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    segunda-feira, dezembro 31, 2007
    Os Melhores Álbuns de 2007

    Eis que mais um ano encontra seu final. Mais um daqueles anos repletos de alegrias, risos, lágrimas, tristezas, diversão, tédio... Só não é a mesma coisa porque as razões, motivose e demais coisas sempre mudam. Novas experiências são vividas e no mundo da música não poderia ser diferente. Um ano de reuniões marcantes como do The Police e do Led Zeppelin, fazendo a alegria de nostálgicos, e que novos ícones do mundo da música estouraram no Brasil e no mundo, tanto quanto os de rock mais básico e agressivo, como Juliette And The Licks, como toda a nova onda new rave. E os ícones de outros verões apareceram com novos trabalhos. Em casas de show undergrounds e em sites de internet, arquitetam-se novas revoluções a explodir. Em todos os cantos do mundo. Parte do time do Dangerous Music, Bêr, Hugo, Luden e Liz, escolheu seus cinco favoritos do ano para recomendar a audição. Se esse ano o rock continua tão bom como antes, você decide!


    Bêr:

    1.Arcade Fire - Neon Bible

    Mesmo com tantos trabalhos de qualidade lançados este ano, inevitavelmente um se destacou mais no meu gosto: “Neon Bible”, dos canadenses do Arcade Fire. Superando até seu antecessor, “Funeral”, o que já era páreo duro, a banda alcança um nível que poucos contemporâneos conseguem. Pop perfeito digno dos Smiths em seus melhores dias, diferente e ousado, sombrio e emocional, erudito e simples, uma mescla sensível e intensa do melhor já produzido pela música pop.

    Se for genial ou não, fica a critério de cada um. Mas os desfiles de hinos do Rock ainda não descobertos pela grande massa já aparecem aos montes antes mesmo do disco chegar à sua metade. Canções como “No Cars Go”, “(Antichrist Television Blues)” e “My Body Is A Cage” mostram que o Rock não está apenas vivo e atuante, como também tomando novos rumos, apesar de todo conservadorismo empoeirado e nostálgico. Uma obra daquelas de girar o mundo em 360º a cada canção.

    2.Grinderman - Grinderman
    3.The White Stripes – Icky Thump
    4. Queens Of The Stone Age – Era Vulgaris
    5.Ozzy Osbourne – Black Rain

    Hugo:

    1.Radiohead - In Rainbows

    Com uma idéia de venda muito criativa, um som suave, rítmico, etéreo e razoavelmente bipolar (típico dos Radiohead), o disco rendeu mais dinheiro aos integrantes da banda que todos os outros álbuns juntos. Criticada ou aplaudida, a banda conseguiu causar uma polêmica razoável no mundo artístico, colocando em xeque o destino da música em cd, contemporânea das grandes redes de compartilhamento de arquivos.

    As faixas que fascinam pela versatilidade e pela criatividade rítmica e instrumental tem gosto nostalgicamente futurístico.Sendo assim, os característicos ritmos suaves e macios, que podem levar a profundas reflexões, se fazem tão presentes no álbum como agitadas maluquices e batuques dançantes. Idéias criativas e sons esquizofrênicos habitam o álbum.A lírica, tipicamente cognitiva e criativa, não deixa a desejar e, mesclada com acordes bem-construídos, assina em nome da banda que, inovadoramente, consegue, mais uma vez, inovar.

    2.Chico Buarque - Carioca (ao vivo)
    3.Arcade Fire - Neon Bible
    4.Bloc Party - A weekend at the city
    5.Lobão - Acústico MTV

    Luden:

    1.Violins - Tribunal Surdo


    Terceiro cd da banda de goiânia liderada por Beto Cupertino, que com suas letras políticas coloca-se junto a Dary Jr. (Terminal Guadalupe) e prova que ainda pode-se fazer boa música com críticas e inteligência.

    2.Radiohead - In Rainbows
    3.Wilco - Sky Blue Sky
    4.Terminal Guadalupe - A Marcha dos Invisíveis
    5.Superguidis - A Amarga Sinfonia do Superstar

    Liz:

    1.Nine Inch Nails - Year Zero


    O fim do mundo não me parece tão bom quanto em Year Zero, impactante do começo ao fim, uma porrada na cara, bem dada, daquelas duradouras, que ardem no final. Pode até ser paixão de fã, mas Year Zero é realmente alucinante, e eu, que aguardei seu lançamento desde o embrião, não me arrependo das horas gastas procurando trechos das faixas recém mixadas. Vale conferir o álbum na ordem, música por música, se deixar levar pela pesquisa de sons que começou no laptop do ônibus da turnê, pela paranóia, pelo masoquismo criado pela voz melodiosa de Trent Reznor que tenta disfarçar as porradas.

    Destaque para "The Beginning Of The End", "The Good Soldier" e a forte "Meet Your Master". Os ruídos nunca foram tão saborosos, o fim do mundo nunca foi tão produtivo, SALVE NINE INCH NAILS e um bom 2008 para todos que amam música!

    2. Radiohead - In Rainbows
    3. Marilyn Manson - Eat Me, Drink Me
    4. John 5 - The Devil Knows My Name
    5. Arcade Fire - Neon Bible
    Bônus:

    6.Wilco - Sky Blue Sky
    7.The Shins - Wincing The Night Away

    -

    O Dangerous Music deseja a todos os seus leitores um feliz 2008 para todos e todos os clichês do tipo que nunca são demais desejar. Enquanto não tiverem satisfaction, continuem correndo atrás do que querem. Muita boa sorte para todos.

    Long Live Rock And Roll - All You Need Is Love!

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    posted by billy shears at 7:49 PM | 5 comments

    quarta-feira, dezembro 19, 2007
    Os Mutantes - Os Mutantes


    "É o samba-rock, meu irmão
    Mas em compensação
    Eu quero ver um boogie-woogie
    De pandeiro e violão
    Eu quero ver o Tio Sam de frigideira
    Numa batucada brasileira..."

    Já cantou o eterno Jackson do Pandeiro naquele longínquo longiquíssimo ano de 1959, mal sabendo (ou talvez soubesse?) que seus desejos não tardariam a se realizar. E olha que nem aqueles generais chatos, conservadores e caretas conseguiram impedir que uma década inteira fosse puro chiclete com banana, duas décadas antes daqueles subversivos quadrinhos undergrounds de Angeli e Laerte. Ah, e daquele micareiteiro grupo baiano de axé também...

    Pois bem. Como todos já sabem, a década de sessenta foi a era da tropicália, movimento artístico-cultural às voltas com música, teatro, cinema e artes plásticas que foi influenciado pelo antropofagismo, pela pop-art e pelo concretismo que absorvia qualquer elemento cultural apetecível a eles, fosse ele erudito, pop ou comum. E juntos a tantos artistas dispostos a chutar o pau da barraca, vinham de São Paulo os irmãos Arnaldo Baptista e Sérgio Dias juntos a uma adorável ruiva chamada Rita Lee. Formado a partir de bandas como The Wooden Faces, Six Sided Rockers, O'Seis e Konjunto, o trio foi chamado pelo cantor Ronnie Von para servir de sua banda de apoio, fazendo assim sua estréia televisiva no programa "O Pequeno Mundo de Ronnie Von". E já pressentindo o caráter revolucionário do grupo, sugeriu um nome diferente e chamativo, inspirado em um livro de ficção científica de um escritor francês chamado Stefan Wul, perfeitamente cabível no estilo disforme e insano que o grupo seguia: Os Mutantes.

    Em 1967, participam do Festival da Record ao lado de Gilberto Gil na música "Domingo No Parque" e do claramente SargentPepperniano "Tropicália Ou Panis Et Circenses", revolucionário disco para a música brasileira em que vários artistas como os próprios Mutantes, o já supracitado Gil, Caetano Veloso, Nara Leão e Gal Costa davam voz a uma enxurrada de músicas que passariam para a eternidade sob suas vozes, tudo sob a batuta do genial maestro Rogério Duprat. Mas faltava que Os Mutantes desbundassem sozinhos, assim como seus parceiros de disco já haviam feitos.

    Desejo atendido em junho de 1968, pois. Naquele ano o trio lançava seu primeiro trabalho em LP, intitulado simplesmente de "Os Mutantes". Apesar do tanto que foi dito na época e polemizado nas décadas seguintes, o disco era além de mero filhote da fase psicodélica dos quatro fabulosos de Liverpool; de sonoridade muito mais anárquica que qualquer banda gringa, cabia tudo no caldeirão desses três bruxos: psicodelia, música concreta, distorções de guitarras, feedback, truques de estúdio, música erudita, samba... Com Arnaldo nos baixos, teclados e vocais, Rita nos vocais e percussões, Sérgio Dias nas guitarras e vocal e amparados pelos arranjos de Duprat e a bateria de Dirceu, o disco ultrapassava os rótulos e fronteiras nacionais e internacionais de qualquer gênero musical conhecido no período. As letras, assim como o som, caminhavam entre o sentimental, o nonsense, o sarcástico, o antropofágico, o muderno e o concretista, fazendo deste álbum dos registros mais originais lançados não apenas na história da música brasileira, mas na história mundial da música contemporânea.

    Eu sei que vosso ceticismo aumenta dia após dia, mas não exagerem tanto dessa vez. Mas tudo bem, se a vontade de ser blasé falar mais alto, deixo que as trombetas da abertura "Panis Et Circenses", composição da dupla Gil e Caetano, te empurrem na cadeira e os mutantes comecem a guiar os incrédulos em uma peça orquestrada, lisérgica, complexa e chocante, que ia além até do que seus influenciadores Beatles faziam; E Rita canta sob um ritmo pulsante a cativante letra que contém versos "Eu quis cantar/Minha canção iluminada de sol" e "Mandei fazer/De puro aço luminoso um punhal/Para matar o meu amor e matei", sempre reclamando que as pessoas na sala de jantar pouco prestam atenção nela, mais preocupadas em nascer e morrer, numa provável crítica aos costumes da alienada nação brasileira na época. E a canção é pura melodia, é pura e vertiginosa alucinação, é pura zoeira com suas brincadeiras de estúdio que imitam um animado jantar, é tudo isso e um pouco mais. Saia daí da sala de jantar e venha aqui um minuto, por favor, ouvir a próxima surpresa...

    ..."Tosse, todo mundo tossindo, vai! cof, cof-cof, AAARGH!". É dessa horripilante forma que o grande Jorge Ben, participando especialmente, dedilha no violão os primeiros acordes no violão de sua composição "A Minha Menina", seguido de perto para o riff distorcido e super elétrico de guitarra e o vocal chapado e em transe de Arnaldo cante "Ela é minha menina/E eu sou o menino dela/Ela é o meu amor/E eu sou o amor todinho dela", entre outros versos inocentes, apaixonados e fascinados, por vezes ate oníricos. A cozinha tem um sabor brasileiro incrível, com um groovezaço do baixo e uma percussão forte e pesada, deixando a música com um ar inovadoríssimo. E a canção segue nesse verdadeiro boogie-woogie de pandeiro e violão até acabar de forma tremendamente divertida.

    Ruídos de água pingando nos apresentam "O Relógio", balada arrastada e lenta, com um baixo sólido e melodias doces, onde Rita lamenta... Que seu relógio parou de funcionar! Descontando o sarcasmo, podia até estar no "Sgt. Peppers", se não explodisse de maneira violenta por alguns segundos para então voltar indelicadamente para o clima de balada. Os arranjos fragmentados de Rogério Duprat só ajudam a ter certeza que a forma de governo optada pelos justicieros do país dos Baurets é anarquia, pura e simples. E sim, naquela concepção preconceituosa de bagunça, zoeira e violência... E com muito mais graça que aqueles grupos conservadores chatos! Só não tem mais graça por causa da coitada da Rita... Como ela vai ver a hora em que seu amor chegará? "E no mar me atirei/Com o relógio nas mãos e pensei/Ele é à prova d'água/22 rubis"...

    "Adeus Maria Fulô" abre ao som de passarinhos e vocais etéreos, quase sumidos e distorcidos. Eis que entra um rock-baião, com os versos "Adeus, vou embora meu bem/Chorar não ajuda ninguém/Enxugue seu pranto de dor/Que a seca mal começou". A percussão deliciosa mistura-se aos vocais animados e festivos, mesmo tratando sobre despedidas, sendo uma psicodélica atualização da original composta pelos consagrados Humberto Texeira e Sivuca.

    A próxima foi escrita por Caetano Veloso. "Baby", também conhecida pela versão da gritadora Gal Costa ao lado de Veloso, ganhou vários ruídos misteriosos, teclados soando alto, distorções chorosas e ruídos zoados que combinam com a letra irônica, romântica e atual para a época. "Eu sei, comigo vai tudo azul/Contigo vai tudo em paz/Vivemos na melhor cidade/Da América do Sul". E, não sendo nem um pouco imparcial, a versão mutântica ficou bem melhor. Juro que não é implicância, Caê!

    "Senhor F", subversiva como ela só, podia ser muito bem ser um jazz de algum musical dos anos quarenta ou cinquenta, com seus vocalistas berrando, impondo a voz e sendo acompanhados por efeitos de desenho animado. "Você também/Quer ser alguém/Abandonar/Mas tem medo de esquecer/O lenço e o documento outra vez" canta a revolta dançante com um baixão muito bem imposto. Não dê bola se ficar ouvindo essa música tão alto que sua esposa, sua mãe ou seu chefe mande abaixar o som. Por via das dúvidas, siga o refrão e dê um chute no patrão!

    Acenda um charuto, prepara a galinha preta e liguem o Bat-Sinal! "Bat Macumba", de Gil e Veloso, experimental e visionária ao último, com melodias entrecortadas e agradevelmente irritantes que ainda seriam vistas mundo afora muitas vezes, com uma percussão tribal e um baixo que inevitavelmente prende a atenção, enquanto a banda grita insistentemente, "bat macumba ê-hê, bat macumba ô-bá!". Santo pai-de-sant0, Batman!

    "Le Premieur Bonheur du Jour", música da chanson française famosa na voz de Françoise Hardy, um dos maiores ícones dos anos sessenta. Com introdução onomatopéica, logo se transforma na mais bela canção do disco, com a voz suave e viajante de Rita contribuindo com um charme todo especial, com ela cantando em bom francês, "A primeira alegria do dia/É uma fita do sol/Que se enrola na sua mão/E acaricia meu ombro", o acompanhamento singelo de Sérgio e Arnaldo só ajuda a fazer com que a canção tenha mais beleza ainda.

    Introduzida por flauta e uma barulhenta bateria, "Trem Fantasma" logo cai em uma música lenta, arrastada e maníaca, com um ritmo envolvente e vocais derretidos e embebidos em psicodelia, com Rita, Arnaldo e Sérgio alternando e cantando junto sobre um trem fantasma que custava 400 cruzeiros. Casais se beijando, velhos amendrontados, Zé do Caixão e muito mais. Cheia até o pescoço de reviravoltas e com harmonias vocais belíssimas, a música é uma viagem só... E nem um pouco horripilante!

    Um coro religioso introduz "Tempo no Tempo", mas logo vêm os jogos de palavras, as harmonias vocais brincalhonas, com o instrumental parecendo ser trilha sonora de algum suspense antigo. Não faltam os habituais ruídos de objetos mundanos ao mundo da música, as letras cheias de ícones e figuras e críticas escondidas ou nem tanto... Tudo isso na música mais curta da bolacha, não chegando nem aos dois minutos.

    E fechando, "Ave, Genghis Khan". Com um teclado lisérgico e com a banda repetindo o título em tom até meio misterioso, a canção segue entre paradas, reviravoltas, quebras violentas de ritmo, progressões, feedbacks, um maravilhoso e distorcido solo de guitarra e "papai" César Baptista, a figura de quem Sérgio e Arnaldo levavam os golpes de cinta quando moleques, participando especialmente mandando a ver na ópera enquanto a fogueira da banda queima em guinchos distorcidos e backing vocals até meio sombrios.

    E... O trem parou, os que queriam jantar morreram, o tempo se acabou, não adianta fazer bat-macumba. Vamos embora logo, daqui a pouco aparece le premieur bonheur du jour, daí coitado do Senhor F que vai levar bronca do patrão! O quê? Você perdeu o relógio? A Maria Fulô não foi embora? Você tá sem xarope pra essa tosse aí?

    Tudo bem, tudo bem, não vamos nos preocupar em responder o "e agora, José?" fim-de-festa. Quer saber de algo, meu bom fidalgo? Coloque o disco aí de novo, que disco que nem esse merece ser ouvido repetidamente até o cérebro derreter e ficar todo mundo, segundo as previsão de Arnaldo, bem lóki. Vai fazer quarenta anos daqui a pouco e veja só! Ainda é maravilhosamente herético, bem-humorado e ousado. Não precisou nem assinar atestado de atemporalidade, pois afinal, disco que nem esse não envelhece nunca. Arriscaria dizer que no geral, o Rock está bem conservador se for comparar com essa preciosidade aqui...

    Se algum careta disser que você anda meio maluco de escutar esses sons aí, relaxe. Lóki é quem te diz, e por não ouvir esse disco, não é uma pessoa nem um pouco feliz...

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    posted by billy shears at 7:13 PM | 8 comments

    segunda-feira, dezembro 10, 2007
    The Beatles - Magical Mystery Tour



    Atenção, meus caros passageiros do mais lisérgico ônibus charabanc (aqueles abertos no topo, manja?) que já passou suas rodas por nossas terrenas estradas. Mesmo que sua representação nas películas tenha sido penosa e desgastante em sua feitura e a maldosa crítica não tenha tido a mínima piedade do resultado final, quem já conhecia os motoristas de outras viagens embarcou novamente para valer. Pudera, com os próprios convidando, era difícil recusar!

    Nossa primeira partida é em 27 de novembro de 1967, quando o quarteto de Liverpool já havia lançado o álbum do Sargento Pimenta e a história da música mundial experimentava seus primeiros dias após ser alterada completamente devido a esse álbum. E no mesmo ano, saiu "Magical Mystery Tour", trilha sonora do filme homônimo, idealizado por Paul McCartney em que várias pessoas (amigos, familiares e os próprios besouros) viajavam em tais ônibus exóticos. Tal lançamento seria eleito pelo Grammy o álbum do ano de 1968, com vários b-sides acompanhando a trilha sonora do filme. E é aqui uma das maiores demonstrações do poder de fogo beatle: quantas vezes o Rock viu uma compilação de músicas para trilhas, A-sides e B-sides com um resultado final tão satisfatório? Verdadeiro outsider o disco em questão...

    O disco é aberto pela faixa-título "Magical Mystery Tour", composta por Lennon e McCartney, mas idealizada por Paul, onde enquanto a banda convida insistentemente em backing vocals, Paul canta o refrão "A turnê mágica e misteriosa/Está aguardando para te levar embora/Aguardando para te levar embora", em uma música direta, simples e animada, talvez nem tão ingênua quanto possa parecer (qual seria o 'combustível' para essa turnê mágica?), mas de um bom gosto impressionante. Polêmicas à parte, uma bela introdução antes de tudo.

    "The Fool On The Hill", de Macca, feita para rebater todas as críticas negativas ao Maharishi, que julgavam-no um homem tolo, daí a letra versando sobre um homem que ninguém quer escutar, retratando-o como um observador da natureza. Mostrada a Lennon durante as sessões de gravação do clássico "With A Little Help From My Friends", o mesmo disse para Paul que continuasse escrevendo, o que mais tarde ele julgaria uma das maiores provas do baixista saber compor sozinho. Harrison e John tocando gaitas e um trio de flautistas serve de base para o belíssimo piano e violões de Paul e suas perfeitas harmonias vocais, cantando "o idiota na montanha, vê o sol se pôr/E os olhos de sua cabeça, vêem o mundo girar". De emocionar. Mesmo.

    Ouvimos uma das raríssimas instrumentais compostas pelos Beatles ao longo de sua carreira, e esta leva o nome de "Flying", dando um ar viajante ao álbum, com Lennon tocando a melodia principal em um Mellotron enquanto George e Paul tocam guitarra, sustentando-se em um overdub de baixo previamente incluído. Ringo Starr além de baterias, ocupa-se das maracas, dando um exemplo como sempre de seu timing sempre preciso e perto da perfeição. Composição assinada pelas oito mãos que compunham o grupo.

    "Blue Jay Way" já dá para sacar desde o início: saiu da genial cabeça de George Harrison, chegando neste mundo como uma canção quase etérea, com vocais e backing vocals distantes, viajados e derretidos em psicodelia. A origem da história é curiosa: O jornalista e agente de imprensa dos Beatles queria visitar Harrison, e pediu seu endereço, ao que George respondeu que era em "blue jay way". Ele disse que conseguiria achar sua casa. Devido a demora, o beatle manteve-se acordado compondo uma música em homenagem a ele em seu órgão Hammond. Aí que entendemos os contextos dos relaxados vocais, quando o besouro silencioso canta "Por favor, não se prolongue/por favor demore muito/Por favor não se prolongue ou eu posso dormir". Esse humor inglês...

    Paul volta à ativa em "Your Mother Should Know", uma das melhores do disco, com seu piano martelando e uma das mais grudentas linhas vocais que Paul tirou de seu chapéu de idéias, inspirado em canções antigas, onde Macca convida seu broto para levantar-se e dançar uma canção bem antiga que "sua mãe deve conhecer". O órgão tocado por Lennon só reforça o climão nostálgico e o pandeiro acrescido por Ringo dá um ritmo muito gostoso para a canção.

    Não se desesperem, fãs de Lennon: ele pode até ter demorado para aparecer, mas olhe só: apareceu com "I Am The Walrus"! Escrita após algumas viagens de ácido e inspirada no poema "A Morsa e o Carpinteiro", de Lewis Carroll, essa é uma das mais marcantes canções do rock psicodélico, uma canção das mais inovativas e vanguardistas do grupo, trazendo consigo várias orquestrações de violinos, cellos, chifres, clarinetes, coro de 16 jovens e a utilização de overdubs. Contêm várias referências ao passado de John, tudo escrito da forma mais irônica o possível, em versos "Eu sou ele como você é ele como você sou eu e nós somos todos juntos/Veja como eles correm como porcos fugindo de uma arma, veja como eles voam" e "Espertos escritores, sufocantes fumantes,/Você não acha que o palhaço ri de você?". Um mistério a ser desvendado ainda, as mil e uma e inesperadas reviravoltas sofridas guiam-se em perfeita maluquice para culminar naquele famoso refrão... "Eu sou o homem-ovo/Eles são os homens-ovo/Eu sou a morsa!".

    Uma das canções mais pop de toda a carreira do quarteto mais famoso de Liverpool, mais uma de Paul, "Hello Goodbye", canção que após ser aprovada por George Martin, provocou certo ciúme em Lennon, que anos mais tarde diria não querer mais ser a banda de apoio de Paul e chamando a canção de "três minutos de contradições sem-sentido", dizendo que suas melhores músicas estavam sendo relegados a meros B-sides. Essa é a história por trás desse grudento rock que conquistou as paradas da época que vinha com Macca cantando em delicioso ritmo versos feito "Você diz sim/E eu digo não/Você diz alto/E eu digo baixo", que apesar de parecer sem sentido, quem sabe não possa fazer referência aos conflitos de ego que cercam uma banda?

    Outra criação de Lennon, com introdução criada por McCartney, essa é uma das mais bonitas e perfeitas da banda: "Strawberry Fields Forever". Canção que começou a ser escrita em 1966, feita em um período em que nada parecia dar certo para John - havia tido a controvérsia dos "Beatles mais populares que Jesus", e seu primeiro casamento estava desmoronando, e ele ingeria doses cada vez maiores de alucinógenos. Daí nasceu a canção sobre querer voltar a ser criança e nunca mais sair dessa idade: "Deixe-me te levar/Porque eu estou indo para/os campos de morango/Nada é real/E nada com o que se preocupar/Campos de morango para sempre". Uma das canções com maior uso de overdub, inclusive com algumas gravações tocadas ao contrário, e com adição de cellos, trompetes e instrumentos de corda indianos. O resultado é quase indescritível, com a letra sendo um verdadeiro desabafo emocionado e nostálgico. De deixar os olhos marejados de tantas camadas e tanta delicadeza de transição. Destaque para a percussão com uma pegada muito precisa por parte de Ringo.

    "Penny Lane" também é nostálgica, mas dessa vez a nostalgia atinge nosso Macca. O nome da canção é homônimo de uma rua de Liverpool, e para dar mais colorido ainda na canção, a tríade baixo-guitarra-bateria ganhou a adição de violino, gaita e cello. "Penny Lane está nos meus ouvidos e nos meus olhos/Lá em baixo do céu azul do subúrbio, e sento enquanto isso", canta Paul em um clima pueril e sincero, fazendo inclusive referências às biografias de outros Beatles, como o simpático barbeiro que cortava o cabelo de John Lennon e George Harrison em seus primeiros anos de vida. Um dos refrões que mais marcaram a história dos FabFour.

    A próxima é "Baby You're A Rich Man", nascida de maneira semelhante ao clássico "A Day In The Life": John tinha uma canção inacabada chamada "One For The Beautiful People" e Paul, um acompanhamento que dizia "Meu querido, você é um homem rico", que viria a se tornar a canção descrita aqui. John começa perguntando como é se sentir uma das pessoas bonitas e a banda grita bem-humorada no refrão "Querido, você é um homem rico/Você guarda todo seu dinheiro em uma mala marrom dentro do zoológico/Que coisa estranha de se fazer!". Dos vocais mais suaves à impostação, e ainda com o rolling stone Mick Jagger participando nos backing vocals, a banda agrada em todos os níveis.

    E por último, mas não menos importante, "All You Need Is Love". Uma das maiores canções do Rock And Roll, mesmo tão pueril ao lado de toda a perversão que o rock encarnou, com uma das letras mais sinceras e verdadeiras de John: não há nada que você faça que outra pessoa não possa fazer também, mas com o tempo você aprende a jogar o jogo e como lidar com o tempo. É simples: "Tudo que você precisa é amor" diz o coro formado por gente como Mick Jagger, Keith Richards, Marianne Faithfull, Keith Moon, Eric Clapton, Pattie Boyd, Jane Asher, Gary Nash apoiado por pianos tocados por George Martin e uma gama imensa de instrumentos. Sim, sim, é inocente, é muito simplista, não tem aquela decadência glamourosa... Mas ora, veja só! Até os malvadões da época assumem: não tem muito mistério para encarar a vida. É só amar.

    E aqui chega ao final de outro álbum deles... Mais um que marcou época e influenciou uma pataquada de gente, desnecessário dizer. Os Beatles mostravam que era perfeitamente possível serem vanguardistas e serem pops, serem complexos mas serem divertidos, e o resultado final é de uma sinceridade, espontaineidade e, não obstante, genialidade tão grandes, que fica até meio impossível de acreditar que exista gente que não simpatize muito com o quarteto fantástico do mundo real. Tudo bem, quarenta anos depois, o convite persiste, ainda aconselhando para deixar a vergonha de lado e amar mais um pouquinho que não faz mal a ninguém:

    "The Magical Mystery Tour
    Is waiting to take you away!
    Waiting to take you away..."

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    posted by billy shears at 11:33 AM | 6 comments

    quarta-feira, dezembro 05, 2007
    The Police - Outlandos D'amour

    Controversa, esta década de oitenta. Quando o Rock já havia sido iniciado em tudo quanto é atividade subversiva e experimentado mil e uma explosões e revoluções, ele experimentou o desdobramento em mil e uma ramificações. O rock pesado dos anos setenta se desmembrou no heavy metal e seus subgêneros e no hard rock comercial e cheio de pose, pejorativa e popularmente conhecido por "farofa" ou "hair metal". O punk rock mostrou uma faceta mais pop, na acessível e massificada new wave e outras mais marginais e extremas, como o Street Punk/Oi! e o Hardcore. Nos subterrâneos, bandas noise e shoegazer começavam a arquitetar uma revolução de ruídos que só viria a explodir na próxima década.

    E, nos últimos anos da década de setenta, surgiria na Inglaterra uma das bandas-ícone dessa década tão diversa e caótica. Quando o americano Stewart Copeland viajou para Londres junto com sua família para concluir seus estudos e para servir de roadie das bandas que seus dois irmãos mais velhos empresariavam e gerenciavam, começou a se interessar por rock and roll, aprendeu bateria e durante algum tempo obteve relativo reconhecimento com a banda Curved Air. Mais tarde, conheceu o baixista com experiência em jazz e também vocalista Gordon Summer, que em um show havia sofrido um imprevisto de uma abelha ter entrado em suas calças e o mesmo ter ficado desesperado para tirá-la de lá, ganhando entre seus amigos o apelido que mais tarde viria ser seu nome artístico, Sting ("ferroada", em inglês).

    Então, juntaram-se com Henry Padovani, um guitarrista bem básico, com influência do punk rock, o que para época era perfeito para atingir certo sucesso comercial. Começaram então a ser banda de apoio de Cherry Vanilla, abrindo os shows do lendário Johnny Thunders. Após esse breve período, entraria o guitarrista veterano Andy Summers, que integrou a última formação do The Animals de Eric Burdon e foi um dos nomes mais bem-cotados para substituir Mick Taylor nos Rolling Stones. Como ficava claro a superioridade técnica de Andy sobre Henry, o segundo acabou sendo dispensado da banda. Surgia então o The Police.

    Em 1977, a banda cortou e pintou os cabelos de loiro para participar de um comercial de goma de mascar. Tal visual tornou-se uma das marcas maiores da banda, o que fez com que no início o Police fosse constantemente associado ao movimento punk. No final deste ano, tentaram gravar produzidos por John Cale (sim, aquele do Velvet Underground), mas desentendimentos entre grupo e produtor acabaram fazendo com que a banda optasse por Nigel Grey, que já havia trabalhado com bandas como Wishbone Ash, logo após terem assinado com a gravadora A&M.

    E o resultado disso tudo está no primeiro disco, "Outlandos d'Amour", de 1978. Uma grande realização do chamado bom gosto; ao contrário do que tantos contemporâneos viriam a ser, o som do The Police não se resumia a um único ritmo ou variações da mesma melodia - o disco conseguia ser cru e direto pelo lado punk, moderno e de fácil digestão quando a new wave transparecia, sofrida e atraentemente romântico quando o pop tomava conta, e simples, econômico e sem muitos malabarismos instrumentais em sua faceta reggae, o que tornava o Police um dos primeiros grupos de origem punk ao lado do The Clash a investir no som jamaicano.

    O disco começa com muita garra e pegada em "Next To You", onde Stewart acerta a mão com vontade na bateria e os riffs de guitarra são ferozmente disparados para que Sting possa utilizar vocais em tons rasgados, até ingressar em um refrão melódico e mais cadenciado que o resto da música, onde o vocalista canta "O que posso fazer?/Tudo o que quero é estar perto de você", em uma letra sobre um amor à distância, em que tudo que o eu lírico quer fazer e sair de onde mora para ir encontrar a garota, falando que já vendeu a casa e o carro, e com prazer assaltaria um banco ou sequestraria um avião. E temos a velha lírica apelativa e agradável do pop apaixonado: "Eu tive mil garotas ou talvez mais/Mas nunca me senti assim antes/Eu não sei o que tomou conta de mim".

    "So Lonely", vinda na sequência, vem para mostrar o pioneirismo reggae do The Police, com um baixo muito bem evidenciado e guitarras que ora entram na onda jamaicana, ora destilam melodias melancólicas. A bateria segura de Copeland vai tranquilamente da cadência dos versos até o ganho de velocidade no refrão. Um solo de guitarra incrível de Andy abre espaço para que Sting continue cantando que se sente solitário, das linhas melódicas até berros insolentemente punks que dão uma charme a mais na música.

    E aqui ouvimos um dos primeiros clássicos absolutos da banda, que entraram para a história da música pop dos últimos anos: "Roxanne", balada de andamento reggae em que sofridamente Sting conta a sua paixão por uma prostituta; impressionam ainda a força de versos como "Você não tem que vender seu corpo para a noite/Roxanne/Você não tem que vestir este vestido hoje à noite/Andar nas ruas por dinheiro/Você não liga se isto é errado ou se isto é certo". Um dos clássicos do pop mais sofridos já compostos, em que nem o refrão mais veloz e elétrico salva da melancolia. Outro destaque é para a interpretação que Sting imprime na canção, que mesmo não sendo um virtuose, vai desde lamúrios de um solitário bêbado em um quarto a gritos indignados de um ciumento.

    Começando em uma melodia agradável e acessível abrindo espaço para Sting cantar que sua vida está vazia, esta é "Hole In My Life", com grooves suculentos e harmonias vocais do refrão muito bem postas. "Há algo faltando em minha vida/Que me corta como uma faca/Deixa-me vulnerável/Eu tenho essa doença", diz a letra. Passeando tranquila e desavergonhadamente entre todos os estilos dominados pelo grupo, essa cadenciada música, ainda que não seja um clássico, deixa o ouvinte apto a continuar ouvindo a obra.

    "Peanuts" volta com a garra rocker, com guitarras oscilando entre punk e new wave, e uma cozinha forte e pulsante, com Sting cantando "Isso tudo é um jogo/Você não é mais o mesmo/Seu nome famoso/O preço da fama" entre outras críticas sobre o mundo do show business, em seu mundo de gente perfeita, erros cobertos e disfarçados, onde tudo que vale é a imagem. A canção ainda inclui uma passagem mais viajante, muito provavelmente influenciada pelo passado jazz do vocalista e baixista.

    Outro clássico, primeira música da banda a ficar entre as dez mais da Inglaterra, na segunda posição. Alternando entre andamentos e um maravilhoso refrão punk-pop, essa é "Can't Stand Losing You". Novamente o tema da paixão é abordado, onde Sting relata que não é capaz de lidar com a dor da perda. Ele diz que nada mais tem o menor interesse para ele, e diz que ela vai sentir muito quando ele estiver morto. "Acho que você chamaria isso de suicídio/Mas estou cheio demais/Para engolir meu orgulho/Eu não,eu não/Eu não suporto perder você".

    "Trut Hits Everybody" não dá descanso, voltando a caprichar em uma música agitada, com guitarras certeiras e uma bateria de pegada matadora. Em meio a coros vocálicos muito bem postos, Sting avisa que, por mais que tentems fugir, "a verdade acerta todo mundo/a verdade acerta qualquer um". E mesmo com a forte letra, serve para tocar em qualquer festa.

    A próxima, "Born In The 50's", entra com o ritmo sendo ditado por Copeland, e com o vocalista cantando uma das letras mais políticas da carreira da banda, de forma rasgada e intensa, indo desde a ferocidade punk de versos como "eles nos jogariam as bombas/enquanto nós estávamos fazendo amor na praia?/nós somos a classe que eles não conseguiram ensinar/porque nós sabemos mais" até o ironicamente marcial refrão "Nós fomos nascidos/Nascidos nos anos 50/Nascidos, nascidos nos anos 50".

    "Be My Girl - Sally" traz de volta a introspecção que marcou a carreira do The Police, em ritmo mais cadenciado, leve e suave, onde a guitarra distorcida não interfere nem nas doces harmonias vocais, sem contar um inesperado trecho em que Andy Summers narra uma bem humorada história acompanhado por pianos, em que o eu-lírico realmente faz a garota dele a qualquer custo. As guitarras vão voltando aos poquinhos, até que o rock volta cheio de energia para que Sting continue cantando "Você não vai ser a minha garota?".

    E fechando o disco, temos "Masoko Tanga", que volta com o reggae em uma música quase instrumental, onde ouve-se uma voz cantando em dialeto caribenho, porém a mesma é encoberta pelos instrumentos, que ganham volume e intensidade cada vez maiores.

    E acaba o primeiro disco, que seria o início da saga do The Police como um dos maiores símbolos da musica oitentista. E mesmo após tantos plágios, cópias e citações, o som da original ainda continua sendo um marco influente - o rock brasileiro de vinte anos atrás que o diga. E que fique também registrada a prova definitiva que o pop nem sempre precisa ser efêmero, pois vinte anos depois, o retorno oficial do Police atrai milhares de pessoas a seus shows ao redor do globo. E ainda bem, pois poucos souberam transmitir revolta, indignação e amor e continuar sendo deslavada e exuberantemente pop. Tudo bem que o rock é contra o sistema, mas só desta vez, um viva para os polícia!

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    posted by billy shears at 7:19 PM | 6 comments

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