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    sábado, janeiro 29, 2005
    Cat Power-You Are Free


    Er...Oi.Eu sou o cassio,e para minha estréia nesse blog,escolhi escrever a resenha do cd "You are Free" do Cat Power.Apesar de eu não me julgar capaz de avaliar um cd com faixas tão opostas e ao mesmo tempo tão similares,ainda assim tentarei.E primeiro uma explicação sobre a "banda" Cat Power:

    Cat Power,é nada mais que o nome pelo qual Chan Marshall,cantora/compositora,filha de um pianista;produz música.Ela foi uma das principais pessoas a iniciar o estilo de música "Sadcore",porém,classificar Cat Power somente como mais uma banda de som triste e sem sal,seria subestimar Chan.Músicas com intrumentalização simples,vocal suave,íntimo e ainda assim com energia;são o que normalmente Chan consegue passar em seus albuns.

    You Are Free é o primeiro album de material inédito lançado pelo Cat Power em quase cinco anos,e consegue ser o de músicas mais ecléticas e "aceitáveis" de todos os albuns de Chan,mesmo mantendo ainda,tudo que esteve presente em todos lançados anteriormente.
    As letras das músicas,a primeira vista,podem aparentar se tratar sobre encontrar paz e liberdade,ou até sobre angústia e de libertação dela;porém,as músicas vão muito além disso e escutá-las lendo a letra,é como mergulhar dentro da vida de Chan Marshall.

    O album abre com a faixa "I Don't Blame You",uma música simples,calma.apenas composta da voz de Chan e piano.A imagem que a letra passa,de um músico atormentado;fica claro que é sobre a própria cantora,quando se escuta a voz dela deslizar,fingindo quase falhar,"just because they knew your name,doesn't mean they know from where you came/the deadly houses you grew up in".

    Da primeira vez em que ouvi o You Are Free,eu me perguntei por que,a música que abre o album é uma música calma e não a faixa rápida,e com energia que vem a seguir com o título do cd.Mas a resposta é clara."I Don't Blame You" desarma.Ela desarma os ouvidos para "Free",a música mais nervosa do cd,provavelmente a mais eclética trilha e se aproxima muito de uma música New Wave,dançante.Mesmo assim carrega toda expressividade de Chan,nos vocais melódicos e curtos.

    "Good Woman",introduzindo com guitarra,e com um vocal quebrado,derrotista;narra a letra mais interna de todo o disco,é uma música de amor,e principalmente separação.Onde Chan,nos tons mais fortes,é acompanhada por um coro de crianças.É uma música de impacto e melancólica.

    Após uma música de separação amorosa,segue "Speak for Me".uma música de união amorosa,só que mais nas entrelinhas,mais indireta;sobre se encontrar,ser dois e somente um;enquanto isso uma base de guitarra quase que psicodélica é escutada junto com um piano nas partes mais calmas e no refrão,o que resume toda a música:"Speak for me,see the same signs/Do you know how to read beween lines".
    Chan se encontrou em alguém.

    Depois de toda velocidade de "Speak for Me","Werewolf" abre com um violino e um violão com uma batida simples.A música,calma,porém de vocal firme e outros insturmentos classícos no decorrer dela;se resume a erotismo,noite.Com uma letra simples,e toda a firmeza ,e suavidade susurrada no vocal de Chan;ela é uma música linda.

    "Fool",junto com "Werewolf",são novamente faixas que servem para desarmar os ouvidos para a próxima que segue,e as duas juntas,calmas,suaves,com letra ao mesmo tempo interna e externa;abrem espaço perfeitamente para "He War",trilha que segue."Fool",uma crítica a elite social de países de primeiro mundo,é cantada quase como se Chan estivesse cansada,sem forças;mas ainda assim se erguendo.

    E então,começa."He War",a faixa simplesmente mais forte do Cat Power,e a mais pesada,e com mais energia de todo You Are Free.Ela é suave,e mesmo assim elétrica;ela faz jús a escolha de single.Começando com uma base simples de guitarra e um leve piano,então o piano se vai e entra com força a bateria(que por acaso,duvida-se que seja o Dave Grohl a tocando,pelas siglas presente nos créditos do cd).O refrão de "He War", é um girto,um grito sem vontade,um grito fraco,um grito de cansaço,que as vezes se mistura a outra metade do refrão,"He war,he war,he will kill for you" e se fundem.É uma música impressionante,como uma briga de Chan com o amor dela,o cansaço dela com a imperfeição,mas principalmente é ela lutando contra ela mesma.Uma explosão musical,lenta.

    Depois de "He War",seria difícil prosseguir com o album,mas mesmo assim Chan consegue."Shaking Paper",uma música pesada,como se fosse as cinzas de um amor,de uma briga.A voz da Chan volta a firmeza,a firmeza de um susurro;como uma faca,deslizando:"I don't what is worse,and I can't tell what is best".

    "Babydool" é certamente,a faixa mais metafórica do album.A combinação do violão repetitivo,a voz de Chan cantando palavras que sozinhas seriam desconexas;somente trazem a imagem de correr em um corredor.E a letra faz ainda mais alusão ao tema aparente do cd:"black is all you see,don't you wanna to be free".E também resume o que as outras letras tentam expressar,um mergulho dentro do mundo da escritora.

    "Maybe Not",uma música quase alegre,e simples;mas na verdade,ela é triste,pura.Apenas composta da voz da Chan,nessa música cantando de forma seca,e de um piano.A letra,com a musicalidade,acaba soando como a mais pura essência da liberdade.Se "Babydool" resume o que a Chan tenta intimamente expressar no cd,"Maybe Not" resume o tema do You Are Free,de libertação,paz.

    Um piano,elegante,austero,é tudo que foi necesário para acompanhar o vocal em "Names".Chan canta de forma visceral,os abusos infantis e as crianças dos mesmos,não com indiferença,mas sem nenhum traço de emoção na voz.Somente um tom hipnótico.E então Chan passa de crianças desconhecidas e pequenas,até amigos próximos e um pouco mais velhos.Até quando ela narra sobre o primeiro amor da vida dela,quando sua voz começa a ceder."Then I had to move away,then he began to smoke crack ",e então ela desaba emocionalmente com o ciclo repetitivo de piano.

    Após o desabamento emocional,o album prossegue com "Half of You".Uma trilha romântica,de amor.Quase como todo o resto do album,simples.Ela segue a cronologia do album,de narração do mundo de Chan,e da vida amorosa dela.É quase como a alma gêmea dela,segurando ela após "Names";e eles se encontram sorrindo um para o outro em um momento de felicidade.A voz da Chan em "Half of You",não tem nenhum traço de melancolia,ou tristeza.É um sorriso de cansaço.

    "Evolution",e "Keep on Runnin' ";fecham o album como "I Don't Blame You" e "Free" abrem.Calmas,susurradas,é como o começo e o fim de uma briga de Chan com ela mesma,e concluindo com um suspiro de alivio do fundo da alma dela.E ainda assim,simples e harmoniosas ao mesmo tempo.

    Enfim,You Are Free,é um album para ser descoberto,desvendado,enquanto se escuta.E ainda,é um disco de opostos.Conseguindo ser calmo e com energia ao mesmo tempo,suave e cruel,íntimo e eclético.É um ótimo cd e inegavelmente cativante.

    Agradeço a Isabelle,por ter que aguentar minha compania enquanto escrevia essa resenha e também a Maria Fernanda por ter me emprestado o cd do Cat Power,desde antes da aula.Eu te amo Isabelle.

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    posted by Anônimo at 5:17 AM | 0 comments

    quarta-feira, janeiro 26, 2005
    Rhapsody-Dawn of Victory


    Olá amigos! Preparados para mais uma resenha? Certo.

    Hoje teremos Rhapsody para a "nação melódica". O cd Dawn Of Victory é fabuloso. Se trata de mais um capítulo da historia épica do Rhapsody(realmente essa afirmação foi idiota,afinal,cada cd é um capítulo). Esse álbum me chamou a atenção e é meu favorito do Rhapsody pelo fato que ele transmite sentimentos e sensações de uma forma impressionante. Beleza,glória, adrenalina, tristeza,nobreza...tudo isso está contido no álbum de um jeito muito bem feito. Uma obra de arte com toques eruditos aos montes. Sobre as avaliações individuais,nem preciso dizer muito.Alex Starapolli(teclados) e Luca Turilli(guitarras) são fantásticos compositores. Sem sombra de dúvida. As músicas retratam o cenário e a história com perfeição.

    Vamos as músicas:
    Lux Triumphans-Narração no ínicio, orquestra e coros em seguida, e um timbre futurista de teclado(o qual tirou o "realismo"...ficou meio nada a ver com o tema,apesar de sonoramente ter ficado legal) Nota 9

    Dawn of Victory-Logo em seguida como se não tivesse mudado de faixa, aparecem as guitarras rápidas de Luca Turilli despejando toda sua fúria numa das melhores músicas do Rhapsody...um verdadeiro hino com seu famoso refrão "gloooooria!gloria perpetua!in this dawn of victory".Nota 10

    Triumph for my Magic Steel-Frases de guitarras alternando com o teclado simultâneo com bateria formam a introdução. Logo em seguida a voz potente e presente de Fabio Lione. O refrão é absurdamente lindo. Violinos ao fundo em algumas partes dão um toque mágico a música. Nota 10

    The Village of Dwarves-A introdução me faz quase chorar de tão bela. E quando a música entra eu me sinto numa taverna vendo pessoas pulando na mesa com cervejas na mão. Logo em seguida, a música ja muda um pouco. Vira algo celta/medieval. Muito legal a música. Nota 10

    Dargor,Shadowlord of Black Mountain-Introdução rápida e furiosa. Pedal duplo rasgando tudo, Luca Turilli quebrando a palheta, solinhos de Alex ao fundo e a voz de Fabio Lione formando algo perfeito. Depois um refrão e o tema inicial é retornado. O solo comprova a técnica maravilhosa de todos.nota 10

    The Bloody Rage of The Titans- Início belo, na entrada da guitarra, flautas o acompanham e logo depois o refrão.nota 10

    Holy Thunderforce-Mais um hino. É perfeito,rápido,solos que nos animam a seguir carreira de músico,a música destrói tudo.nota 10

    Trolls in the Dark(instrumental)-Uma voz infantil e obscura no início dá arrepios. E logo em seguida chega Luca Turilli com sua guitarra berrante acabando com o silêncio de forma empolgante. É engraçado e bom.nota 9

    The Last Winged Unicorn-Início arrebatador da bateria e o teclado com um timbre de cravo dá um toque diferente. E a entrada da voz poderosa de Fabio junto com o pedal duplo devasta tudo!Alex Holzwarth varia a velocidade e o ritmo de forma impressionante. No refrão o já conhecido coro "rhapsodyano". A parte com o vocal dobrado é emocionante também. A música tem um tom de "esperança". Até o nome já diz(o último unicórnio alado[ou voador se preferir]).nota 9

    The Mighty Ride of the Firelord-A última música.9:15 minutos de pura música épica. Não é necessário dizer que a música é simplesmente avassaladora.nota 10

    No geral Rhapsody é algo um pouco mais fechado, não consegue agradar a muita gente. Só aqueles que gostam de metal e/ou música erudita e épica. Na visão de um apreciador de metal e música erudita e épica a nota geral desse álbum é 9,8. Mas, de uma pessoa que nunca ouviu nada igual, eu diria que a nota seria 7 ou 6 com comentários do tipo "que coisa de maluco" ou "que treco chato". Pois é,caro amigo(a) fã de Rhapsody, temos que aturar comentários desse tipo. Fazer o quê?...essa foi mais uma resenha (duh).Até a próxima.

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    posted by Anônimo at 4:00 PM | 0 comments

    segunda-feira, janeiro 24, 2005
    Nirvana-In Utero



    Creio eu que, desde os seus primórdios, o Rock possui bandas únicas que fazem sucesso por um curto período de tempo e são exaltadas pelas décadas seguintes. Tais bandas, muito que geralmente, possuem como homem de frente o que muitos chamariam de gênio imcompreendido. E outros ainda chamariam de mártir por efeito de uma prematura morte.

    Da parte dos gênios não encaixados na sociedade, o mais novo e chamativo da 'leva' seria Thom Yorke, do Radiohead. Porém, como já foi dito, o rock teve outros ícones sob tal rótulo. Esses seriam Jonh Lennon dos Beatles, Jim Morrison dos Doors, e segunda alguns, Kurt Cobain, do Nirvana (ainda que eu o classifique como "mártir", mesmo).

    Nirvana, até hoje, é um nome que divide extremos de 'amo' e 'odeio' entre as pessoas. Muitos acusariam a banda de se vender para fazer sucesso em tão pouco tempo. Mas o Nirvana foi uma das últimas bandas honestas, que teve o azar de cair nas malhas do comercialismo exacerbado que toma conta do cenário musical de hoje em dia.

    O grupo de Kurt Cobain, Krist Novoselic e Dave Grohl já era mais do que badalado na época graças ao megasucesso do álbum Nevermind e os seus hits "Smells Like Teen Spirit" e "Come As You Are", que dava oportunidade de sucesso para toda a nata de Seattle fazer sucesso; daí que seriam elevados e glorificados também grupos feito Pearl Jam, Alice In Chains, Soundgarden e, tempos depois, o Silverchair). O esquemão do básico "do-it-yourself", "faça-você-mesmo" reinava, e até grupos que não estavam sob o rótulo de grunge embarcaram na onda do sucesso. Faith No More e o seu The Real Thing e os dinossauros Red Hot Chili Peppers com seu Blood Sugar Sex Magic que o digam. E milhares de outros grupos que tocavam nas sombras underground e só brilharam quando Kurt Cobain e sua trupe tiraram o Hard Rock das paradas. Os brasileiros, com uma MTV criança ainda, eram agraciados com os maiores sucessos dessa fértil e produtiva época. Desde o estouro dos Sex Pistols (em '77!), o básico não vendia tanto. O grunge dos rapazes abriu portas para o pop-punk e o hardcore vindos da Califórnia, e até o Rock brasileiro foi ajudado com isso. Enfim, inúmeros exemplos pululam graças a ajuda do Nirvana. Tudo por querer voltar ao básico.

    Lançado em '93, In Utero foi moldado em meio a turbulências e problemas. A pressão do público, os boatos que a gravadora Geffen queria mexer no disco, brigas com o produtor Steve Albini (que já havia produzido os Pixies), e Kurt Cobain internado em clínicas para desintoxicação.

    Ainda com as melodias guitarreiras do anterior Nevermind, mas sem o mesmo chamativo comercial (influência de Albini, quem sabe?), In Utero marcou a ferro e fogo o nome Nirvana, talvez até mais que o antecessor, por uma série de fatos: a vontade de mandar tudo às favas depois do reconhecimento pleno, a produção de Steve, as melodias neuróticas e as neuroses melódicas saídas da mente do já citado Kurt Donald Cobain.

    In Utero é um disco agonizante, amargurado, com Kurt Cobain urrando, sussurrando e melodiando as músicas como se fosse a última coisa a ser feita em vida. Microfonias e distorções conduzem guitarra e baixo sobre o ritmo pertubador de Dave Grohl, desde a dupla de abertura "Serve The Servants" e a ainda mais sofrida "Scentless Apprentice". Que entrem no grupo também "Milk It" e "Radio Friendly Unit Shifter".

    A melodia guitarreira do antecessor Nevermind se faz presente logo no início da obra, na melancólica e forte "Heart-Shaped Box", onde Cobain exprime todo o seu sofrimento, exatamente como se tivesse ficado trancado em um caixa em formato de coração por semanas. A seguinte," Rape Me", possui gritos mais desesperados ainda. A guitarra praticamente idêntica a de "Smells..." dá o tom de um protesto ao próprio sucesso.

    "Frances Farmer Will Have Her Revenge On Seattle" ao mesmo tempo mostra o Nirvana de sempre, com algo do punk rock, mais melodias guitarreiras, que seriam setentistas caso a produção do álbum fosse mais limpa e bem cuidada. A primeira balada do álbum é a clássica "Dumb", acompanhada melancolicamente pelo cello de Kera Schaley, como participação especial. A mesma coisa que acontece na segunda balada, "All Apologies", última música.

    Antes da pedrada "Milk It", se ouve "Very Ape", embarcando em um ritmo quase que esquizofrênico. A bateria maníaca de Dave Grohl guia as insanas melodias da música. E, após de "Milk It", versando sobre um método de indução ao aborto, se faz presente a absolutamente grandiosa "Pennyroyal Tea", com Kurt musicando-a de forma incrível. Totalmente magnífica e fortíssima. E ainda, antes de "All Apologies", se tem a neurótica e punk rocker "tourette's". E "Gallons Of Rubin Alcohol Flow Trough The Strip" reserva surpresas para quem tiver a paciência de ela ser iniciada.

    In Utero, foi, mais do que nunca, um verdadeiro batismo de fogo, o resultado do descontetamento com o sucesso, da vontade de se satisfazer como músico, pouco se importando com a quantidade de dinheiro ganha nisso. Digno da assinatura da banda.

    Uma pena que, nos tempos de hoje, Kurt seja mais lembrado por um símbolo sexual e ícone cool do que por sua competência, talento e criatividade como músico. Mas, para quem conhece, sabe que o Nirvana será lembrado até hoje pelos seus mágicos álbuns, os seus apoteóticos shows e a imagem mais que onipresente, deixando sombra no cenário da musica até hoje, dele mesmo, Kurt Cobain.

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    posted by billy shears at 1:17 PM | 0 comments

    quinta-feira, janeiro 20, 2005
    Angra-Angels Cry

    Olá a todos!meu nome é Álec. Essa é a minha estréia no "Dangerous Music". Nunca mexi direito em blogs. Fui chamado pra comentar o cd Angels Cry do Angra. Esse é um cd que consegue ser pesado e calmo ao mesmo tempo,com influencias do rock bem antigo. Raiz mesmo em algumas musicas. Uma cover de Kate Bush que ficou muito,mas muito agudo mesmo na voz de Andre Matos,musicas lentas,musicas muito lentas e que nos fazem refletir,musicas pesadas e rápidas e todas tem letras belas e cativantes. No geral é um cd muito gostoso de ouvir, agrada de uma forma geral. Sobre as avaliações individuais,tenho que admitir que estão muito boas(Andre,Luis e Ricardo...bons tempos) mas como eu tenho que avaliar um por um,lá vai:

    Andre Matos:Indiscutivelmente fantástico(isso para quem aprecia falsetes).

    Kiko Loureiro:Alguns solos não ficaram muitos bons, não. Mas no geral foi bom.

    Rafael Bittencourt:Suas bases são muito boas,tanto na técnica quanto na melodia em si.

    Luis Mariutti:Não teve muito a acrescentar. Fez seu papel e não podia fazer mais do que isso.

    Alex Holzwarth:Você deve estar se perguntando:"Esse não é o nome do baterista do Rhapsody?" sim, meu caro,é ele mesmo. Na época,a banda tinha acabado de trocar o baterista e o Ricardo entrou logo depois desse cd. Não me recordo direito da história,mas a que eu ouvi foi essa (se eu estiver errado, avisem!!).

    O cd ainda conta com outras participações também. Como por exemplo o guitarrista do Gamma Ray. Bom,chegou a hora das faixas:

    1-Unfinished Allegro-É meio que uma "introduçao" de Carry On. Um arranjo clássico muito bem estruturado.nota:10

    2-Carry On-Nem preciso falar muito sobre essa música.É uma das melhores e das mais famosas do angra.Um verdadeiro clássico.nota:10

    3-Time-Boa música,varia de um lento pro rápido(nao muito rápido) de uma forma que não é exagerada.Tem boas frases de guitarra.Boa musica.nota:9,5

    4-Angels Cry-Variações de velocidade e frases oitavadas nas guitarras.Um arranjo muito bonito.Destaque para a parte antes do solo e para orquestração da música.nota:9,5

    5-Stand Away-A música em si é calma,mas é pesada.A mistura dos dois ficou legal.Com o acréscimo de uma linda letra e dos falsetes de Andre Matos.nota:9,5

    6-Never Understand-A música começa com um ritmo que comprova a nacionalidade da banda.A melodia é linda e a música tem seus momentos lentos e rápidos e variações rítmicas que se encaixam perfeitamente.A letra também é algo a se considerar.nota:10

    7-Wuthering Hights-Música original de Kate Bush.A música em si não é boa.Mas o arranjo até que deu uma melhorada.Destaque para o piano da música.nota:8

    8-Streets of Tomorrow-Começa com guitarras pesadas formando uma melodia agressiva.Depois as guitarras continuam bem pesadas, mas a melodia muda para algo bem menos agressivo. A música deixa um certo sentimento de "esperança" em certas partes da melodia.Depois volta pra uma melodia pesada.Realmente muito boa.Poucos conhecem e o Angra não toca nos shows. nota:10

    9-Evil Warning-Essa música tem muitos clichês de metal melódico.É completamente diferente do estilo original do Angra.A música em si é boa. Exceto por uma parte polêmica em que o teclado toca um trecho de um concerto de Vivaldi.Claro,ficou legal no arranjo,mas particularmente,acho isso uma falta de respeito.Como a minha opiniao sobre isso nao está em relevância,só posso dizer a nota agora.nota:7,5

    10-Lasting Child-Essa música é dividida em duas partes.Uma delas é instrumental.Na minha opinião é a musica mais bonita(eu disse "bonita" e não "melhor") do álbum.nota:10

    11-Evil Warning(com vocais alterados)-Bom,o próprio nome ja diz.Vocais alterados.O vocal está mais natural e a música ganhou o acréscimo de alguns efeitos de "vozes" de teclados.Esqueci de mencionar acima a ótima participação de Luis Mariutti.nota:8,5

    12-Angels Cry Remix-É a Angels Cry "remixada" não ao pé da letra.Só teve algumas mudanças básicas,o acréscimo de um teclado mais audível e uma alterada na equalização instrumental.A base, por exemplo, ficou mais alta e facil de ouvir.nota:9,8

    13-Carry On Remix-Outra remixagem.Mais uma vez a guitarra base teve seu volume elevado,a bateria abaixou um pouco e o baixo também foi elevado.Tem um teclado quase imperceptível. Só dá pra ouvi-lo claramente nos momentos sem vocal.A música ganhou um término com frases de guitarra tocando a melodia principal da música.Ficou bem legal.nota:10

    Bom,esse foi mais um "Resenhas de CD's", espero que vocês tenham gostado(não necessariamente do cd...mas da avaliação em si). Até a próxima!

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    posted by Anônimo at 1:49 AM | 0 comments

    terça-feira, janeiro 18, 2005
    Black Sabbath-Paranoid



    Se eu tivesse que responder a entrevistas com perguntas do tipo "Que álbum levarias para uma ilha deserta?", eu responderia Paranoid, no ato.

    Paranoid, lançado no mesmo ano que o seu antecessor e debut auto entitulado "Black Sabbath", ou seja 1970, junto com os outros seis primeiros do Sabbath (Black Sabbath,Paranoid, Master Of Reality, Volume 4, Sabbath Bloody Sabbath, Sabotage), figuram na lista de álbuns favoritos de muitas personalidades e autoridades no meio heavy da música.

    O álbum traz um Black Sabbath em evolução. Menos ingênuos e místicos que no anterior, a banda assumia uma faceta mais política e crítica socialmente. Longe de caírem novamente nos papos e convites de bruxas que os deixavam perplexos, a banda mostra realmente as raízes do que é, e do que convém a se chamar metal. O fundamento, base e raiz do que convém a ser rock pesado, junto com Deep Purple e Led Zeppelin.

    Em pleno 1970, onde o mundo vivia os horrores da guerra do Vietnã, esses quatro jovens de preto, Ozzy Osbourne nos vocais, Tony Iommi nas guitarras, Geezer Butler no baixo e Bill Ward na bateria, contrariaram a ideologia hippie de paz e amor e foram bater de frente com os horrores da sociedade. De início, o disco iria se chamar War Pigs, nome da paulada que abria a obra-prima. Mas por imposição da gravadora, tal idéia foi vetada. Aí que o nome Paranoid foi escolhido, pelos empresários donos da gravadora terem adorado a música.

    A começar pela capa, curiosa até demais, com o guerreiro psicodélico surgindo detrás de uma árvore e portando um escudo na mão direita e uma espada na esquerda (referência ao canhoto Tony Iommi?). Enojada por muitos, mas genial de tão simples e...tosca.

    Então, ao disco. Você coloca o disco (cd) na agulha (no laser) da vitrola (do rádio) e... o mundo vem abaixo.

    War Pigs, cavernosa, primal, selvagem. A guitarra sinistra de Iommi soma-se ao paredão sonoro e caprichado de Geezer e Bill, com sirenes ao fundo cortando os tímpanos de quem se aventurar a ouvir. Até entrar a voz do madman Ozzy Osbourne, cantando, em maior parte das músicas, nas paradas que ocorrem. Por falar nisso, a voz de Ozzy é um primor. Doente, esquizofrênica e como o nome do álbum ja diz...paranóica. A música corre em seus ritmos alucinantes e em seu impressionante, porém simples, solo de guitarra, até estourar e reter na sua explosão final.

    E logo após vem ela. Paranoid. Ah, Paranoid. Tirada de uma jam brincalhona de Tony e Geezer, talvez seja a jam de brincadeira mais genial da história. Treinada como passagem de som por muita gente, inclusive aos selvagens punks do final dos anos 70, que detestavam (diziam eles assim) a atmosfera musical cheia de firulas dos dinossauros do rock. Então, sem firulas, detonada com muita rapidez em seus 2 minutos e 45 segundos. Ok, não é nem de longe a música mais rápida do mundo, mas era bastante rápida para os padrões da época. A letra, feita por Ozzy, é simplória, talvez seja boba, fruto de um relacionamente terminado rápido. Mas, Ozzy, para não perder o costume, interpreta a letra de um jeito único e cativante.

    Planet Caravan, a terceira, é a mais suave do disco inteiro. A banda enverga num clima totalmente psicodélico, quase "mutântico". Ozzy, que devia estar em uma bela 'trip', se entrega com espiritualidade total a música-tanto que sua voz parece vir de outras eras.

    Relaxou? Bom, muito bom. Isso é o que você vai precisar. A bateria de Bill começa a dar o tom do que vem pela frente. 'Arranhões' na guitarra acompanham uma mórbida voz metálica que diz "I am the iron man". A guitarra distorcida de Iommi dá início a essa paulada-sim, paulada, mesmo sendo uma música lenta, é uma porrada no ouvido. Iron Man tem uma letra sensacional, musicada por Ozzy de forma excelente. A cozinha demolidora de Geezer e Bill está presente como nunca.

    O primor musical seguinte, é Eletric Funeral, com sua letra apocalíptica envergada pelo Sabbath com seus compassos lentos, graves e distorcidos. Uma música apoteótica, com Tony despejando toda a 'rifferama' que conseguia aplicar. A porradaria no final é de estremecer qualquer um. Que música excelente, perfeita!

    Um começo baixo, que tem que ser ouvido com o som no talo, não demora muito para Ozzy iniciar a cantar com sua voz desesperada a prima obra Hand Of Doom. A música é uma das mais complexas do Sabbath para a época de Paranoid; varia entre o lento e arrastado da guitarra de Tony e a pancadaria que ele emenda junto com o tanque de guerra que é a cozinha de Geezer e Bill. Ozzy interpreta os horrores de um soldado que foi mandado a guerra do Vietnã e agora não mais são é, de forma magistral.

    O que se houve após Hand Of Doom, é o instrumental de Rat Salad. Não precisa nem da voz do Ozzy-a pauleira com feeling já denuncia: é Black Sabbath. Outra observação cabível aqui é aula de bateria fornecida por um exemplar Bill Ward.

    A última do álbum é a clássica e lisérgica Fairies Wear Boots. Após uma bela introdução, Ozzy narra uma história nonsense com a sua voz única. Seus gritos de "allright now" levantam qualquer morto de sua tumba. A parte instrumental é genial, com Iommi e seus incansáveis riffs e Bill e Geezer atropelando quem estiver na frente. Encerrar com chave de ouro, isso é o que os pais do Metal fazem, e com talento!

    "Paranoid" é um dos álbuns mais influentes da história. Um álbum único na história, que desenvolvia o que existia no primeiro e abria a portas ao que viria ser criado em "Master Of Reality", a trilogia mais pesada da banda, que depois experimentaria muitas outras coisas.

    Os quatro geniais Cavaleiros do Apocalipse em plena forma, mostrando o que a criatividade os permitia a fazer. Segundo por segundo, "Paranoid" é todo clássico e eterno; dá uma aula de como fazer música (e música pesada) para todas essas bandas da atualidade com o seu pseudo-peso.
    Isso é "Paranoid".

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    posted by billy shears at 1:43 AM | 0 comments

    domingo, janeiro 16, 2005
    Led Zeppelin-Houses Of The Holy



    Tá aí um álbum que eu sempre tive receio em fazer resenha.Não por ser inexperiente em resenhas,mas que qualquer erro fatal poderia ser mácula perante à imagem de tão glorioso álbum.

    Falar de Led Zeppelin, para quem adora, nos transmite uma sensação mística, como se estivesse pisando em solo sagrado. É isso que causa receio; a mínima blasfêmia seria como cuspir em tal solo.

    O Led Zeppelin era constituído por musicos atemporais. Robert Plant, com seus vocais ora emotivos, ora animalescos, ora de outro planeta é, por que não dizer, um frontman único, uma das vozes mais potentes, copiadas e admiradas do Rock. Jimmy Page, mestre Jimmy. Um dos guitarristas mais excepcionais de todos os tempos, que daqui a muitas décadas, ainda será glorificado por criar a magnífica e eterna Stairway To Heaven. Page é um exemplo e um mestre da guitarra, tendo sentimento, peso e genialidade sem fazer muitas firulas. Jonh Paul Jones, o soturno e discreto baixista/arranjador/ pianista/organista. E o mestre dos mestres da bateria, que revolucionou toda a forma de se tocá-la, Jonh Bonham. Baterista de mão cheia, baterista de pique inesgotável, baterista com sentimento.

    O que se vê em 'Houses Of The Holy' é um Led Zeppelin no auge da sua forma, logo após lançar o disco mais que clássico 'Led Zeppelin IV'.Aqui o Led Zeppelin continuaria mandando ver em sonoridades novas,como o funk,o reggae e o rock progressivo.

    A música que abre Houses é "The Song Remains To The Same",com muita criatividade e precisão. Uma música totalmente Rock And Roll pesado, um hino zeppeliano. Uma música linda e pesada ao mesmo tempo.

    "The Rain Song" é uma faixa longa, e uma das mais bonitas da discografia do Led Zeppelin.Plant demonstra sensibilidade impressionante, com uma voz saída do fundo da alma.Sobre Page,Jones e Bonham nem se comenta. Todos desempenhando perfeitamente bem seu papel de músicos. Uma balada das mais lindas.

    O que se tem a seguir é o rock/folk de "Over The Hills And Far Away". Apesar do início calmo, a faixa descamba para animação total. Bonham é destaque aqui, executando a bateria com precisão e criatividade. Matador!

    E a próxima, "The Crunge". Ah, o lado mais Hard Rock/Blues e cru presente em várias músicas da banda, só que esta traz uma puta levada funk. Uma levada animada,dançante, e, ao mesmo tempo, genial. Page faz maravilhas com sua guitarra e Robert Plant detona no vocal.

    "Dancing Days" não deixa o ouvinte perder o ritmo de "The Crunge". Continua na mesma linha,genial,animada, e enérgica, rock n' roller. Plant e Bonham merecem crédito por isso. Jimmy Page pode criar levadas guitarreiras impressionantes nas músicas mais animadas do Led-mas sem Robert e sem Jonh Bonham tais faixas não teriam nunca a mesma graça e gosto.

    A experimentação do disco, "D'yer Mak'er" (leia-se Djameica,ou seja,Jamaica), é um reggae. Mesmo os rapazes do Led sendo britânicos, conseguiram compor um Reggae, que, por que não dizer, rivaliza com os primeiros Reggaes feitos na Jamaica. Uma música genial, tanto para quem quiser dançar quanto para quem quiser viajar.

    A penúltima, "No Quarter", é uma faixa totalmente Rock progressivo. Depois de uma introdução que mais lembram luzes brilhando e piscando, Jimmy Page dá uma aula. Mesmo sendo meio simples para os dias de hoje, Page continua sendo um mestre. Riffs e solos lindíssimos, verdadeira obra de arte, somam-se a um vocal sobrenatural, de outro mundo, por parte do homem chamado Robert Plant. Isso que é cantar com o que vem de dentro!

    Para a tristeza geral da nação, na oitava faixa, o cd acaba. "The Ocean", como tudo presente nesse cd, é genial e com sentimento. Uma música com um pique e garra de deixar de boca aberta. Mais guitarras fenomenais por parte do eterno Jimmy.Tente não cantar junto com Robert Plant, Jonh Paul e Jonh Bonham a parada no meio da música. Que canção fenomenal!

    Resumindo, esse álbum mostra tudo o que o Led Zeppelin era como banda, em várias facetas:Possuidora de uma energia incrível,sentimental,feroz, experimentalista,técnica.

    O Led foi uma banda única na história, logo insubstituível. O que dizer do bonachão e beberrão gênio da bateria, Jonh Bonham? O mundo ainda sente falta do mestre.

    Ser uma banda de outro mundo de tão única que era, que fez o Led Zeppelin eterno. E assim foi e será.

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    posted by billy shears at 3:26 AM | 0 comments

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