cantando maravilhas, o baixo bem presente e a bateria socada com precisão e força. E para tornar essa resenha mais repetitiva ainda, adivinha? Randy pinta com mais um solo de se viajar na sua curta duração. Essa é faixa mais para bater cabeça do álbum inteiro. Então, enjoy it!

    A faixa título, “Diary Of A Madman”, encerra com chave de ouro e magnificência, com um início belo e sombrio, embarcando em um peso e clima quase que medieval. Tanto a voz quanto a letra são neuróticas. A música mais trabalhada do álbum mostra-se digna de ser a faixa-título. Um Heavy Metal cadenciado como poucos estão dispostos a fazer. Uma obra prima. Ozzy e Randy mostram-se a dupla perfeita, com voz e guitarra sendo os destaques principais da faixa, sobrenatural de tão belo, isso sem contar violinos e flautas que aparecem discretamente. Lá para o final, a canção tem um momento extremamente pesado para Randy esboçar um curto solo, e Ozzy cantar junto com todos os instrumentos utilizados soando alto. Um coro encerra a criação divina...Digo, música...De forma sombria, deixando o ouvinte perplexo.

    Se você quer entender o que é esse álbum, a mágica que ele transmite, a energia, beleza, fúria, pegada e sentimento contidos, só ouvindo por si só. Obrigatório para quem curte Metal e para quem não consegue viver sem o som de uma guitarra dentro da cabeça.

    Um álbum perfeito, de extrema importância na minha vida musical e pessoal. Não só na minha! Um monte de gente também. Se você quer entender porque Ozzy é rei, corre atrás de todos os álbuns dele, sem exceção de nenhum. Eu garanto satisfação total!

    P.S.: Além disso, corra atrás do Tribute To Randy Rhoads também! O ao vivo captura a banda solo de Ozzy em sua melhor forma, as versões de “I Don’t Know”, “Crazy Train”, “Revelation (Mother Earth)”, “Flying High Again” e principalmente “Mr. Crowley” ficaram matadoras, com uma beleza de fazer chorar de emoção!


    Randy Rhoads R.I.P.

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    posted by billy shears at 9:44 PM | 0 comments

    sexta-feira, junho 10, 2005
    Testament-The Gathering



    A lendária banda de thrash metal, Testament. Uma das bandas mais surpreendentes do metal e uma das mais técnicas, senão a mais técnica do Thrash Metal. Banda marcada por constante troca de integrantes, e que a cada álbum surpreende a todos na sonoridade. O Testament é um gigante do thrash e respeitado em todo o estilo. O Testament começou com o vocalista Steve "Zetro" Souza que acabou depois indo para o Exodus, e para o lugar dele veio um dos mais marcantes vocalistas do Thrash, Chuck Billy, que acreditem, era vocal de banda de glam rock! Lançaram 3 clássicos, chamados The Legacy, The New Order e Pratice What You Preach, que foram eternizados e projetaram a banda para o topo do Thrash Metal, revelando também um grande guitarrista chamado Alex Skolnick. Muitas trocas de formações, muitos álbuns lançados e o grupo sempre ousado musicalmente.

    Optaram por uma sonoridade mais pesada e brutal em um momento crucial com o álbum Low, surpreendendo a todos, e logo após lançaram o álbum Demonic, esse ultimo mais Death Metal. A sonoridade brutal de Low e Demonic está de volta com o The Gathering, álbum que irei resenhar, cuja formação é histórica, uma das melhores cozinhas já vistas no Thrash Metal, com Chuck Billy nos vocais, Dave Lombardo (hoje de volta ao Slayer) na bateria, Steve Di Giorgio no baixo, Eric Peterson e James Murphy nas guitarras.

    O álbum começa com um clima meio sombrio, e cai duma vez num riff matador, e destruidor, se prepare, pois você vai entrar numa guerra de riffs explosivos neste álbum, D.N.R Do Not Resuscitate é um chamativo para a bateção de cabeça, com Dave Lombardo impossível nos bumbos, uma máquina, e as guitarras trabalhando muito bem, incrível, incrível e mais incrível, velocidade destruidora!

    Impossível não se impressionar com o riff inicial da segunda faixa Down For Life, a faixa mostra uma voz impecável no vocal do Chuck Billy em algumas horas, um vocal gutural como poucos conseguem fazer, Dave criativo, variando muito nas viradas e ritmos, fazendo você praticar “air batera”, as guitarras quebrando bem em algumas paradinhas que há na música e riffs que chamam para uma seção de balançar a cabeça sem parar, enfim excelente.

    A terceira faixa começa lenta, com um ritmo só no prato de Lombardo, e as guitarras baixas, se você pensa que eles vão cadenciar, está muito enganado, Eyes Of Whrath entra com a voz de Chuck Billy como se anunciasse algo como o apocalipse, entra o riff ótimo e vai ficando bom, até que eles dão uma paradinha voltando o ritmo no prato, e sem demora volta para a paulera, ocorrendo depois de algum tempo a paradinha novamente. A faixa é muito técnica, com bastantes tempos quebrados, mostrando bem o trabalho de cada um dos cozinheiros, além de ter um solo muito legal, não muito rápido, mas a base continua incansável.

    True Believer começa com aqueles riffs bastante empolgantes, e de novo bastante técnica, talvez a mais técnica das faixas, pois as mudanças de tempo são radicais, e meu deus, há uma seção de arrebentar, fazer mosh, quebrar tudo, porrada, com os vocais guturais esmagadores de Chuck Billy e um riff de fazer qualquer um saltar da cadeira, entrando já no solo, faixa de tirar o chapéu, técnica com muita empolgação.

    3 Days In Darkness começa com aqueles riffs que fazem você abrir um sorrizão insano, uma cara de mau e bater cabeça com empolgação, e como sempre Dave Lombardo mostrando o porque é o rei da bateria do Thrash Metal, sem dúvida o melhor baterista de Thrash, além de Chuck Billy estar impossível no vocal. Nem precisa dizer que esta é mais uma faixa que esbanja técnica, o mais interessante é que o riff quase não muda, mas é um riff tão legal que você não consegue enjoar dele, o solo da faixa é bem rapidinho, mas se encaixa como uma luva na faixa.

    É impossível o que esse cara faz na bateria, olha só o começo desta faixa o que o Dave faz. A faixa mais insana de todo o álbum, Legions Of Death mostra uma sonoridade avassaladora, totalmente extrema, um speed metal puxado para death, com toda a cozinha acelerada, a faixa toda tem o vocal de Chuck Billy sendo gutural, uma das melhores, para quem adora um peso e velocidade aliados, essa música é um prato especial, aliás, todo o álbum, que é devastador.

    Meu, outro riff daqueles dançantes, que você apenas faz chifrinho e se descontrola, ou bate cabeça estilo Zakk Wylde, eu não vou me agüentar, é Careful What You Wish For, o álbum é bastante variado, é inegável a criatividade da banda, a faixa é muito interessante e tem um dos refrões mais cativantes do álbum, que faz você querer cantar junto com Chuck Billy: “Hey... we live in a fucked up world!”, não há como não gostar dessa faixa, é totalmente foda o entrosamento das guitarras de Eric e James, sem falar nas linhas de baixo de Steve Di Giorgio. A letra é de critica social, como muitas, as letras do Testament são bem variadas e interessantes também, abordando vários temas como miséria, guerra, etc.

    Riding The Snake começa acelerado o trabalho de Dave na batera e passa para os riffs bem aplicados das guitarras, que te fazem delirar, a faixa tem algumas quebras de tempo determinadas no vocal de Chuck que fala baixinho em algumas horas e que o prato de Dave acompanha. O mais legal da faixa é o baixo de Di Giorgio que aparece muito bem, com linhas excelentes, a melhor música do baixo dele, a faixa é muito interessante, e outra bastante diversificada.

    Allegiance é uma das faixas mais curtas do álbum, mas outra faixa que arranca elogios, de novo por causa dos riffs, que te fazem balançar involuntariamente, a faixa não te dá descanso, principalmente porque o Dave Lombardo não deixa, e não há tantas quebras de tempo, assim ficando corrida e digamos uma faixa com um “balanço” bem interessante.

    Nossa que começo incrível, é pancadaria, e é Testament como sempre, é incrível a técnica, fascinante. Sewn Shut Eyes tem principalmente uma bateria e um vocal descontrolado, e um riff acompanhando as batidas da batera, a faixa chega em um tempo muito legal, em que a batera de Dave parece uma metralhadora. Rápida, técnica, riffs bem aplicados, a faixa é muito boa.

    É, eles guardaram uma surpresa pro final sim, a última faixa Fall Of Sipledome é uma daquelas faixas que te fazem viajar direto ao inferno de tão extrema e empolgante, uma das melhores do álbum, para fechar como começou, saltando da cadeira, de onde estiver, a ultima faixa tem o melhor solo do álbum, uma das melhores faixas sem dúvida, é de ficar bobo apreciando tamanha qualidade e peso.

    Escutando um álbum desse, você já pode constatar que o Heavy Metal nunca morrerá se depender do Testament. Uma banda que supera todas as expectativas foi assim com o The Gathering, um álbum maravilhoso, trouxe o retorno de uma das melhores bandas de Thrash de todos os tempos, melhor do que nunca. A formação do The Gathering é coisa de louco: Chuck Billy sendo um dos melhores vocalistas do mundo, principalmente pelo gutural, Dave Lombardo, esse aí nem precisa comentar não é mesmo? Eric Peterson e James Murphy entrosados e com riffs avassaladores, além de combinar na medida certa melodia e peso e Steve Di Giorgio no baixo com uma qualidade que poucos possuem, isso diz tudo sobre a sonoridade do álbum. Pesado, insano, brutal, ousado, técnico demais, falta palavras a atribuir a volta de Testament. Uma banda que até hoje consegue encher os olhos de muita gente, ao contrário de bandas decadentes como Metallica e fazer verdadeiros fãs do estilo, enfim, um petardo no coração de amantes de Thrash e metal pesado. Se possível procure pelo álbum mais recente deles, chamado First Strike Still Deadly, que são as regravações dos clássicos, e que traz o grande guitarrista Alex Skolnick de volta, fazendo parceria com Eric Peterson, e entrando o batera John Tempesta, com as duas últimas tracks participação especial de Zetro, álbum que também herda o peso de The Gathering.

    Prometo fazer uma resenha de um dos álbuns clássicos desta banda fascinante, quanto ao The Gathering, é simplesmente excepcional, um trabalho histórico da banda, só escutando para entender!

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    posted by Anônimo at 2:24 PM | 0 comments

    segunda-feira, junho 06, 2005
    Kreator-Coma Of Souls



    Salve salve! Kreator hoje pra vocês fãs de Thrash Metal do meu Brasil, o álbum a ser resenhado é com certeza da melhor fase do Kreator, estou falando do Coma Of Souls, o trabalho é excepcional, tanto na voz de Petrozza quanto na bateria violenta e a dupla de guitarristas fazendo riffs pesadíssimos que fazem o chão/mesa/cama ou onde quer que seja o lugar onde você esta ouvindo o CD tremer. A formação da banda nessa época é a melhor de todas do Kreator com o vocal clássico de Petrozza, a bateria de Ventor, a guitarra de Frank “Blackfire” e Christian Giesler no baixo. O álbum é bem agressivo e vamos a resenha.

    A primeira faixa começa com uma entrada leve, fraca e baixa, mas dá lugar a um riff violento e potente com bateria a todo vapor, estamos falando de When The Sun Burns Red. Como já havia dito o vocal de Mille está um dos melhores nesse álbum, rasgado, um pouco agudo e um pouco grave, ou seja, na medida. A letra fala dos problemas ambientais do mundo, e dos problemas que isso pode ocorrer, mas não é algo falado calmamente, é uma letra forte, não é como na escola “Não jogue lixo na rua...”, é PORRADA mesmo, sem parar, resumindo, uma música foda.

    Coma Of Souls, putz, nem tem o que falar dessa música, simplesmente um dos hinos do Thrash Metal e do Kreator, o comentário sobre essa faixa poderia acabar aqui, mas não vai. A faixa é tocada e cantada freneticamente com uma sonoridade vibrante que te faz cantarolar ou até mesmo cantar junto com Petrozza, é contagiante pra caralho, me desculpem o uso do vocabulário, é que a música é boa mesmo. “Spirits on ice, they’ll never be free. One dimensional lives. Will the coma of souls outlive eternety. Música simplesmente F.O.D.A, da-lhe Kreator!!!

    Mal acaba um hino e já vem outro, People Of The Lie é importantíssimo para quem conhece Kreator, se você não conhece essa música você não conhece Kreator. O refrão da música é a melhor parte junto com os riffs, violentos até o osso. A letra fala de políticos, governantes e toda essa laia mentirosa, que não se preocupa com seu povo é etc. Uma faixa excelente, para não dizer, a melhor de todo o álbum.

    World Beyond já começa metendo o pau com um riff arrastado e consideravelmente rápido sem amenizar. A letra fala do mundo futuro que teremos se continuarmos do jeito que tratamos dele, mas não é nada leve não, é uma letra rápida, direta e matadora. A bateria também arrasa, rápida e pesada...Não tem coisa melhor.

    O riff inicial de Terror Zone é mais leve e mais devagar que os demais e é bem longo, ocupando boa parte da música sem entrar vocal nem nada. Quando o vocal de Petrozza entra a música continua meio lenta e o vocal também, mas depois começa a acelerar aos poucos até você ter um Thrash Metal muito bem feito (ainda meio que devagar) bem na tua cara.

    Agents Of Brutality começa rápido e pesado com um grito emitido por Petrozza e riffs tenebrosos...E então a faixa acelera divinamente no riff e no vocal destruindo tudo. A letra fala de assassinos e/ou estupradores que atacam inocentes, a letra é o ponto mais forte na minha opinião, depois vem a bateria pela questão da rapidez e peso que ela emite, muito foda mesmo, Thrash dos bons.

    Essa faixa é muito boa, Material World Paranoia começa com um riff arrastado para ir para uma coisa mais rápida e direta. Antes de o vocal entrar, a bateria fica mais frenética e com mais peso, Petrozza não acelera tanto no vocal de inicio, mas depois fica mais rápido. A letra fala do mundo capitalista, industrializado, frio e sem sentimentos em que vivemos, realidade pura, nua, crua e direta.

    Essa faixa começa com uns riffs que lembram mais um Thrash oitentista, mas então entra o vocal e você vê que isso é Kreator. O riff fica mais pesado e mais arrastado, não é divagar, apenas um pouco “arrastado” e dá um toque de Thrash alemão, como Sodom e companhia. A letra dela é foda (Novidade...), se você gosta de Thrash Metal você com certeza vai curtir Twisted Urges.

    A música começa com um baixo sozinho e depois entra as guitarras e a bateria essa é a Hidden Dictator, de inicio lembra muito mesmo o Sepultura antigo, mas então fica algo mais “arrastado” e você percebe que é Kreator e então finalmente vem o vocal pra completar a destruição que a faixa causa, muito boa por sinal, tanto na letra, no vocal, na bateria e nas guitarras.

    Estamos na ultima faixa, álbum que é bom acaba rápido. Mental Slavery começa com uns riffs bem pesados e divagares, eles aceleram um pouco com o decorrer da música, só não espere nenhum Speed Metal ou algo do tipo. O vocal de Mille esta muito bom nessa faixa e melhor que em algumas outras, não que eu seja especialista no assunto, estou só dizendo a minha opinião.

    Para dar uma resumida em tudo aquilo que eu falei lá em cima só tem uma palavra para esse álbum: FODA. Você agora se pergunta o porque, bom, primeiro porque é Kreator e Kreator é Thrash Metal do bom e do melhor, segundo que é peso, brutalidade, melodia e letras boas demais e terceiro porque é THRASH METAL oras. Vale a pena comprar esse álbum é um dos melhores da carreira da banda, pra não dizer o melhor. Eu fico por aqui, valeu pra quem leu a resenha...Fui.

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    posted by Sam at 8:00 PM | 0 comments

    quinta-feira, junho 02, 2005
    Kiss-Destroyer


    Cá está mais um álbum seminal do Hard Rock da década de '70, talvez a década mais produtiva, falando em termos de Rock And Roll. Clássico após clássico eram lançados, as vezes até pelas mesmas bandas. Uma destas muitas eram o Kiss, uma das poucas bandas a alcançar uma formação consagrada e histórica (assim como Beatles, Black Sabbath, Led Zeppelin, Deep Purple e Iron Maiden).

    Além de ter uma formação consagrada como uma marca de ferro quente, outra marca registrada, é, obviamente, as identidades assumidas pelos quatro integrantes (diga-se de passagem, a banda foi uma das inventoras do corpse-painting ao lado de 'Tia' Alice Cooper). O vocalista e guitarrista Paul Stanley se transformava em um ser andrógino, com uma estrela enfeitando seu olho direito. Gene Simmons, baixista e vocalista, encarnava o demônio. O guitarrista Ace Frehley transformava-se em um alien prateado. E o baterista Peter Criss era o gato (o animal gato, e não o adjetivo sinônimo de 'bonito'...).

    Lá para o meio da década de '70, o Kiss teve uma de suas fases mais produtivas. Foram seis álbuns em três anos, desde que a banda lançara o álbum "Dressed To Kill", que contém o hino do Rock And Roll ao lado de Stairway To Heaven, "Rock And Roll All Nite", explodiu para o mundo com o primeiro "Alive!", lançou talvez o seu melhor álbum, "Destroyer" , "Rock And Roll Over" foi lançado no mesmo ano e só parou para respirar depois de "Love Gun" e "Alive II".

    "Destroyer" é magnífico. A criatividade de fazer música dos quatro combinada com a habilidade assombrosa do produtor Bob Ezrin (que trabalhou com nomes como Pink Floyd e Led Zeppelin) pariu um dos melhores álbuns do Hard Rock e do Rock And Roll em geral.

    Então vamos, lá. Uma narração de rádio feita por Gene Simmons, seguida do barulho de um motor de carro sendo ligado, é o rádio tocando o refrão de "Rock And Roll Nite", para logo depois um riff superconhecido invadir o seu cérebro. O vocal de Paul Stanley é totalmente empolgante, o baixo de Gene Simmons é forte e presente, e outro presente aqui é um solo mágico feito por Ace Frehley. A letra fala sobre um motorista de caminhão que viaja para a cidade de Detroit, sabendo que a qualquer momento pode acontecer algo e ele vai sofrer um acidente e morrer. Algo que se concretiza em seu final, com um barulho de explosão. "You gonna loose your mind in Detroit Rock City..."

    O barulho da guitarra emenda a anterior com "King Of The Night Time World", outro petardo musical, Rock And Roll dos bons para ficar pulando, um refrão excelente, e guitarras mais grandiosas ainda. Seja consumido pelo Rock And Roll!

    Uma única explicação para tal álbum é plausível: querem fazer o ouvinte se acabar de tanto agitar. Clássico após de clássico! "God Of Thunder" tem um início com um grito de criança para logo o baixo e a voz rouca e grave de Gene Simmons entrarem destilando o poder. Sonoridade densa, crua e ríspida são a tônica da canção. Nos shows, é o momento que Gene aproveita para sair voando e cuspir sangue em cima da platéia; o que proporcionava um tesão maior ainda para os shows de rock-teatro do Kiss.

    Pianos e os corais da Orquestra Sinfônica de New York são explorados na pisada no freio "Great Expectations". Um refrão de matar é o destaque principal da música, ficando grudado na memória alguns vários minutos após uma ouvidela.

    A diversão do Rock And Roll tocado em volume máximo volta em "Flaming Youth". Como o Kiss já é acostumado a fazer, a música é agitação pura. Se você quer uma festa agitada e animada, ponha o "Destroyer" para tocar no talo umas três vezes!

    "Sweet Pain" tem um início quase que mágico e novamente uma levada pra lá de empolgante, do tipo de tocar fogo em qualquer lugar e fazer todos cantarem o refrão com a força dos pulmões. Não se preocupe se você morrer por excesso de agitação-o seu cadáver continuará dançando!

    Mais um clássico. "Shout It Out Loud" toca mais fogo ainda. Paul e Gene repartem os vocais em uma das faixas mais animadas do álbum. É pretexto para todos saírem dançando, sozinhos ou acompanhados, sentindo o Rock tomar conta de corpo e mente. O refrão simplesmente repete o nome da música, convidando todos a gritarem, dançarem e agitarem.

    "Beth"...clássico na doce voz de Peter Criss. É uma balada orquestrada. Com uma letra quase banal, é verdade, mas que voz, Peter. Que voz. O vocal já justifica tudo. É pensar que essa música quase não entra no álbum. Só entrou mesmo para agradar Peter. Paul e Gene pensaram que a música seria fracasso total, mas bem...virou um dos muitos clássicos do álbum. Dependendo da sua emotividade, com certeza ela pode te arrancar lágrimas.

    Paul Stanley volta a cantar em "Do You Love Me?", com um dos melhores refrões do álbum. Nos convida a voltar à dançar. Esqueça por um segundo as tantas preocupações da vida e curta o momento especial que é ouvir essa música. Logo após, tem-se um momento curto com o público urrando misturado ao refrão de "Great Expectations".

    Enfim, para quem quer entender a importância e magnificência dos anos '70, esse é um dos álbuns absolutamente necessários. Representa um dos auges da carreira do Kiss, quando a criatividade da formação clássica estava apurada e afinada. Como já dito anteriormente, é um álbum indispensável em um festa de Rock And Roll. Pegue uma cerveja, comece a pular com seus amigos e "Shout it, shout it, shout it out loud..."...

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    posted by billy shears at 6:34 PM | 0 comments

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